Crítica: Jogos Mortais: Jigsaw (2017, dos Irmãos Spierig)



O que esperar de um filme com uma franquia já desgastada, sem inovações em sua história e querendo derramar mais sangue do que o necessário para atrair um novo público? Os fãs mais nostálgicos com certeza irão discordar deste começo, porém, foi mais do mesmo, nada de tão empolgante. Tirando a volta de Tobin Bell, ocorreu tudo da mesma maneira. Aliás, estamos saturados das insistências de resgatar os filmes sem propósito algum de imersar novas tramas. Jogos Mortais: Jigsaw foi mais um daquelas filmes para ser esquecido, que não acrescentam nada de novo na franquia, apenas traz para o público mais jovial o atormentador e serial killer, Jigsaw. Algumas coisas podemos exaltar sim, nada que possa ser de extremo destaque. Então, prepare-se para mais uma crítica do Minha Visão do Cinema sobre mais um filme de suspense descartável, de 2017.



Novas mortes atormentam a cidade e todas as pistas que, na medida do possível aparecem, levam ao assassino John Kramer/Jigsaw (Tobin Bell). Mas como será possível ter assassinatos de uma pessoa, dada como morta, dez anos depois? Os detetives Halloran (Callum Keith Rennie) e Keith Hunt (Clé Bennet), juntamente com os legistas Logan Nelson (Matt Passmore) e Eleanor (Hannah Emily Anderson), abrem investigação sobre tais fatos, enquanto isso, paralelamente, quatro pessoas, Anna (Laura Vandervoort), Mitch (Mandela Van Peebles), Carly (Brittany Allen) e Ryan (Paul Braunstein), estão iniciando os novos jogos mortais. Todos escolhidos através de suas ações sem piedades, segundo o novo ou não, assassino.




A trama, de imediato, consegue nos prender por toda premissa apresentada em ambos os arcos, mas, logo vai por correnteza abaixo. A apatia pelos personagens presos no covil do assassino é tanta, que torcemos para serem mortos e estraçalhados logo na primeira armadilha. Essas armadilhas, de fato, são um ponto onde o suspense consegue nos prender, o momento de maior tensão do filme. Na outra narrativa da trama, as suspeitas de um novo assassino só aumentam para pessoas de dentro das investigações, e uma forçada de barra para um personagem ser o alvo de todos. Além disso, o clichê de empurrar o verdeiro culpado por tudo é estressante.




O roteiro de Josh Stolberg e Pete Goldfinger (Piranha 3D), demonstra diversas falhas e buracos, salientando questionamentos do porquê tentaram trazer uma franquia totalmente ‘morta’ e não inovando em uma história, reebot para a trama. A linha temporal ainda é impactada por toda esta confusão e deixa em cheque todo o raciocínio dos filmes anteriores, com toda reviravolta que foi apresentada.




Jogos Mortais: Jigsaw não é mais um filme que promete aquele enredo da primeira trilogia, e ótima, da franquia. De longe será um daqueles que podem render ‘doletas‘ e cobrir todo o orçamento gasto na produção. Os irmãos Spierig, claramente quiserem chamar um novo público alvo e mais, trazer aquelas sensações nostálgicas das mortes e armadilhas inovadoras que foram apresentadas ao longo dos anos. Reviver a história foi uma das decisões mais errôneas que puderam ter. Claro que, para os fãs assíduos, o filme vai passar de ‘boa’, pois o que realmente importa é ver gente sendo torturada e morta, com muito sangue e ossos quebrados.


Título Original: Jigsaw

Direção: Irmãos Spierig

Elenco: Tobin Bell, Matt Passmore, Laura Vandervoort, Callum Keith Rennie, Clé Bennett, Hannah Emily Anderson, Mandela Van Peebles, Paul Braustein, Brittany Allen e Josiah Black

Sinopse: Depois de uma série de assassinatos, todas as pistas estão sendo levadas a John Kramer (Tobin Bell), o assassino mais conhecido como Jigsaw. À medida que a investigação avança, os policiais se encontram perseguindo o fantasma de um homem morto há mais de uma década.

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1 thoughts on “Crítica: Jogos Mortais: Jigsaw (2017, dos Irmãos Spierig)”

  1. Os cartazes que eu amei! O único aspecto positivo talvez seja o facto de acabar relativamente depressa. Vale lembrar que diretor James Wan e o roteirista Leigh Whannell (do óptimo Sobrenatural: A Última Chave) , ambos do filme original, estão à bordo como produtores executivos. Com “Jigsaw” tinham aqui a tentativa de fazer um soft reboot à saga, ou pelo menos tentar progredir e criar algo de novo e original, mas nota-se que faltou a coragem, e o produto final é uma cópia de tudo o que já vimos antes. As reviravoltas são esperadas e óbvias, as armadilhas são fracas e já não têm qualquer impacto e há momentos com tantas lacunas em lógica e coerência que simplesmente desisti de prestar atenção. Existem óbvios problemas de contraste entre as duas narrativas e o momentum é perdido várias vezes quando saltamos de uma para outra. O diálogo é ridículo e embaraçoso, e há imensos momentos forçados e clichés que rapidamente se tornam irritantes e frustrantes. Mas o mais absurdo talvez seja a seriedade com que o filme tenta abordar o elemento dramático que nunca chega realmente a existir.

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