Falcão e o Soldado Invernal: Novo Mundo, Novo Herói (Análise do episódio 6)

 

Semana passada chegou ao final mais uma série da Marvel Studios. Falcão
e o Soldado Invernal
encerra a sua história
e os arcos de seus personagens. O seriado pode até ter terminado,
mas ele acabou plantando terreno para novos caminhos no MCU, onde finalmente define
o destino do portador do escudo e do legado do Capitão América, além de amarrar
todas as pontas para seus personagens trilharem o seu próprio rumo em futuras
produções no MCU, sendo cinema ou para série televisiva.

Nós
continuamos fazendo a cobertura e depois de todas as análises do
andamento do arco narrativo, vamos comentar os pontos principais ocorridos em
seu encerramento e tentar deduzir o que pode ocorrer no futuro das produções do
Marvel Studios.

Agora vamos debater o final de Falcão e o Soldado
Invernal
.

Atenção: Spoilers do episódio final!

O seriado da Marvel mostrou
coisas surpreendentes em seu andamento, dando uma grande força para os coadjuvantes
em filmes e agora tendo o seu espaço para bilhar como protagonistas em
produções próprias. O ex Falcão ganhou o seu protagonismo na série e vemos bem
o seu arco de aceitação do seu real papel no mundo pós-blip. Antes vimos ele relutando e até negando seu valor que deveria representar. Agora, sendo coroado
com um uniforme oficial, Sam assume o seu papel e finalmente se torna o novo Capitão
América.

Tendo o seu primeiro grande desafio
como um novo herói, Sam tem que salvar os senadores do GRC do ataque dos
Apátrias liderados por Karli Morghethaun. As cenas do episódio são em si
empolgantes, onde Sam finalmente mostra as suas habilidades com o escudo e
confronta todos que estão em seu caminho. Porém mais significativo, ele se
mostra o tempo todo salvando pessoas, carimbando o seu papel de herói simbólico
que deveria representar.

Em meio ao confronto, vimos
o retorno de Sharon Carter na trama principal mostrando apoio a Sam e
Bucky, só que mais à frente vemos a real intenção de seu retorno. Ao confrontar
Karli e demonstrar o seu passado com ela, um mistério é revelado: Sharon
é o misterioso Mercador do Poder, cuja influência no mundo do crime é tão
grande que é capaz de apoiar e financiar os novos super soldados e os Ápatrias. Importante
ressaltar que essa revelação foi escondida e mantida longe dos nossos heróis,
demonstrando que o segredo do Mercador do Poder é algo que irá perdurar no
futuro do MCU.


O confronto final ainda é
pontuado pela presença de John Walker retornando à ação e disposto a provar sua
visão de como ser o Capitão América, tendo até o seu próprio escudo. No
início o que Walker está atrás é vingança contra Karli por ter matado seu grande
amigo Lamar, mostrando sua fúria impulsiva e intensa no confronto, onde mesmo
com seu escudo torcido e quase quebrando, Walker mostra sua visão extremista e
firme do que acredita. Mas não contávamos com uma cena específica, onde Walker tendo
que decidir entre salvar os senadores ou ir atrás de Karli, escolhe salvar os senadores de cair num precipício, provando que por
mais que seu extremismo e violência ilustram-no para nós como um vilão caricato,
seu senso moral e bondade está impermeável dentro de si, mostrando que Walker ainda
é um personagem num tom cinzento e terá um caminho interessante a trilhar.

A luta em si se encerra com
Karli sendo morta por Sharon, mesmo que não era o que Sam queria, pois ele não
acreditava que Karli estava totalmente errada em suas ações, por mais violentas
que fossem. Isso tudo é centrado e canonizado na real motivação que Sam encontrou
para se entender como Capitão América no seu discurso final com os senadores, tendo de se confrontar com a complexa questão das pessoas que retornaram depois do Blip. Sam demonstra que é impossível mesmo resolver a tal questão, mas tendo ciência
de que o símbolo que ele porta é necessário para se abrir debates sobre dilemas sociais e
necessidade de união perante em tempos tão estranhos e sombrios na consciência das
pessoas nesse universo.

Isso é algo a se admirar, pois
Sam aprendeu que não é apenas portar o escudo e ser líder dos Vingadores, o
Capitão América é um modelo e um símbolo que representa a vontade americana de
buscar liberdade e justiça. Se Rogers veio de um tempo de Segunda Guerra Mundial, Sam
se encontra num mundo polarizado, com questões tão cinzentas e difíceis de separar; e o melhor que pode fazer é demonstrar que as soluções podem se ajustar ao se empenhar e resolver os problemas. É mais potencializado pelo fato de Sam não ter tomado
o soro do super soldado, como muitos fãs acreditaram, mostrando para o
espectador que esse novo Capitão é muito mais humano e sem necessidade de
grandes poderes, apenas o símbolo é o que torna ele tão poderoso quanto Rogers.

A série caminha finalmente
ao seu encerramento de muitos coadjuvantes, quando Bucky, após ajudar Sam derrotar
os Apátrias, finalmente começa a fazer as pazes com o seu passado violento como
Soldado Invernal. Ele faz isso ao tirar o peso das costas ao revelar ao seu
amigo veterano Yori que ele assassinou seu filho como agente da HYDRA. Sem medo
de si e do que é capaz, Bucky está com a consciência limpa e está em paz,
sentido que sua mente está livre de tormentos e sofrimentos com o seu passado.

Outro que já possuiu um caminho
a ser trilhado é Walker, agora tendo a benção da Condessa Valentina, ele ganha
seu novo uniforme preto, e dando a entender que Walker assumirá a identidade de
Agente Americano, e alimentando a chance que Walker será o primeiro membro do
grupo ThunderBolts que possui grande chance de aparecer nas futuras produções do
Marvel Studios, junto com o Zemo, que nos é mostrado de relance em uma cena em
que ele está preso. Mas nada diz que a Condessa não possa liberta-lo e juntar
ele ao seu supergrupo.

Ressaltando também que os
Apátrias mesmo derrotados, sua ideologia ainda está forte para algumas pessoas
nesse universo, onde antes de serem mandados para prisão, os membros do movimento
são agraciados por um soldado que repete o lema dos Apátrias, “Um mundo, Um
povo”, mostrando que essa ideologia ainda está viva. E mesmo que os membros
restantes tenham sido mortos pelo mordomo do Barão Zemo, a visão extremista ainda
é contagiante, e nós sabemos que ideias extremistas sempre são fortes e perigosas.

A série chega ao seu final
de arco com Sam fazendo uma visita ao ex super soldado negro Isaiah Bradley, dando
a ele um belo presente: colocando sua história na exposição oficial do Capitão
América, onde finalmente sua verdade é contada para todas as gerações. 


Não que a jornada de Isaiah
tenha terminado, a série ainda apresentou a figura do neto do Isaiah, Eli
Bradley, onde nos quadrinhos, ele assume a identidade de o Patriota, o líder
dos Jovens Vingadores, que muitos fãs estão acreditando que está chegando ao
MCU, considerando que muitos personagens desse grupo já apareceram, como os gêmeos
Wiccano e Celere em
WandaVison, e outros irão aparecer, como a Kate Bishop
na série do
Gavião Arqueiro, a própria Kamala Kahn na série da Ms. Marvel,
a America Chevez
fazendo participação em Doutor Estanho 2 e até
mesmo a filha de Scott Lang assumindo o manto do pai em
Homem-Formiga 3. Tudo pode ser possível com esses personagens.

Assim, num desfecho bonito e
poético, onde toda a comunidade de Sam se une para um churrasco, ele e Bucky
estão em paz com eles mesmos e finalmente entendem o que eles devem seguir, a
série chega ao final com o novo letreiro da obra substituindo o nome do Falcão
como agora sendo o novo Capitão América.

Porém nenhuma produção da
Marvel Studios é completa sem as suas tradicionais cenas pós-créditos, e aqui
no caso vemos uma menos impactante do que as que de costume. A cena demonstra
que Sharon Carter recebeu o perdão do governo dos EUA e é readmitida pela CIA,
o que é algo muito simples, porém como sabemos, Sharon é o Mercador do Poder, e
agora sendo novamente agente da CIA e tendo grandes informações secretas de armas,
conflitos globais e manobras do governo, agora ela pode vender informações e tecnologia para qualquer
criminoso de grande escalão no mundo. Pavimentando assim a ideia de que ela pode se
tornar uma vilã nas novas histórias de Sam como Capitão América.


Mais uma produção televisiva
do MCU se encerra, que nos entregou uma história de aceitação e de ressignificado
do legado e do símbolo para tanto Sam quanto para Bucky. Vimos finalmente o que
Sam precisou aprender para que ele de fato assumisse o escudo, e não sendo algo direto
como o novo Capitão como ficou entendido no final de
Vingadores: Ultimato.
Agora o seriado por enquanto está sem uma nova temporada prevista, mas já foi
anunciado que um quarto filme do Capitão América está sendo desenvolvido, agora
com Sam assumindo o escudo. E ficaremos no aguardo sobre o que acontecerá com
esses personagens.

Enquanto isso o cronograma de
lançamentos do Marvel Studios continua a pleno vapor, tendo em vista que mais
uma série está a caminho e desta vez será estrelada pelo carismático vilão LOKI,
que pelo que vemos nos trailers, abordará viagens e distorções temporais e quem
sabe um pouco do Multiverso, que está previsto a ser lançado no streaming
Disney+ para Junho. Além disso, felizmente, temos a confirmação do lançamento
do primeiro filme da fase 4 do Marvel Studios Viúva Negra, que será
lançado oficialmente em julho, tendo lançamento híbrido de cinema e streaming (pagando
uma taxa extra), onde veremos mais do seu passado misterioso e introduções de
novos personagens para o MCU.

E como sempre continuaremos
a fazer a cobertura de lançamentos de filmes e series do Marvel Studios ao
longo do ano, por isso continuem sintonizados no MVDC para mais novidades do
MCU. Não percam!

O
que achou da nossa análise? O que achou de Sam como o novo Capitão? O que Sharon
planeja fazer?

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