Crítica: Sing – Quem Canta Seus Males Espanta (2016, de Garth Jennings)

Quem nunca teve um grande sonho maior do que tudo, até do que si próprio, capaz de fazê-lo encontrar uma força interior para enfrentar tudo e todos? E se você for parte do grupo que sabe do que estou falando, provavelmente também sabe bem que no meio do caminho sempre há obstáculos e, bem, derrotas. E não poderia ser diferente para as personagens principais de Sing

Um coala (Matthew McConaughey) apaixonado por teatro e tudo que ele envolve: as luzes, o movimento do cenário, até o cheiro. O coala que foi de maior showman da cidade a um empresário falido e precisando urgentemente manter seu teatro em pé; o jovem gorila Johnny (Taron Egerton), que tenta desesperadamente esconder seu amor por cantar do pai,  grande herói do filho  que comete alguns furtos com sua gangue e visa ensinar ao filho os ossos do ofício. E quanto mais Johnny tenta ajudar o pai, mais seu amor por cantar acaba complicando mais as coisas.




Ademais, temos Rosita (Reese Whiterspoon), a porquinha dona de casa que cuida de seus 25 filhotes e do marido — que parece nem notar a existência da mulher  enquanto sonha em voltar a cantar. E, como grande parte das mulheres, é desacreditada pelo marido, que se preocupa apenas com a própria carreira e sonhos; Ash (Scarlett Johansson), a porco espinho super estilosa, guitarrista e cantora, junto com o namorado, com quem vive um relacionamento abusivo que acaba por ofuscar seu talento e reduzi-la a backing vocal; Meena (Tori Kelly), a elefantinha com uma voz fenomenal, mas um medo igualmente grande de platéia, que acaba a paralisando e se colocando em seu caminho para tornar-se uma grande estrela; e por fim, Mike (Seth MacFarlane), o rato que toca saxofone para conseguir uns trocados e sabe que é bom no que faz. O que todos eles tem em comum? O amor incondicional pela música!



Enquanto os conflitos internos desses animaizinhos super talentos colidem com o desenrolar do show de talentos — organizado pelo coala Moon para tentar manter seu teatro — podemos perceber como o diretor Garth Jennings consegue manter todos com o mesmo protagonismo, sem se perder no arco dramático de algum deles. Os personagens aqui crescem com a narrativa, até o ponto em que culmina no clímax de todos ao mesmo tempo. 


Uma animação divertida, com números musicais que envolvem e tiram o espectador da cadeira, premissa tocante e debates extremamente atuais — como a presença dos reality shows, no caso o de competição, tal qual The X Factor, American Idol e semelhantes Sing veio para mostrar que não é só de Minions que vive o estúdio Illumination. A pretensão aqui não é criar um novo Coco ou Divertida Mente, mas falar da relação medo-sonho de um modo leve, divertido e cativante, classificando o filme como sugestão para toda a família. Não há medo em abraçar a música pop, com uma trilha sonora conhecida e dançante.


O elenco também não decepciona, sendo composto de grandes nomes e performances que não deixam a desejar. E para os fãs de dublagem ou os curiosos sobre os bastidores, é possível conferir abaixo um pouco do processo de dar voz aos protagonistas do filme.



Título Original: Sing


Direção: Garth Jennings


Duração: 108 minutos


Elenco: Matthew McConaughey, Scarlett Johansson, Reese Whiterspoon, Taron Egerton, Tori Kelly, Seth MacFarlane, Leslie Jones, Nick Kroll, John C. Reilly, Jennifer Hudson, Nick Offerman, Adam Buxton e Jennifer Saunders.


Sinopse: O coala Buster Moon é o típico homem do show business, dono de um teatro falido, que ele se recusa a abrir mão. E para manter o teatro que tanto ama ele está disposto a fazer de tudo para voltar a produzir grandes shows, até mesmo inventar um concurso de talentos que atrai os mais diversos amantes de música e que prometem sacudir os palcos do teatro. 


Trailer:


E você, o que achou da animação? Deixa aqui embaixo nos comentários e, bem … cante! 🎤



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