Crítica: Good Girls – 1ª Temporada (2018, de Dean Parisot, Kenneth Fink e mais)

E lá vamos nós torcer pelos bandidos, de novo! A Netflix continua investindo em seu material exclusivo, e apesar de ser executada pela NBC, a série é distribuída exclusivamente no Brasil pela empresa. Uma das apostas mais divertidas do ano, é com certeza a série Good Girls, disponível na plataforma.
Atenção, a crítica contém spoilers, então se você é alérgico a eles, acredito que é melhor parar de ler e apertar o play na série antes.



O enredo conta como três donas de casa (Christina Hendricks, de Mad Men, Retta, de Parks and Recreation e Mae Whitman, de Parenthood) cada uma com sua motivação pessoal, que se unem para assaltar um mercadinho de bairro. E eis que quando você se dá conta, lá está torcendo para que elas obtenham sucesso. 

Para piorar tudo, elas descobrem da pior maneira possível que este mercadinho é de propriedade de traficantes que usam o local para lavagem de dinheiro, e então, as amigas se envolvem num esquema sem volta, para dar emoção às suas vidas tão inertes. 

Lógico que eu não pude deixar de associar a série como uma mistura de Desperate Housewives e Ozark com pitadas de Breaking Bad, disponíveis na Netflix. Estaria a empresa usando seu algoritmo para criar sucessos baseados em preferências de usuários? Acredito que sim, e ainda bem! 



A série é leve e divertida e as personagens e personalidades são deliciosamente contagiantes. Eu, particularmente, adoro o jeito estrambelhado de Mae, como Annie (irmã mais nova de Beth, interpretada por Hendricks) e de como ela consegue fazer tudo que resulta no pior. Retta (como Ruby) por sua vez encanta com seu sorriso e dramaticidade. 

Todo o elenco de apoio possui grandes méritos e colaboram para que a história se desenvolva de uma maneira interessante, tornando a maratona da série extremante fácil, já que um episódio te instiga a assistir o próximo e de repente a série se foi todinha como num passe de mágica. O que é o traficante Manny Montana como Rio se não uma mistura de James Jean e Michel Mando (o Nacho, traficante de Breaking Bad e Better Call Saul).


Me perguntei, o que levaria três donas de casas com família a se envolverem no mundo do crime? Em cada momento da série verificamos as histórias destas mulheres e o que levou cada uma delas a participar dessa enrascada; desde a excitação que falta em suas vidas aos riscos e ambições que fazem parte de um contexto que quase justifica suas atitudes. 


A série também traz críticas que passam subentendidas no enredo além de questões que lidam com a moralidade das pessoas. Cada um tem seu preço e sua razão, portanto, diversas vezes ficamos confusos com algumas das atitudes das protagonistas e quando nos colocamos no lugar delas nos questionamos se faríamos o mesmo, se estivéssemos naquele contexto. Fica a pergunta no ar.






Quando se acha que o problema está resolvido, algo pior acontece e a gente se diverte! Recomendo com louvor, e apesar de não ser uma série redondinha e tão pouco excepcional, vale pelas risadas garantidas e pelo envolvimento que ela dá.






Título Original: Good Girls 


Direção: Dean Parisot, Kenneth Fink, Michael Weaver, Nzingha Stewart, Sarah Pia Anderson, Sharat Raju, So Yong Kim 


Elenco: Christina Hendricks, Mae Whitman, Retta, Manny Montana, Matthew Lillard, Allison Tolman, David Hornsby, James Lesure, June Squibb, Kathleen Rose Perkins e mais. 


Sinopse: Três mulheres dedicadas aos filhos e aos esposos veem suas vidas mudarem ao se encontrarem em situações desesperadoras. Agora, pela primeira vez na vida, elas têm a oportunidade de jogar tudo para o ar, e é isto o que elas irão fazer.



Trailer:



E você já assistiu à serie? O que faria na situação das protagonistas? Não esqueça de curtir e compartilhar com os amigos! 

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