MVDC ENTREVISTA: Clovis Mello fala sobre seu novo filme Divaldo – O Mensageiro da Paz


Nesta quinta-feira (12), chega
aos cinemas o filme Divaldo – O Mensageiro da Paz. A proposta do filme é contar
a história de Divaldo Franco, um dos maiores líderes da doutrina espírita no
Brasil, desde sua infância no interior da Bahia, até o lançamento de seu
primeiro livro. O diretor e roteirista Clovis Mello conversou com o MVDC sobre
os desafios e alegrias de lançar o segundo longa de sua carreira.

A primeira preocupação de Clovis,
quando o diretor aceitou o papel para ser também o roteirista, foi o recorte da
história. Além de ser uma cinebiografia de uma pessoa que ainda está viva,
havia muita coisa interessante para contar sobre Divaldo. “O que me chamou
muita atenção na história dele (Divaldo) é o contato com o espírito da Joanna
de Ângelis, que é a mentora espiritual dele, e eu resolvi trazer essa mensagem
que é muito mais psicológica do que espírita”, explica.


O filme acabou ficando divido em
três aspectos diferentes de tempo e espaço, apresentando momentos chaves para
que o espectador entenda a importância de todos eles na história do líder humanitário.
Segundo o diretor, após conversar com Divaldo, ficou decidido que o filme não
seria somente sobre a história dele. Deveria ser muito mais sobre a mensagem de
paz e bem ao próximo.


Ator Ghilherme Lobo, Divaldo Franco e Clovis Mello
Outro ponto importante para o longa
foi o público. Desde o começo do projeto sabia-se que seria um filme para o
público espírita, mas Clovis também queria tocar outro público: os jovens.
Afinal, grande parte do longa se passa na juventude de Divaldo, quando ele
descobre seus dons e precisa renunciar às tentações. O diretor descobriu que alcançou
seu objetivo após fazer uma sessão em sua produtora, a CINE, quando, ao final
do filme, todos estavam emocionados e diziam se sentir tocados com o filme.

“Lá (na CINE) tem muitos jovens,
pessoas que nunca ouviram falar no Divaldo, pessoas que já ouviram, mas não são
espíritas. Pessoas budistas, católicas, evangélicos, agnósticos, que não tem contato
com religião. A minha surpresa, porque foi um filme que eu fiz com essa
finalidade, todo mundo reagiu muito bem ao filme, se emocionaram com a mensagem.
[…] Ficou muito claro que ali a gente estava diante não de um filme espírita,
ainda que ele não traia o espírita tradicional, ele é um filme para todos. Me
deu muita alegria isso”, disse.




Clovis Mello no set de Divaldo – O Mensageiro da Paz

Em tempos de intolerância, que vem
de todos os lados, fazer um filme com essa temática é um desafio e tanto. Mesmo
que a doutrina espírita possua 3,8 milhões de praticantes no Brasil, de acordo
com o último Censo do IBGE. Sobre esse assunto, Clovis diz que nós criamos as
religiões para nos separar, mas a mensagem era outra: amarmos uns aos outros.


“Eu queria tirar essa divisão de religiões,
isso não tem levado a nada, está na cara que não deu certo. Na medida que você
tem terreiros de umbanda e candomblé destruídos por gente intolerante, está
claro que a religião é uma coisa que não deu certo nesse país. A mensagem é
outra, e, na realidade, foi para isso que eu fiz esse filme”, esclarece o diretor.



A crítica do filme chega amanhã (12) aqui no site! Fique ligado e não esqueça de nos acompanhar nas nossas redes sociais. 

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