Crítica: Hanna (2011, de Joe Wright)

 
 
Filme: Hanna | Culturing You
 
Hanna é um filme de ação lançado em 2011, que pode ser considerado um dos filmes que propiciaram o crescente avanço da carreira da atriz Saoirse Ronan, que antes deste havia atuado em Desejo e Reparação e Um Olhar do Paraíso e que desde então já atuou em clássicos do cinema atual, como Lady Bird, Adoráveis Mulheres e Brooklyn.
 
O longa traz a jornada da garota Hanna, após viver isolada com seu pai na Finlândia, de forma que apresenta uma narrativa em que com um início misterioso e filosófico, os detalhes e motivos de cada uma das atitudes dos personagens vão se mostrando ao longo do filme, prendendo o espectador até o final, para descobrir o porquê de tudo que estamos vendo estar acontecendo.
 
Para isso, o diretor Joe Wright traz ao longa grandes atores do cinema Hollywoodiano, como os principais coadjuvante e acompanhantes de Hanna,  como Eric Bana e Cate Blanchett, que não deixam a desejar e que claramente trazem um ar diferenciado ao filme.
 
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Para analisar o longa no geral, é impossível deixar passar que Hanna foi o segundo longa feito por Saoirse Ronan, sendo seguido apenas por Um Olhar do Paraíso, longa que para os que já assistiram, é fácil identificar características muito parecidas em Hanna, apesar de serem diretores tão distintos, não apenas devido à atriz, mas devido a uma jornada cheia de aventura que é na verdade apenas um pano de fundo para uma trama muito mais complexa sobre a natureza do ser humano, filosofia e autoconhecimento, tornando-a muito mais lúdica.
 
Tal característica pode ser percebida não apenas pela trama, mas em todos seus aspectos, como a linguagem de fotografia que consta com longos planos-sequências, planos montados de forma que poderíamos facilmente imaginar que os personagens estão em um sonho, fazendo com que o público, assim como a personagem principal, sempre se questionem sobre vários aspectos do que está havendo, qual a verdade de tudo pelo que está passando, além do caráter mágico de uma garota de 15 anos, que está passando por diversas situações para nós cotidianas, pela primeira vez.
 
A música e a direção de som também influenciam amplamente na compreensão do longa e em seu caráter filosófico, de forma que desde o início fica clara a relação de Hanna com a mesma, e como esta relação se desenvolve nela e por onde ela passa ao longo da narrativa, de forma que a música sendo tão importante para a protagonista, apesar de nuca tê-la escutado, são os momentos de mais respiro da narrativa, tanto no roteiro, como para a protagonista e para o público. Trazendo ainda mais um caráter cômico pela forma como a música é inserida em momentos inusitados da trama, com coadjuvantes ainda mais inusitados.
 
Outro aspecto que é importante ressaltar são os efeitos especiais, de forma como o filme é para uma faixa etária de 14 anos, o longa retira grande parte de seus efeitos de violência ao não mostrar ao público detalhes do que foi realizado, mostrando apenas o suficiente para trazer uma carga dramática que nos faça permanecer com os olhos vidrados no filme e torcendo para os personagens, de forma sutil e simples, gerando até uma dúvida no espectador sobre a gravidade da situação apresentada.
 
Foto de Saoirse Ronan - Hanna : Foto Saoirse Ronan - AdoroCinema
 
Justamente por essa característica lúdica, é impossível acreditar que todos se identifiquem e gostem do filme, de forma que o mesmo acaba se tornando muito mais uma experiência filosófica, do que uma trama com um fim bem definido, porém, para os amantes dos filmes de Saoirse Ronan, e tramas repletas de ação e filosofia, pode ser o filme perfeito.


Além de que, é impossível notar os grandes avanços e o grande potencial da atriz em acensão Saoirse Ronan, que não deixa a desejar em nenhum momento e que pode muito em breve nos surpreender com filmes de grande potencial da indústria do cinema. 
 
 
Hanna | Amazon.com.br
Título Original: Hanna
 
Direção: Joe Wright
 
Duração: 111 minutos
 
Elenco: Saoirse RonanEric BanaVicky Krieps
 
Sinopse: Hanna  foi criada na fria Finlândia pelo pai, um ex-agente da CIA. Treinada para ser a assassina perfeita, ela leva uma vida completamente diferente da de qualquer outro jovem de sua idade. Um dia Hanna recebe uma missão do pai e atravessa a Europa enganando agentes experientes com os ensinamentos de seu mentor. Quando o alvo vai ficando cada vez mais perto, porém, alguns segredos vêm à tona e a garota passa a questionar seus atos.
 
 
TRAILER:
 
 
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2 thoughts on “Crítica: Hanna (2011, de Joe Wright)”

  1. Na verdade, o primeiro longa com participação de Saorsie Ronan, em que ela mostra a que veio, atuando de forma impecável, foi “Desejo e Reparação”, de 2007. Magníficos, o filme e a participação da atriz, que contracena com James Mc Avoy e a chatinha da Keyra Knightley..
    E em certo ponto da crítica, há um comentário de que ela é “uma garota de 25 anos”, o que não corresponde ao que é mostrado no filme. Prefiro imaginar que houve um erro de digitação, e ao invés de “15 anos”, foi publicado “25”.

    1. Olá Iara, agradecemos suas correções válidas, provavelmente esses fatos passaram despercebidos na nossa revisão. E além dos erros apontados, pedimos perdão pela formatação bugada, devido a troca de plataforma do antigo para o novo site. Estamos sempre tentando melhorar e atentos ao público, comentários como o seu são importantes para corrigirmos o necessário, então muito obrigado e continue a nos acompanhar <3

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