Crítica: Vingadores: Ultimato (2019 , de Joe e Anthony Russo)

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Toda
a geração passa por um momento como esse, em que uma saga cinematográfica na
qual milhões de fãs passam anos acompanhando a trajetória de seus personagens
preferidos, chega ao seu derradeiro fim. Já tivemos o final da trilogia
clássica Star Wars na década de
1980, o fim da saga Harry Potter nos anos 2000, e
agora testemunhamos o final da saga dos Vingadores.
Óbvio, falando comercialmente essas franquias tendem a continuar, como a saga de
George Lucas continuou com mais duas trilogias, a saga do bruxinho mágico se
expandiu numa nova franquia com Animais
Fantásticos
 e assim como os outros, a marca Marvel 
também continuará, muito provavelmente
com a nova adição do grupo
X-Men,
 selo mais valioso da editora, com a fusão da Disney com a
Fox acontecendo.

Mas
o que realmente interessa nesse momento não é o futuro, e sim o agora,
o momento em que se é vivenciado, e Vingadores:
Ultimato
é exatamente isso, sobre o que foi acompanhar toda essa jornada de
personagens que conquistaram uma legião de fãs através do seu humor, carisma, senso
de nobreza e acima de tudo, respeito. O trabalho impressionante que o
produtor/presidente do Marvel Studios
Kevin Feige fez é conectar todo o senso de aventura e espiritualidade de uma
história em quadrinhos e ser transposto para o cinema com uma qualidade respeitável. Óbvio que a Marvel cometeu erros, mas teve uma atitude humilde de reconhecer seus defeitos e
permitir em se arriscar, como em Pantera
Negra
e Thor: Ragnarok, assim
ela se garantiu como
uma marca de sucesso por tanto tempo e muito querida entre
os fãs.


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O novo filme é exatamente o que foi prometido, a grande culminação de todos os filmes do Marvel Studios desses 11 anos de
trajetória. Numa mistura de encerramento com homenagem/celebração, o longa se
centra essencialmente nos Vingadores originais, o que é algo válido, pois a primeira
grande conquista do estúdio foi o primeiro filme Os Vingadores, então o
entrosamento de que o público tem com esses personagens era o mais ideal a
ser explorado, pois eles sempre foram os protagonistas principais de todo o
MCU desde o início, principalmente Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey
Jr.) e Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), onde recebem seus devidos arcos
de personagens e os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely se
preocupam em dar um fechamento digno para cada um deles, apoiando essencialmente no carisma e entendimento ao longo dos anos dos seus atores. 



Até mesmo os respectivos coadjuvantes centrais ganham seus arcos a serem debatidos, como a desconstrução que Thor (Chris Hemsworth) passa nesse filme, além do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) passando por uma jornada sombria.

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Muito
se foi especulado sobre a razão do filme ter 3 horas de duração, a produção entende do porquê de todo esse tempo, pois é bem-vindo diante da
quantidade de informação e de história durante a execução era necessário
. Os diretores Joe e
Anthony Russo realmente tinham a noção do que exatamente queriam com o
filme, pode até parecer que possui a tal “fórmula Marvel”, só que ambos
conseguem mesclar estilo de direção que os tornou tão respeitados dentro da
própria Marvel, como o controle da seriedade e o drama focado personagens. Já no humor, talvez há uma gratuidade em certos momentos, mas ambos os cineastas
tem a noção de colocar isso nos seus personagens devidos como o Homem-Formiga
(Paul Rudd) e Rocket Racoon (Bradley Cooper). 



Ambos
os cineastas entendem a noção da proporção do filme, por isso a
progressão da escala cresce conforme a história avança. Diante do início
temos um pouco de como ficou o mundo depois do cataclismcausado por Thanos (Josh Brolin) no
final de Guerra Infinita, cenário e
clima que lembra vagamente o cenário da série subestimada da HBO The Leftovers, muito pelo uso da fotografia de Trent Opalach, que demonstra uma sensação de luto e sem esperanças no uso de cores frias e melancólicas, porém infelizmente esse momento se mostra meio parado e perde a oportunidade de ser explorado, pois se centra no planejamento dos heróis.


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que conforme o filme segue e vemos os desdobramentos da história, ele se
demostra muito mais atrativo, pois é onde mostra-se a tal homenagem já
mencionada, aqui realmente o longa se centra exata
mente no contexto da
trajetória desses 11 anos de MCU. Claro que não revelaremos spoilers, mas é garantido que o fã de
longa data consegue se maravilhar diante de situações e momentos que realmente
remontam e relembram a razão de se gostar tanto desses filmes. 


Até
que o filme chega ao clímax final, ao som da música épica de Alan Silvestri, é garantida a maior prova viva do porquê de
tanto esperar por esse longa, a batalha final é revelada de uma maneira tão
grandiosa em termos de escala e proporção, qual a única batalha que é possível
comparar em termos de  alcance no cinema atual é a batalha final de O Senhor dos Anéis: O Retorno
do Rei
. Tudo isso é possível devido ao peso investido nos personagens nos quais os fãs acompanharam tanto tempo, realmente prova como a construção desse
universo era necessária para chegar nesse momento
.


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Com
issoVingadores: Ultimato, apesar de
ser diferente, realmente
complementa o seu filme anterior que foi Guerra
Infinita
. Mesmo opostos, há uma clara diferença
de abordagem do vilão Thanos:
se no primeiro filme ele era o
protagonista, nesse novo ele é a grande ameaça que permanece perigosa, encabeçada pela atuação grafitante e digital de Brolin. É
evidente que mesmo apresentando certas ferrugens de ritmos, de forma
alguma irá se tirar todos esses pesos emocionais que o filme causará ao
público.


Ambos
fecham o arco de forma ideal para a Saga do Infinito, onde eles
entregam esse universo devidamente construído nesses 22 filmes e conseguem remodelá-lo de uma forma que será alvo de muitas discussões no futuro, e que
será demonstrada nos próximos filmes, ou até mesmo em séries de TV com as
vindouras produções exclusivas para o Disney+.


Mas
como já foi dito, amanhã não é importante, sendo assim, hoje podemos afirmar que Vingadores:
Ultimato
certamente será um blockbuster que marcará a história do cinema,
não somente pela obviedade das cenas em escala épica, mas também pelo
valor da construção de identificação que essa geração teve por esses
personagens, sempre acompanhando as aventuras, se divertindo, se emocionando e
se sentindo parte de uma grande família. É provável que há pessoas que podem
não sentir essa mesma coisa, pois não tem a tal conexão especial, mas como
qualquer obra cinematográfica ou de arte, a real intenção é provocar emoções, e nisso esse novo filme tem de sobra. A emoção de ver uma saga encerrada sempre permanecerá na cabeça de um espectador e será importante para
ele, e é necessário agradecer por isso. Obrigado Marvel e até a próxima!


Título Original: Avengers: Endgame

Direção: Joe e Anthony Russo

Duração: 181 min

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Mark Ruffalo, Jeremy Renner, Brie Larson, Paul Rudd, Don Cheadle, Karen Gillian e Josh Brolin
Sinopse: Depois de serem derrotados por Thanos, os Vingadores devem fazer um novo plano de ataque que levarão para a maior batalhas de suas vidas, onde tudo deve ser sacrificado.

Trailer:
E você? O que achou do filme mais esperado desse ano? Superou suas expectativas?
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