Crítica: No Cair da Noite (2003, de Jonathan Liebesman)

Ah, como filmes de terror antigos são cômicos! ‘No Cair da Noite’ é prova disso. O longa do diretor Jonathan Liebesman, que depois dirigiu ‘Invasão do Mundo – Batalha de Los Angeles’, ‘Fúria de Titãs 2’ e ‘As Tartarugas Ninja’, traz a versão sombria do conto infantil que todo mundo conhece e a inversão foi genial!

A trama é a seguinte: quando criança, Kyle Walsh (Chaney Kley) conseguiu ver, acidentalmente, a Fada dos Dentes, quase tendo sido morto por ela quando foi descoberto. Ao contar a sua história para amigos e conhecidos ele é visto como louco, com exceção de sua namorada Caitiln Greene (Emma Caufield) e o irmão dela, que acreditam no que Kyle diz. Anos mais tarde, Kyle passa a ter estranhas visões, relacionadas à experiência traumática pela qual passou e que indicam que muito em breve o ser assustador voltará para aterrorizar a vida de todos. Essa versão “dark” do conto clássico foi sensacional! Lembra-se da sua infância, quando seu dente caía e sua mãe dizia pra você guardá-lo debaixo do travesseiro que durante a noite a fada do dente viria e te deixaria uma moeda na manhã seguinte? Pois então, a tática dos produtores de tornar essa história macabra foi o marcante diferencial. Algo que muitos filmes de terror até hoje não têm.




Temos aqui um elenco pouco conhecido. Confesso que os únicos rostos que eu reconheci de cara foram o de Emily Browning, que interpreta Caitlin Greene quando criança e Sullivan Stapleton, de ‘300 – Ascensão do Império’ e ‘Ponto Cego’, como o oficial Matt Henry. O restante apesar de eu nunca ter visto antes, se saiu muito bem. O astro mirim Lee Cormie, irmão de Caitlin, Michael Greene, também deu um show de interpretação ao dar vida a criança que passa a ser assombrada pela criatura! Assim como suas cenas, a primeira aparição da tal “fada do dente” malvada na infância de Kyle Walsh também é tensa! Nossa, gente. Que bicho mais bizarro! Fiquei apavorado quando conferi pela primeira vez. Olha, não tem como não ficar…rs




Com quase 1 hora e meia de duração, o clima de tensão está sempre presente em cena. Quase não há partes paradas, de diálogos entediantes. O desfecho então até que foi justo, não deixou a desejar. Além disso, apesar da época em que saiu, achei os efeitos visuais aceitáveis. Por incrível que pareça, são melhores que vários outros filmes foram lançados após ele e que apresentaram um CGI no mínimo risível. Exemplos disso são: ‘O Pesadelo’ e ‘A Névoa’. Enfim, deixo meus parabéns ao diretor pela ideia brilhante de adaptar este conto de forma alternativa nas telas! Ressalto que ele vai surpreender os fãs do gênero. Inclusive, aconselho a quem assistiu na época: procure vê-lo novamente e notar a diferença que 10 anos podem fazer. Portanto, está altamente recomendado pra quem curte filmes assim!





Nota: 8


Título Original: Darkness Falls


Direção: Jonathan Liebesman


Elenco: Chaney Kley, Emma Caufield, Grant Piro, Emily Browning, Lee Cormie Peter Curtin, Steve Mouzakis, Sullivan Stapleton, Aaron Gazzola, Andrew Bayly, Andrew Dauchy, Angus Sampson, Antony Burrows, Bruce Hughes, Bryce Alexander, Cecelia Specht, Charlotte Rees, Christopher T. Warres, Daniel Daperis, Gary A. Hecker, Gerard Cogley, Jenny Lovell, John Stanton, Kestie Morassi, Roy Edmunds.


Trailer:

Destaque para a ótima música do final:
Mais imagens do filme:









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