Crítica: Fada Madrinha (2020, de Sharon Maguire)

 


O filme Fada Madrinha é mais uma produção do Disney Plus, fazendo parte da coleção de live-actions da produtora, que vem transportando as animações de contos de fadas de volta às telonas. 
O longa estreou apenas na plataforma do Disney Plus neste dezembro de 2020, e muitos filmes da categoria ainda são esperados pelos fãs.

Fada Madrinha originalmente é uma personagem da animação de Cinderela, de 1950, e agora a personagem coadjuvante, que já encantou a tantas pessoas com seu bibbidi-bobbidi-boo ganhou sua vez com um longa destinado apenas para ela. E para estrear a protagonista, foi escolhida a atriz Jillian Bell, comediante que já atuou em diversas comédias românticas norteamericanas, como por exemplo A Maratona de Brittany e a série WorkaholicsJillian Bell divide a atenção no longa ainda com Isla Fisher, atriz conhecida principalmente por Truque de Mestre e Os Delírios de Consumo de Becky Bloom.

O longa, porém, não teve grande aceitação do público, decepcionando os fãs em alguns aspectos. Logo de início, notamos que a querida fada madrinha não será nem um pouco relacionada à história na qual estamos acostumados a encontrá-la, a Cinderela. Fada Madrinha é um longa que surge com um propósito distinto no mundo dos contos de fadas, o de contar a origem das fadas madrinhas, seu mundo, seus estudos, funções, trabalhos, vidas e ensinamentos, nos apresentando este mundo mágico e depois seu contraste com o nosso mundo real, cheio de tecnologias, urbanizado, com novas responsabilidades, sem parecer um conto de fadas de forma alguma.

Fada Madrinha conta com uma produção digna e típica da Disney, com grandes estúdios e cenários, toques de magia, uma lindíssima direção de fotografia e figurino, este último, por sua vez, tão característico e destoante das demais características do filme que traz o caráter cômico à trama.

As duas atrizes, Jillian Bell e Isla Fisher, podem ser consideradas espetaculares em suas interpretações, atingindo os personagens e objetivos de representação propostos pelo filme, porém, é importante ressaltar que, sendo a fada madrinha do live-action tão distinta do que estávamos acostumados, Jillian Bell interpreta a mais nova fada madrinha de todas, que está longe de deter toda sabedoria e conhecimento das demais, fator que a infantiliza, em minha opinião, até demais. Seus erros com magia acabam indo do engraçado ao ridículo em uma trama que claramente visa agradar muito mais ao público infantil do que aos demais, que aguardavam uma protagonista fada madrinha como a que fez parte de sua infância.


Porém, apesar da trama caricata e previsível como todo filme de contos de fadas, Fada Madrinha consegue nos surpreender ao trazer lições mais condizentes com o mundo real e se afastando novamente da típica necessidade de um príncipe encantado que a Disney levava a suas histórias e que vem trazendo cada vez menos. Neste aspecto por si só, é um filme que vale a pena conferir, tratando aspectos não só do amor ou do felizes para sempre, mas agora também da amizade, do companheirismo, da perseverança, da esperança, da família e da importância de saber quando mudar, pois mudar não precisa ser apenas para pior, e como uma nova forma de contos de fadas e de felizes para sempre, pode ser inserida em nossa vida.

Fada Madrinha está disponível hoje no Disney Plus.


Título Original: Godmothered

Direção: Sharon Maguire

Duração: 110 minutos

Elenco: Isla Fisher, Jillian Bell, Santiago Cabrera

Sinopse:  Em Fada Madrinha, Eleanor (Jillian Bell) é uma fada madrinha em treinamento. Temendo pelo fim de sua profissão, ela encontra uma carta de Mackenzie (Isla Fisher), uma menina de 10 anos que necessita de ajuda. Ao tentar localizar a jovem, Eleanor acaba descobrindo que ela, agora, é uma adulta, viúva, de 40 anos.

Trailer: 


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