Crítica: Vingadores: Guerra Infinita (2018, de Anthony Russo e Joe Russo)

Enfim chegou o esperado Vingadores: Guerra Infinita aos cinemas! E, parte da nossa equipe veio trazer as opiniões do filme, qual reúne os principais heróis do Universo Cinematográfico da Marvel para deter o terrível vilão Thanos, em sua saga para conquistar todas as Jóias do Infinito (Espaço, Realidade, Poder, Mente, Tempo e Alma). Sem mais delongas, venha conferir a nossa crítica, nas visões de Ana Paula Araújo, Fagner Ferreira e Eduarda Souza (Duda), após um final de semana arrasador de bilheterias para a Marvel.

Ana Paula Araújo
Este é, definitivamente, o ano da Marvel nos cinemas! E não é à toa, pois desde que começara com suas grandes produções, sendo elas individuais ou coletivas (Vingadores (2012), Vingadores: Era de Ultron (2015) e Capitão América (2016), há 10 anos, sendo a maioria sucesso de bilheteria, eis que Vingadores: Guerra Infinita era o mais esperado, pois todos os filmes acabavam levando até este.

Os irmãos Joe Russo e Anthony Russo cumprem com o que era esperado pelo público. Guerra Infinita, por ser um filme repleto de super-heróis, detalhes, ação e muita informação, deixa qualquer um sem palavras ao final da sessão. No entanto, o ideal é que aqueles que ainda não foram ao cinema estejam em dia com os longas anteriores, pois podem acabar se perdendo em meio a tanta informação. Mas, tudo se fecha, o roteiro de Stephen McFeely e Christopher Markus não deixa pontas soltas, consegue ser completo e, ao mesmo tempo, profundo.


Falando em profundidade, pode-se dizer que foi o que mais colocaram no vilão Thanos (Josh Brolin), algumas pessoas brincaram dizendo que deveria se chamar “Thanos – Guerra Infinita”, pois, realmente, o vilão não é apenas matança e juntar as Jóias do Infinito, mas, mesmo sendo um alienígena, ele tem uma história, tem seu lado “humano”, que é algo que só acrescenta ainda mais qualidade ao filme.
Vingadores: Guerra Infinita é o tipo de filme que além de ser considerado um clássico e um momento épico, é para ninguém colocar defeitos, até mesmo os fãs mais antigos e fiéis. É o tipo de filme que vale a pena ir mais de uma vez ao cinema assistir, até porque, tem essa questão de ter muitos detalhes e informações que, talvez, de primeira, você deixe escapar uma coisa ou outra.



Eduarda Souza

Em Vingadores: Guerra Infinita, vemos o resultado de uma elaborada construção de personagens durante os 10 anos do MCU (Universo Cinematográfico Marvel) culminar em uma trama que provoca grande oscilação de emoções, num combate épico de consequências devastadoras.





Sendo o melhor vilão apresentado até hoje no MCU, Thanos (Josh Brolin) é o grande protagonista, entregando os momentos de maior tensão, daqueles de prender o fôlego! Com um objetivo de certa forma justificável, mesmo que horrendo, ele pretende com a reunião das seis Jóias do Infinito causar um genocídio de proporções universais. Ao passo que o vilão nos é apresentado, não somente sua austeridade e ambição, mas ainda um lado humanizado que não prevíamos é mostrado e muito bem trabalhado por Brolin, que por debaixo de todo CGI, entrega uma atuação memorável.




Nossos heróis já conhecidos conseguem se apresentar, mesmo que de forma mais rápida e/ou não tão bem desenvolvida quanto gostaríamos (e olha que são 2 horas e 40 minutos de filme!) e tem seus dilemas, conflitos locais e união de forças que tanto aguardamos. Há momentos de desenvolvimento um pouco mais lento, no 2º ato, que contrastam grandemente com a pegada dinâmica que grande parte do filme possui.
Temos belíssimos efeitos visuais, muito bem trabalhados, tanto de cenários quanto de personagens, contudo isso não se aplica aos filhos de Thanos, que mais parecem ter saído diretamente de games. O roteiro é acertado, simples e com aqueles alívios cômicos característicos de Marvel, que talvez se mais bem dosados contribuiriam para o perfeito equilíbrio do filme. As reviravoltas, os plot twists (há um retorno de um personagem que é totalmente inesperado!), o conflito magistral com um final doloroso são a cereja do bolo deste filme que, se ouso dizer, já se sagrou como um grande clássico da cultura pop. Preparem os lenços!



Fagner Ferreira

Após dez anos, o Universo Cinematográfico da Marvel encerrou o seu primeiro arco de filmes com Vingadores: Guerra Infinita. Em torno de um dos maiores vilões já apresentados até aqui, Thanos (Josh Brolin) se encarrega de ser o eixo central de todas as ações (óbvio demais) e a peça fundamental de ligação dos nossos heróis (parece que temos um Sherlock Holmes aqui!). O roteiro criado por Stephen McFeeley e Christopher Markus mostra o surpreendente e crível vilão, mesclando as suas angústias, contextualizando o seu ímpeto de agir, se sacrificando por algo que pensa em ser maior para o próprio bem. Resultado de tudo isso foi a aproximação do público para entender melhor o personagem, ainda mais quando somos apresentados a sua relação com Gamora (Zoe Saldana). Josh Brolin também auxiliou a criar o esteriótipo do vilão em sua carga dramática na excelente atuação.

Outro grande destaque do filme é o Thor (Chris Hemsworth), diferentemente do seu pitoresco ego em Thor: Ragnarok. Sem nenhuma forçada de barra, a personalidade cômica do herói funcionou brilhantemente, em momentos certos, equilibrando-se com todo o drama proposto diante do seu convívio juntamente com seus colegas, Guardiões da Galáxia, que elevou todo o seu apogeu em se tornar o Deus do Trovão. Vale ressaltar também Drax (Dave Batista), um lado cômico que arranca gargalhadas em suas cenas mais descontraídas.

E não foi somente nessa “turma” que os irmãos Russo acertaram sua direção, afinal, na Terra, o núcleo dos heróis Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Homem-Aranha (Tom Holland), Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e Wong (Benedict Wong) criou todo alicerce lembrando os efeitos que Thanos pode provocar no mundo, demostrando tremenda química entre os atores durante as cenas, principalmente o trio Stark, Park e Strange.

Em contrapartida, o grupo menos aprofundado aqui é justamente o pessoal que está protegendo a Jóia da Mente, em Wakanda. Mesmo cercado pelo emocional de Visão (Paul Bettany), Feiticeira Escarlate (Elisabeth Olsen) e a esporádica batalha dos heróis, Capitão América (Chris Evans), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Lobo Branco (Sebastian Stan), Falcão (Anthony Mackie) e Pantera Negra (Chadwick Boseman), não são essenciais ou não interferem de uma maneira mais brusca no filme dos outros dois núcleos de guerreiros.

Por fim, Thanos consegue absorver as atenções devidas em Vingadores: Guerra Infinita, no qual as maiores estrelas deveriam ser os nossos heróis. De fato, entendemos a importância dada ao vilão, que faz remeter à ponte de ligação para a sequência da Marvel, até mesmo dada pela cena pós crédito. O final pode distorcer demais a mente e deixar boquiaberto por dias o que se passou na tela. A Marvel conseguiu entregar um legado aos fãs, mostrou a transformação durante os anos e solidificou a sua superioridade no universo cinematográfico. 
MÉDIA DA EQUIPE:
Título Original: Avengers: Infinity War

Direção: Joe Russo e Anthony Russo
Elenco: Robert Downey Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Josh Brolin, Scarlett Johansson, Chadwick Boseman, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Chris Pratt, Zoe Saldana, Paul Bettany, Elisabeth Olsen, Tom Hiddleston, Dave Bautista, Don Cheadle, Anthony Mackie, Karen Gillan, Sebastian Stan, Pom Klementieff, Benicio Del Toro, Danai Gurira, Gwyneth Paltrow, Benedict Wong, Isabella Amara, Letita Wright, Winston Duke, Peter Dinklage, Tiffany Espensen, Carrie Coon, Terry Notary, Tom Vaughan-Lawlor e Ross Marquand

Sinopse: Thanos (Josh Brolin) enfim chega à Terra, disposto a reunir as Joias do Infinito. Para enfrentá-lo, os Vingadores precisam unir forças com os Guardiões da Galáxia, ao mesmo tempo em que lidam com desavenças entre alguns de seus integrantes.

TRAILER:


Já viu o filme? Ainda não? Tá esperando o que? Vai logo ao cinema! Se você assistiu, não deixe de comentar nossa crítica e navegar todas as redes sociais do Minha Visão do Cinema.





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