Crítica: Na Toca do Tigre (2015, de Thomas Daley)

Na Toca do Tigre é um filme de 2015, seu lançamento em território nacional ocorreu direto nas locadoras, sendo distribuído pela California Filmes. Na história, conhecemos Kelly (Kaya Scodelario) uma ginasta que sofreu uma lesão acidental decorrente de um brincadeira. Certo dia, a garota vai até a casa de seu namorado  Mark (Daniel Boyd) escondida. Porém, o que era para ser uma noite agradável acaba se tornando um pesadelo, após a invasão de um grupo de homens armados a casa do jovem, no qual o faz de refém juntamente com sua família. Agora Kelly precisa usar todas as suas forças e habilidades para tentar escapar da pequena arena de violência que a residência se tornou.



Como já deu para perceber, o filme segue aquela típica trama de ‘home invasion’, em que determinado personagem tem que sobreviver a uma invasão domiciliar de pessoas que não estão para brincadeiras. Estava relativamente ansioso para assistir ele, pois, gostei do trailer e o elenco é formado por rostos bem conhecidos, como Kaya Scodelario (dos filmes Maze Runner), Dougray Scott (do filme Busca Implacável 3) e Ed Skrein (do filme Carga Explosiva – O Legado), então o mínimo que se esperava era uma produção bem feita e que servisse ao menos para entreter. Contudo, infelizmente o longa é tão ruim que só serviu mesmo para me fazer ter sono. Por outro lado, pelo menos o roteiro do filme é bem ágil e não demora muito para invasão acontecer e a luta pela sobrevivência começar.



Em um primeiro momento a história até prende o espectador, porque ficamos curiosos para saber qual o motivo da invasão. A maior parte da tensão presente no longa fica por conta da personagem de Kelly não ser notada na casa, então a mesma precisa fica escondida para não ser descoberta e as cenas em que ela fica de baixo de uma cama são bem legais. Neste quesito, o clima de suspense ajuda muito, principalmente para manter o público curioso. Até aí o filme segue bem e com um bom ritmo. Há até uma sequência interessante de perseguição em que um dos bandidos descobre que a garota está na casa – que por sinal é a única que gostei. Outro ponto positivo é que a personagem principal é bem inteligente (na maior parte da história), ela até usa suas habilidades de ginasta a seu favor, mas nada de muito impressionante.

Entretanto, os pontos positivos param por aí. Depois de algum tempo os personagens começam a tomar decisões idiotas, com por exemplo o fato da personagem Kelly ter tido várias oportunidades de fugir da residência e mesmo assim ela permaneceu nela, ainda que soubesse que era mais fraca e não possuía nenhuma arma. Pra mim isso ficou muito forçado e clichê. Além disso, alguns personagens começam a ter aquela típica crise de consciência, que eu particularmente detesto.



E após um início promissor, a qualidade do longa vai caindo, trazendo uma situação mais clichê que a outra e várias situações forçadas, sem qualquer pé na realidade e que farão o público simplesmente virar a cara de tanta bobagem. As mortes não são boas. Sinceramente eu não gostei de nenhuma, achei todas forçadas e sem impacto. Os personagens até estão razoáveis, mas as decisões estúpidas que eles tomam só nos fazem torcer por suas mortes. As atuações são bem medianas. Destaco Ed Skrein, que está bem psicótico.


O final é péssimo; em alguns momentos beira ao ridículo, achei até que poderia haver alguma redenção da produção, mas ele afunda ainda mais o longa. O roteiro teve até a idiotice de jogar uma reviravolta das mais previsíveis na cara do espectador, que particularmente já tinha sacado bem lá no início da projeção. Também esperava um embate entre a protagonista e o vilão principal, mas nada acontece. Achei que tudo terminou rápido e simples demais, por essa razão é que esperava algo mais tenso e emocionante.


Enfim, Na Toca do Tigre não apresenta nada de inovador ou original que já não tenha sido visto em outros filmes semelhantes. Ele é recheado por clichês e situações que não condizem com a realidade, tendo desperdiçado um bom elenco em uma história tão batida. Ele pode até agradar os menos exigentes que gostam de uma ou outra cena mais elaborada, mas para mim ficou bem abaixo do esperado. Se eles focassem em perseguições mais elaboradas e em um bom clima de sobrevivência, além de personagens mais inteligentes, talvez o resultado fosse diferente.







Título Original: Tiger House


Direção: Thomas Daley


Elenco: Kaya Scodelario, Ed Skrein, Dougray Scott, Brandon Auret, Langley Kirkwood, Julie Summers, Daniel Boyd, Andrew Brent.





Trailer:



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