Crítica: A Inquilina (2011, de Antti Jokinen)

Há cerca de 5 anos atrás, o thriller ‘A Inquilina’ estreou nos cinemas não agradando tanto ao público. Os poucos que não enxergaram somente os contras, mas também os prós do filme, têm uma visão diferente. Assim, não considero o melhor do mundo, mas sejamos sinceros, né? Não chega a ser péssimo. De filmes horríveis posso citar 4 que tive o desgosto de ver: ‘O Ataque do Dente-de-Sabre’, ‘Todo Mundo Em Pânico 5’, ‘Sharknado’, ‘Para Maiores’. Esses sim são uma vergonha alheia para os cinéfilos. Já este aqui não é dos piores, só é mais um daqueles casos de filmes que não cumprem tudo o que prometem.

A trama é centrada em Juliet Dermer (Hilary Swank), médica dedicada que após se separar de seu marido, Jack (Lee Pace, de ‘Marmaduke’, ‘Guardiões da Galáxia’ e ‘O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos’), começa uma nova vida no Brooklyn. Ela está procurando por um apartamento adequado para suas condições e para isso, qual residência acaba sendo mais favorável? Isso mesmo, a de um psicopata! Ao conhecer Max (Jeffrey Dean Morgan), sujeito simpático que mora sozinho com seu pai, (Christopher Lee, eterno Saruman, de ‘O Senhor dos Anéis’), Juliet logo se muda para o loft que ele lhe proporciona, até bom demais para ser verdade. O que vem a seguir é que nos interessa. Ela desconfia que não está sozinha, quando estranhos acontecimentos começam a ocorrer. Só um detalhe: talvez nem todos notem, mas o ex-marido de Juliet tem participação importante na história, o que ficou meio confuso. Ela se separa dele, mas logo os dois voltam e isso gera uma das cenas mais sinistras do longa.




O roteiro teve falhas sim, não vou negar. Com ideias a lá ‘Paranóia’ e ‘Atração Fatal’, os clichês estão bem visíveis. Porém, aposto que logo mais irão lançar mais um filme neste estilo, depois outro e assim sucessivamente. Porque Hollywood não para, sabe? Um filme atrás do outro é produzido e por conseguinte, a esperança do espectador é que algum deles se salve como os antigos assim fizeram. No entanto, temos aqui a identidade do lunático revelada de forma óbvia. Afinal, no trailer, Max age como desequilibrado e já é de se esperar que ele tenha uma terrível obsessão por Juliet. Desse modo, quando a melhor cena acontece, presumimos que vá acontecer mais e nos preparamos para o resto, mas aí o filme acaba. Sério, foi de dar raiva. Tanta coisa que poderia ter se sucedido e de repente, fim da fita.




Com relação as atuações, elas variam de fracas a boas. A mais notável foi a de Hilary Swank, de ‘A Condenação’, ‘Menina de Ouro’ e ‘P.S. Eu Te Amo’. Sua personagem representa uma de 3 milhões de mulheres americanas, solteiras ou descasadas, que a cada ano mudam-se para um apartamento pela primeira vez. Tais moças estão vulneráveis, pois não sabem quem viveu ali antes delas, não conhecem seus senhorios nem sequer se preocupam em relação a segurança, como trocar as fechaduras, por exemplo. Já a atuação de Jeffrey Dean Morgan foi bem água com açúcar; ele até tentou se esforçar no papel de assassino, mas não foi lá aquelas coisas; deixou a desejar. Já o falecido Christopher Lee até que atuou bem, embora tenha aparecido pouco, teve sua relevância.




Com relação ao suspense, foi o que não faltou. Ainda que com alguns defeitos, ele rende algumas cenas tensas que prendem o público na cadeira. Levei um susto enorme no maior “facão” de todos, que embora seja criativo, foi duvidoso. A duração é de 1 hora e meia que terminou de maneira vaga, infelizmente. Ressalto que Antti Jokinen poderia ter feito mais. Sinceramente, a história é boa, só foi mal aproveitada. Tirando o fraco final, o restante até que valeu. Assim sendo, acho incomparável a clássicos com a mesma trama, pois não chega nem aos pés.




Nota: 7


Direção: Antti Jokinen


Elenco: Hilary Swank, Lee Pace, Jeffrey Dean Morgan, Christopher Lee, Aunjanue Ellis, Sean Rosales, Deborah Martinez, Nana Visitor, Michael Madalucco, Penny Balfour.


Trailer:
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