Crítica 2: Shazam! (2019, de David F. Sandberg)

Leia nossa primeira crítica aqui.

Finalmente o ano de 2019 chega trazendo uma das mais aguardadas produções cinematográficas baseada nos quadrinhos: Shazam!

A expectativa dos fãs era alta, muito se falava sobre a escolha de Zachary Levi para o papel principal e quando os trailers oficiais surgiram, a vontade de ver um dos heróis mais carismáticos da DC Comics foi lá nas alturas.

E eis que conferimos o resultado na telona: um filme leve e descontraído, com várias referências à cultura pop, com protagonistas carismáticos e uma fórmula que é até um pouco batida, mas que funciona para atingir o público-alvo de crianças, adolescentes e adultos menos exigentes.


Shazam, apesar de ser uma palavra aparentemente sem sentido e até cômica, funciona como uma sigla e representa seis deuses imortais que são: Salomão, Hércules, Atlas, Zeus, Aquiles e Mercúrio. Aquele que for digno, ao falar esta palavra, atinge seu potencial máximo, se tornando um poderoso protetor.

Assim, conheceremos a história de Thaddeus Sivana num primeiro momento, até para nos ambientarmos de como funciona a dinâmica da escolha de quem carrega o manto de Shazam.
Diferente do que se especulava, apesar de já sabido, Dwayne Johnson não figura no elenco, apenas na produção executiva e seu papel do antagonista Adão Negro deverá ficar para uma possível sequência. Então como antagonista, teremos um já mais velho Dr. Thaddeus Sivana, interpretado pelo já experiente de vilões, por assim dizer, Mark Strong.


Seu papel aqui pouco destoa dos vilões já feitos anteriormente pelo ator e devo dizer que seu Sinestro do descartável e pavoroso Lanterna Verde foi um vilão mais bem aproveitado na história, seja pelo histórico do personagem, seja pelo conjunto atuação+caracterização.

Também veremos como Billy Batson (do ótimo Asher Angel), um garoto de 14 anos que perambula por lares de acolhimento enquanto tenta desesperadamente encontrar sua mãe, de quem se perdeu quando era uma criança, acaba em um lar excêntrico, que lhe mostrará o verdadeiro significado do que é uma família.


Zachary Levi, na pele do herói Shazam, consegue transmitir muito carisma e juntamente com Freddy Freeman (Jack Dylan Grazer, de It: A Coisa) forma uma dupla improvável, porém com uma química muito boa, proporcionando momentos bem divertidos.


A grande surpresa vem ao final, remetendo a um clássico televisivo que traz uma enorme nostalgia aos jovens nascidos nos anos 90. A ideia de também trabalhar com um dos temas que mais permeiam o que é o ser humano, os 7 pecados capitais, também é de bom tom, mesmo que extremamente mal explorado.

Com algumas piadinhas forçadas, tendo umas até de gosto questionável, o filme peca muitas vezes em seu ritmo, culpa talvez da longa duração ou ainda do mal desenvolvimento de certas situações, algumas beirando ao extremo clichê.

Ainda assim, Shazam! se mostra como um grande entretenimento, reforçando a ideia de que a DC Comics pode e deve se reinventar, sem tentar caminhar sempre pelo lado sombrio, muito embora a maioria das histórias dos heróis assim os peça e grande parte dos fãs simplesmente adorem.


Título Original: Shazam!

Direção: David F. Sandberg

Duração: 119 minutos

Elenco: Zachary Levi, Asher Angel, Mark Strong, Jack Dylan Grazer, Djimon Hounsou, Grace Fulton, Ian Chen, Faithe Herman, Cooper Andrews e Marta Milans 

Sinopse: Billy Batson (Asher Angel) tem apenas 14 anos de idade, mas recebeu de um antigo mago o dom de se transformar num super-herói adulto chamado Shazam (Zachary Levi). Ao gritar a palavra SHAZAM!, o adolescente se transforma nessa sua poderosa versão adulta para se divertir e testar suas habilidades. Contudo, ele precisa aprender a controlar seus poderes para enfrentar o malvado Dr. Thaddeus Sivana (Mark Strong).

Trailer:


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