A Equipe Recomenda: Filmes para o Halloween (2020)

Época de Halloween é propícia pra um filminho de terror e suspense; ou até mesmo filmes para toda família que contenham elementos góticos, sombrios ou que sejam divertidos ao trazer referências à temática. Pensando nisso, a equipe do Minha Visão do Cinema trouxe dicas bem ecléticas para quem procura assistir a um bom filme que se encaixe nessa época. Vem com a gente!
Léo Costa
Pânico

Sou fruto dos anos 90 e na época final dessa década, antes de internet ou super-heróis, crianças e jovens vibravam mesmo era com filmes de terror. Naqueles tempos, quem bombou foi a trilogia Pânico (hoje com 4 filmes) e embora eu realmente recomende todos (fã da saga por fazer parte do princípio da minha vida com o cinema), a dica aqui vai pro maravilhoso 1° filme. Pânico é divertido, sarcástico, faz homenagem e tira sarro com o gênero do terror, especialmente os slashers: filmes de serial killers mascarados que matam jovens, como Halloween ou Sexta-Feira 13. E mesmo que com piadas e elementos teen, ainda é um filme de terror, com momentos sangrentos e muito bem dirigidos pelo saudoso Wes Craven. Mesmo que com um psicopata um tanto desajeitado, ainda é ameaçador, pois as perseguições são sempre tensas em cena. O trio de protagonistas é excelente, a vibe do filme é toda certeira e o final é um verdadeiro banho de sangue. 
Amanda Sperandio

Seven

“Como um diretor, um filme é sobre como você dosa as informações para que o público fique com você quando eles devem ficar com você, atrás quando devem ficar atrás de você e à frente quando devem estar à sua frente”. Talvez não exista frase melhor para definir a visão de David Fincher sobre o próprio trabalho e, caso você seja fã de Mindhunter, Clube da Luta, Zodíaco ou Garota Exemplar, já deve estar familiarizado com o estilo do diretor. Seja seu foco em psicopatas e serial killers, seu jeito obsessivamente técnico ou sua capacidade de conexão com os atores em um nível pessoal e humano, — conseguindo traçar com eles uma performance cruamente autêntica e marcante — sua genialidade única transcende a tela e leva o espectador a uma reflexão acerca de suas histórias por um bom tempo, até revisitá-las e descobrir um enredo completamente novo. E não é diferente com Seven.
O longa de 1995 (disponível na Netflix) trata de um policial veterano, o tenente detetive William Somerset (Morgan Freeman) e seu parceiro novato, detetive David Mills (Brad Pitt), designados a resolver uma série de homicídios baseados nos sete pecados capitais. É preciso dizer que a apresentação das personagens é, ao mesmo tempo, tão sutil e tão bem feita, que até o momento dos créditos iniciais já temos todas as informações, consciente ou inconscientemente, que precisamos para entender quem são os detetives que iremos acompanhar. 
Completando 25 anos, Seven permanece um clássico do gênero, uma obra-prima e um filme que promete prender o espectador do começo ao fim e ainda surpreender até o mais atento dos fãs de thrillers e suspenses policiais. Não à toa David Fincher é reconhecido como um dos melhores diretores e, me arrisco a dizer, não deixará de ser tão breve. Seus filmes são verdadeiras aulas sobre cinema, a mente humana, lógica e moral, a combinação perfeita para se tornarem inesquecíveis.
Natália Vieira
Abracadabra 

Seguindo a temática “bruxas”, não podia deixar de fora esse filme que é de longe um dos meus preferidos. Com pitadas de humor ácido e piadas simples, conseguia tirar risadas e deixar o telespectador tenso. Winnie (Bette Midler), Sarah (Sarah Jessica Parker) e Mary (Kathy Najimy) são três bruxas do século XVII, que chegam ao século XX após seus espíritos serem evocados no Dia das Bruxas. Banidas há 300 anos devido à prática de feitiçaria, elas estão dispostas a tudo para garantir sua juventude e imortalidade. Enquanto as irmãs Sanderson estão bolando um plano para sugarem as energias vitais das crianças e ficarem lindas e jovens para sempre, Max, Dani e Alisson tem de impedir que as bruxas acabem concretizando o plano do mal delas, mas não encontram ninguém que acreditem neles, pois as pessoas acham que as irmãs são apenas três velhotas aproveitando o Halloween. Apesar de, quando criança, eu ter ficado com um pouco de medo, as bruxas tentando se adaptar ao novo século era hilário, tendo várias cenas memoráveis. Uma das melhores é as três cantando na festa de Halloween da cidade.
Carrie – A Estranha 

Sempre achei esse um filme estranhamente perturbador, pode ser pelo modo que uma pessoa inocente (Carrie) era tratada pela mãe, completamente fora da normalidade e como se não fosse suficiente o bullying que ela sofria na escola não era muito melhor. Nada como ter Stephen King para dar seu toque sobrenatural à história. Carry White é uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth, sua mãe, que é uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell, uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross, seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie, para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson, uma aluna que foi proibida de ir à festa, prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público, mas ninguém imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos a sua capacidade de vingança quando está repleta de ódio.
Gabriel Magarão
Creep

Um dos melhores found footages (aquele gênero de filme onde as imagens são amadoras dando um aspecto de realismo e documental para obra) dos últimos anos, Creep se destaca de outros do gênero pelo carisma e imprevisibilidade de seu vilão. Assim como o protagonista Aaron, o telespectador também é convidado a decifrar as verdadeiras intenções de Josef. E embora o final não seja necessariamente uma surpresa, ele causa um choque pela maneira como tudo se desenrola. Creep faz jus ao seu título, um filme desconcertante e incômodo que te fará pensar duas vezes antes de encontrar um estranho da internet.
Ulisses:

Corra! 

Corra!, o primeiro longa-metragem de Jordan Peele, foi um sucesso estrondoso. Uma história simples de um fotógrafo negro e sua namorada branca irem visitar os pais dela logo ia se transformando em uma trama complexa em que pessoas racistas são os monstros assustadores, em um terror que encantou o público. Nessa lenta descida à escuridão da hipnose, Peele realizou um comentário provocante da sociedade, quando se preocupou com os detalhes de variadas cenas para criar simbolismos curiosos – o que envolviam símbolos disseminados por grupos de ódio, um dos mais específicos, vejam só, é um dos vilões do filme tomar um copo cheio de leite. 
Nós

Aí, em 2019, eis que Peele lança um outro sucesso, o Nós, em que a alegoria e o estado constante de medo se confundem – até mesmo desaparecem, porque é um filme difícil de entender e levanta várias possibilidades de interpretação. Mas os monstros aqui estão diferentes. Uma família viaja de férias à praia, e encontra os seus amigos em uma tarde não tão agradável. Quando a família volta para casa, eles encontram seres bizarros: pessoas mascaradas vestindo macacões vermelhos. Ao retirarem as máscaras, vemos que cada um dos seres é um clone idêntico a cada membro da família, com machucados por todo o rosto e o corpo, com vozes bizarras e incomunicáveis. E eles são muito agressivos. Parece que a noite vai durar muito tempo…
Karine Mendes:

Sedução e Vingança

Quem acompanha a série Euphoria, da HBO, está familiarizado com a fantasia de Halloween da Kat (Barbie Ferreira), é a mesma que aparece no clímax do filme Sedução e Vingança (Ms .45), também durante uma festa de Halloween. A obra mostra uma jovem muda que, após ser estuprada duas vezes no mesmo dia, passa a matar homens com um revólver de calibre 45. É um filme sobre vingança e feminismo, muitos tiros e sangue, com cenas que exploram o desconforto, o ódio e o medo; e te prende do início ao fim. 
Alexs Silva

Arraste-me para o Inferno

Arraste-me para o Inferno (2009, de Sam Raimi), é um filme que apresenta clichês do gênero do terror/suspense que são bem aproveitados. Além de trazer cenas que garantem uma montanha-russa de sentimentos, desde do riso para equilibrar os momentos tensos que são apresentado. É uma boa pedida pra quem gosta dos clássicos terror de maldição e perseguição demoníaca, arrancando bastante sustos e momentos de se agarrar a cadeira
Guilherme Amado

Hush: A Morte Ouve

Se você acabou de assistir A Maldição da Mansão Bly e quer ver outro lado do criador Mike Flanagan, não há exemplo melhor do que Hush: A Morte Ouve (2016). O filme conta a história de Maddie (Kate Siegel), uma escritora surda que vive isolada desde sua adolescência. Independente e confortável em seu espaço, ela precisa usar sua inteligência e coragem para sobreviver aos ataques de um assassino que passa a rondar sua casa. Flanagan usa a violência e nossas próprias expectativas para criar uma narrativa cheia de tensão e inventividade, e o filme é uma ótima escolha para assistir em grupo (o que você pode fazer pela extensão Netflix Party durante esses tempos de isolamento social).
Natália Rosso
A Casa Monstro

Uma animação excelente, capaz de encantar, divertir e assustar não somente as crianças. Com o enredo principal girando em torno de amigos investigando uma casa amaldiçoada, o filme possui excelentes personagens e um desenvolvimento original com uma atmosfera de suspense perfeita para quem quer “pegar leve” nos filmes de Halloween sem deixar de aproveitar o tema.

Camila Salles

Trilogia Hotel Transylvania


A dica que venho trazer é voltada para toda a família, ou até mesmo para assistir sozinho (a) se você não é muito fã de filmes aterrorizantes. A indicação é 3 em 1, ou seja: uma trilogia que trará um gostinho de “quero mais” e é capaz de conquistar até mesmo quem não curte filmes de animação. A franquia Hotel Transylvania já conta com três filmes para o cinema, além de ter virado série de TV, videogames, rede de hotéis e até mesmo parque temático. Ou seja: o sucesso é inegável. A história gira em torno do Conde Drácula que possui um famoso hotel para monstros, e sua relação com sua filha Mavis que se apaixona por um humano. São filmes leves, engraçados e que são diversão garantida para a época do Halloween. 

Gasparzinho e Wendy

A próxima dica tem um gostinho
de nostalgia, que particularmente me remete à infância e aos dias sem
preocupação, deitada no sofá enquanto assistia Sessão da Tarde
Gasparzinho e Wendy (ou
Casper meets Wendy no título
original), é um filme lançado em 1998 e um dos primeiros trabalhos da atriz e
cantora Hilary Duff. 
A história, que é sequência de
um filme de 1995, conta como o fantasminha Gasparzinho conheceu a bruxinha
Wendy e o desenvolvimento de uma bonita amizade entre os dois. 
Enquanto lutam contra o
preconceito dos tios e tias bruxas de Wendy, e os tios de Gasparzinho que não
aprovam essa amizade, a duplinha dinâmica também enfrenta um vilão que tem um
plano maligno para se livrar de Wendy. 


Antonio Gustavo

A Sombra do Pai


A Sombra do Pai, dirigido por Gabriela Amaral Almeida, é um verdadeiro filmaço de uma diretora que aparenta ser um expoente no horror nacional. Na história acompanhamos Dalva, uma menina que tem que virar o adulto da casa, enquanto lida com o sobrenatural e a solidão familiar. O longa não só conversa com o cenário atual do terror, do horror psicológico como os filmes distribuídos pela A24, como também funciona sendo uma ode ao gênero, com referências que vão desde Stephen King até Guilhermo del Toro, A Bruxa e Hereditário. A diretora projeta a si mesma, bem como o público, em Dalva, desde criança assistindo filmes assustadores na madrugada, carrega ainda toda uma cara de Brasil, ao invés do Halloween, temos aqui o dia de São João; ao invés de um apocalipse com zumbis superpoderosos, temos um operário esgotado física e psicologicamente que carrega consigo a imagem de homem inabalável, sem sentimentos e por aí vai.  Não bastando, o modo com que Gabriela trabalha o sobrenatural, como algo mágico ainda dá um toque a mais a essa fantasia com cara de horror. Direção precisa, controlando bem a tensão, caminhando por vários estágios do gênero, com boas atuações e um roteiro bem construído, vale a pena tirar um tempo para apreciar está obra, principalmente à meia-noite, no escuro e sozinho em baixo das cobertas.

E se ainda ficar na dúvida, tem a saga Halloween, com 11 filmes atualmente e mais 2 em produção nos próximos anos. Bons filmes e arrepios!



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