Crítica: The VelociPastor (2018, Brendan Steere)


Até hoje eu me pego pensando em porque decidi ver esse filme. Quando descobri sobre a história, imaginei que seria um tipo de meme ou uma brincadeira da internet, mas não! Era um filme que realmente existe e ainda não entendi o intuito dele. Vou destrinchar um pouco sobre e não sei nem dizer se o que direi são spoilers, de tão absurdo que tudo parece, então, só vem comigo ler sobre essa doideira.

O diretor Brendan Steere (também responsável pelo longa Animosity de 2013) pensou na mirabolante ideia em 2010 enquanto frequentava a Escola de Artes Visuais de Manhattan, depois que o corretor traduziu automaticamente o título “Velociraptor” para “VelociPastor”. Como parte de um projeto escolar, Steere fez um curta-metragem de fake-trailers grindhouse, que incluía o mitológico The VelociPastor. Seus vídeos anteriores no YouTube tinham cerca de 45 visualizações cada, mas seu projeto recebeu mais de 45.000 visualizações, resultando na ideia de que poderia ser uma boa produzir algo do gênero como um longa-metragem.


Steere afirmou: “O filme é feito para ser divertido, e qualquer pessoa que procure um significado mais profundo na história de um homem que se transforma em dinossauro para combater o Mal provavelmente está muito mais louco que eu”. De 2011 a 2016, houve duas tentativas de crowdfunding para levantar o filme; primeiro através do Kickstarter e depois através do Seed & Spark, mas nenhuma tentativa foi bem-sucedida; até o projeto receber financiamento de um investidor privado que a mãe de um amigo de Steere conhecia. The VelociPastor então foi filmado com US $ 35.000 e Steere alega ter sido influenciado em grande parte pelo cinema de Guillermo del Toro. Trecho retirado do site: Boca do Inferno.
  
Por um lado não é tão difícil de ver a influencia de Del Toro uma vez que em A Forma da Água, a personagem principal, a grosso modo, se apaixona por um peixe (?), mas em todo caso, a melhor forma de descrever esse filme é da seguinte maneira: dois amigos chapados têm a ideia maluca de fazer um filme segurando uma câmera e editando no computador de casa. Pronto.

Após a estranha morte dos pais, o padre Doug (Gregory James Cohan) é influenciado por seu amigo e também padre a viajar para poder compreender melhor os designo de Deus. Então em uma bela tarde, durante uma caminhada na China, Doug encontra uma mulher ferida, fugindo de alguém na selva. Ao ajudá-la, a misteriosa mulher lhe entrega um dente enorme, em que Doug se corta. Após uma noite infernal ele é possuído pelo Espírito do Guerreiro-Dragão.

Ao se transformar, ele perde constantemente a memória, até o dia em que ele ajuda a prostituta Carol (Alyssa Kempinski) e a salva de seu cafetão; Caro

l ao acordar está no seu quarto e conta toda a verdade sobre seu “dom”. Depois um pouco de drama e toda a história sobre ela ser “impura”, ele acaba acreditando nela e vendo esse seu novo lado como uma bênção, podendo assim, libertar as pessoas do mal.
  
Mas como se isso não fosse o bastante, ele descobre que uma gangue de ninjas está vindo atrás dele e do artefato! E agora, ao lado do seu grande novo amor, ele precisa lutar contra mais essa ameaça.


O engraçado ou desesperador do filme é que ele não tenta em nenhum momento ser o que não é, ou seja, não temos efeitos, nem GCI e o máximo que rola em cena é um pouco de sangue fake e extremamente mal feito, o que dá uma certa sensação de “no sense” ou melhor dizendo, se encaixa completamente no filme. O figurino é simples, os efeitos são simples, a transformação em dinossauro é bizarra, mas o filme se propôs a ser isso, por isso não vou julgar tanto. E sim, os atores levaram seus papeis bem a sério, mesmo com um roteiro tão aleatório. Por fim, não tenho mais o que dizer. Temos de tudo um pouco, ação, drama, romance e um plost twist sensacional no final. Se você conseguir assistir até o fim, é claro.



Título Original: The VelociPastor


Direção: Brendan Steere


Duração: 75 minutos


Elenco: Gregory James Cohan, Claire Hsu, Daniel Steere, Alyssa Kempinski, Fernando Pacheco De Castro, Jiechang Yang, Zachary Steere


Sinopse: Após perder os pais, um padre viaja à China, onde herda uma habilidade misteriosa que o permite transformar-se em um dinossauro. A princípio horrorizado por esse novo poder, uma prostituta o convence a usá-lo para combater o crime. E ninjas.


Trailer:



 
E você? Ficou curioso para assistir?

1 thoughts on “Crítica: The VelociPastor (2018, Brendan Steere)”

Deixe uma resposta