Dash & Lily e a melhor surpresa de Natal da Netflix em 2020


Esse ano, a temporada de Natal da Netflix começou com os dois pés na porta. Apostando cada vez mais em séries natalinas, e não só filmes, a surpresa de 2020 foi bem positiva: a estreia de Dash & Lily, b
aseada no livro O Caderninho de Desafios de Dash & Lily, de David Levithan e Rachel Cohn.


Dash é um adolescente nova iorquino que odeia o Natal e tudo que envolve a época, para ele a mais detestável do ano. Por isso, fala para sua mãe que vai passar o feriado com o pai e, para o pai, que vai ficar com a mãe, tudo para ficar sozinho e não celebrar nada. Mas, diferente do que ele pensava, as coisas começam a ficar interessantes quando encontra, na sua livraria preferida, um caderno de desafios.

E esse caderno pertence a ninguém mais, ninguém menos do que Lily, a garota mais apaixonada por Natal que o mundo já viu. O problema? Sua família decidiu quebrar a tradição de comemorar junto e ela ficou sozinha com seu irmão mais velho. Agora, ela está tecnicamente sozinha e sem planos para o dia mais maravilhoso do ano. É aí que seu irmão tem a ideia de pegar o caderno de Lily, criar alguns desafios e colocar na livraria preferida da garota, tudo para ela tentar encontrar alguém parecido com ela para passar o fim do ano.


Dash e Lily têm tudo a ver, mas eles não se conhecem – e não vão se conhecer ao menos que Dash siga as instruções. No que parece muito com um romance à distância, só que sem distância nenhuma, eles começam a se comunicar através do caderno e, a fim de conseguir informações um sobre o outro, se desafiam a sair de suas zonas de conforto, encarar seus medos e conhecer a verdadeira magia do Natal… ou não.


A série conta com 8 episódios de 25 minutos e pode facilmente ser assistida em uma sentada só, porque quando você começa é impossível parar. Esse é o tipo de história que pode fazer seu coração adolescente transbordar caso você esteja no clima; eu definitivamente estava.

Sobre a história, a construção das personagens é muito boa, inclusive das secundárias. Dash é o típico “cara dos sonhos”, que se acha “diferentão”, é inteligente e, à primeira vista, indiferente, mas se mostra carinhoso quando você conhece um pouco melhor, e Austin Abrams foi a escolha perfeita para o papel. Já Lily é a garota esquisita realmente esquisita, no estilo Louisa Clark de Como Eu Era Antes de Você, chegando a ser até um tanto quanto irritante, para ser sincera; Midori Francis também fez um trabalho fantástico, bem convincente em seu papel.


As personagens que cercam os protagonistas têm características marcantes fortes e é impossível não gostar pelo menos de alguns deles. Destaque principalmente para Boomer, interpretado por Dante Brown, e Langston, personagem de Troy Iwata. Eles são os secundários que roubam a cena sempre que aparecem. A história não seria tão legal se não tivesse eles.


Por ser uma série adolescente, não se costuma esperar muito, mas tanto a fotografia quanto os enquadramentos, a montagem e a trilha sonora foram muito bem pensados. As direções de Fred Savage, Pamela Romanowsky e Brad Silberling não deixam a desejar, e esse é o principal motivo pelo qual Dash & Lily é uma comédia romântica bobinha que funciona – isso porque é muito mais fácil fazer uma história desse gênero ruim do que boa.


Apesar de tudo, a narrativa pode não ser a mais interessante do mundo para todos, e se nem Jesus agradou todo mundo, não é essa série que vai. Alguns acontecimentos podem parecer sem noção, já que se baseiam no peculiar das personagens – e nas referências literárias, cinematográficas e musicais –, mas a história meio que é feita em torno disso, então não tem muito para onde fugir. Para ser sincera, o clímax me desagradou um pouco e o final pareceu certinho demais em algumas partes – de repente, problemas sem solução se solucionam –, mas de resto eu não tenho do que reclamar.


Sendo assim, acredito que Dash & Lily seja a pedida de Natal perfeita para os amantes da melhor época do ano, de romances bobos adolescentes e maratonas de um dia só. A Netflix ainda não confirmou se haverá uma segunda temporada, mas o livro tem duas continuações, The Twelve Days of Dash & Lily e Mind the Gap, Dash & Lily, títulos que ainda não foram traduzidos para o Brasil – a editora Galera, responsável pela publicação do primeiro livro, também não soltou informações a respeito de uma possível tradução. Tudo o que eu sei é que, depois de assistir, eu já corri para comprar a minha edição e estou louca para ler na semana do Natal – e até mesmo rever a série o feriado inteiro para comemorar, já que a quarentena ainda não acabou.


Título Original: Dash & Lily

Direção: Fred Savage, Pamela Romanowsky e Brad Silberling

Episódios: 8

Duração: 25 minutos

Elenco: Austin Abrams, Midori Francis, Dante Brown, Troy Iwata, James Saito, Leah Kreitz, Keana Marie, Glenn McCuen, Ianne Fields Stewart, Michael Cyril Creighton, William Hill, Diego Guevara, Agneeta Thacker, Patrick Vaill, Jodi Long, Gideon Emery, Jennifer Ikeda, Trevor Braun, entre outros.

Sinopse: O cético Dash e a otimista Lily trocam recados em um caderno que vão deixando em diferentes pontos de Nova York, e um romance de Natal começa a surgir.

Trailer:

E você, é mais Dash ou Lily? Deixe nos comentários sua recomendação natalina desse ano!

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