Crítica: Creep (2014, de Patrick Brice) – um achado na Netflix Brasil!


Sabe aquele tipo de filme que você nem demora muito para escolher e, sem muitas expectativas, já coloca para assistir sem dar nada por ele? Hoje eu apresento a vocês, leitores do Minha Visão do Cinema, um desses filmes – costumo apelidá-los de “achados” – que acabam por surpreender (positivamente) quando você menos espera.
Dirigido por Patrick Brice, que também atua no longa, Creep é um suspense/terror no estilo found footage (algo como filmagens perdidas, no Brasil) disponível no catálogo da Netflix sob a categoria “terror”. O filme conta unicamente com dois personagens: Aaron (Patrick Brice), um cinegrafista desempregado e Josef (Mark Duplass), aparentemente um homem que está prestes a morrer de câncer e que deseja filmar algumas memórias para que seu filho – ainda não nascido – conheça um pouco sobre o pai. 
Sendo assim, Josef contrata Aaron para acompanhá-lo com a câmera ligada durante um dia, capturando alguns de seus momentos a serem mostrados para a criança. Os dois vão passear por uma floresta, conhecem uma cachoeira, saem para lanchar, tudo isso enquanto o pai deixa mensagens para o filho. Comovente, certo? Mas não é bem por aí. Josef, que de início aparentava ser um homem comum e inofensivo, começa a apresentar sutis mudanças de comportamento, que com o passar do dia chegam a ficar bem assustadoras. Quando Aaron percebe que pode estar em perigo nas mãos de um provável psicopata, será que é já tarde demais?
Além do plot interessante, as atuações – que costumam receber bastantes críticas negativas em filmes found footage – somam outro ponto positivo para o longa. Mark Duplass realmente convence a quem assistir de que Josef é, de fato, um creep (do inglês, estranho/esquisito): a medida em que o comportamento do personagem deixa claro se tratar de um homem mentalmente perturbado e instável, temos a impressão de que a qualquer momento Josef está prestes a “atacar” Aaron, podendo causar certa sensação de desconforto e até agonia durante o filme – quando você sabe que algo vai acontecer e fica naquela expectativa.
Algo que pode ser citado como um ponto negativo é a presença de alguns furos no roteiro, também comuns para o tipo de narrativa. No entanto, na minha opinião, nada que no geral atrapalhe ou descredibilize a trama. Por fim, Creep é uma excelente prova de que um filme nem sempre precisa de um alto orçamento para ser bom. No caso, dois personagens e poucos cenários foram o suficiente. Além disso, é uma ótima pedida para o mês de Halloween e me garantiu alguns jumpscares. Fica aí a dica! 😉
Direção: Patrick Brice 
Elenco: Mark Duplass, Patrick Brice 
Sinopse: O cinegrafista Aaron (Patrick Brice) aceita uma proposta de trabalho na qual ele teria que filmar Josef (Mark Duplass), um homem com um tumor terminal e que quer guardar algumas lembranças para seu filho não-nascido. Apesar do comportamento estranho do homem, Aaron continua trabalhando, pois não está em condições de recusar o dinheiro. No entanto, Josef vai se tornando cada vez mais bizarro e Aaron percebe que corre perigo nas mãos de um homem bem sinistro.


Trailer:




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