Crítica: Klaus (2019, de Sergio Pablos)

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Filmes natalinos costumam
tratar do mesmo assunto, seja de forma direta ou indireta, tanto que já se
reproduziu a mensagem do que o espírito de natal significa em diferentes
formatos, sendo desde filmes infantis, como O Grinch e O Expresso
Polar
, comédias românticas como Simplesmente Amor e O Amor Não Tira
Férias
e até mesmo filmes de ação como o clássico Duro de Matar. Em
tempos como esse, muitos se centram na figura clássica que representa o natal: o Papai
Noel.

A figura lendária que vive
no imaginário coletivo das crianças durante as festas já teve reproduções que
até sugerem uma nova forma de imaginar a lenda, por exemplo, umas das mais
curiosas e intrigantes até hoje que foi a animação da Aardman
Operação
Presente.
Agora a gigante do streaming Netflix, em sua nova
iniciativa de lançar animações originais de grandes nomes da indústria de
animação mundial, lança em seu catálogo para este final de ano o longa
metragem
Klaus, que demonstra uma divertida, espirituosa e até emocionante origem
alternativa do Papai Noel.


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Dirigida pelo animador
espanhol Sergio Pablos, conhecido por ter sido um dos criadores da franquia
Meu Malvado Favorito
, o filme conta a história de Jesper (voz original de
Jason Schwartzman e de Rodrigo Santoro na dublagem brasileira), um sujeito
mimado e egoísta que recebe um trabalho de seu rigoroso pai de ser carteiro
numa cidade esquecida e distante chamada de Smeerensburg, onde todos são rudes
e grosseiros. Passando assim um longo tempo de decepções e monotonia, Jasper
conhece um carpinteiro solitário, porém bondoso, chamado Klaus (voz original de
J.K. Simmons e de Daniel Boaventura na dublagem brasileira), onde a partir daí,
a amizade de ambos mudará todos na cidade, desde de crianças inocentes até
adultos mal-humorados.


Como já foi dito o longa
animado propõe uma nova versão da história do bom velhinho, quase que uma
versão realista, cl
aro num contexto de universo de desenho animado, sendo que
ele não se atrela na imagens conhecidas da lenda para ser mais didático para
leigos na história original da lenda, se for relevar os fatos de que ele veio
da história do santo Nicolau, por exemplo.


Como um contexto para se
construir uma nova identidade do Papai Noel, o filme aposta numa história
totalmente nobre sobre relação e amizade entre os dois protagonistas, como se
se fosse um norte para o espectador poder se conectar, ainda mais pela
transformação de Jesper num homem humilde.

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Sendo assim, o filme sugere
novas ideias para se traduzir o surgimento da lenda, muito se baseando no que
se conhece nas tradições clássicas relacionadas a lenda do bom velhinho, que demonstra
coerente à trama e relação dos personagens e do ambiente que vai se transformar, conforme a trama segue.


Guiado pela animação
tradicional 2D bem bonita e com um aspecto mais artesanal, que tem sumido por
um certo tempo no mainstream, que dado pela liberdade criativa que o
serviço costuma dar para os criadores de conteúdos em filmes e séries, cria um
estilo de animação mais independente e alternativa, combinando com o estilo da
história.


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O filme ainda preza por um
ritmo agradável para todos os públicos, ao público infantil pode se prezar pelos
personagens e momentos engraçados, já os adultos podem até se admirar pela
mensagem tocante e pela singela nostalgia que evoca para se reverenciar as
tradições de natal.


A dublagem até chama a atenção,
muito pelo fato de termos nomes conhecidos dublando os personagens, entre eles
o veterano internacional Rodrigo Santoro dublando Jasper, se mostra competente
e até engraçado em alguns momentos, inclusive o Daniel Boaventura fazendo o
Klaus, que até tem os seus momentos. Além de uma participação da atriz Fernanda
Vasconcellos fazendo a professora Alva, que mesmo pequeno tem uma importância
na história.


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O que pode soar destoante na
trama é o conflito entre as duas famílias que comandam a cidade, que, por mais
que tenha um certo movimento na trama, soa mau colocado e tem uma resolução
meio óbvia.


Singela, bonita e agradável,
Klaus se mostra promissora o suficiente para agradar a todos que buscam
um entretenimento para o final de ano, e demonstra como o streaming ainda
é capaz de coletar talento para suas produções originais, e dessa vez na área
de animação, consegue provar que é possível renovar conceitos clássicos para narrar
histórias divertidas e com uma certa naturalidade na execução, sem soar industrial
e básico demais para uma  animação infantil.


Título Original: Klaus

Direção: Sergio Pablos

Duração: 96 minutos 

Elenco: Jason Schawartzman, J. K. Simmons, Joan Cusack, Rashida Jones, Norm McDonald, Will Sasso e Mila Brener 

Sinopse: Quando um carteiro egoísta é obrigado a trabalhar numa cidade obscura e ranzinza, uma improvável amizade entre ele e um carpinteiro solitário, porém bondoso, irá transformar o natal de todos na cidade para sempre.


Trailer:
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