The Signal (2014, de William Eubank )








Um filme surpreendente. Esta é a definição que dou para The Signal, ainda sem previsão para chegar ao Brasil. Nesta ficção científica com toques de suspense e drama, um jovem que está doente, sua namorada com quem pretende terminar e seu melhor amigo partem numa viajem para encontrar um hacker que manda um sinal para eles. Mas na chegada do estranho e abandonado local eles são capturados. O protagonista acorda em um tipo de hospital, sendo interrogado por um cientista com roupa anti-radiação (Lawrence Fishburne, o Morpheus da trilogia Matrix). A partir daí ficamos sem entender muita coisa até quase o final do filme. Entre perguntas sobre alienígenas, alucinações e estranhos acontecimentos, o jovem protagonista tenta encontrar seus companheiros e fugir. É aí que tudo se complica de maneira surpreendente.




Ao se revelar o que acontece, não chega a ser original. Acontece que aqui o novato e já talentoso diretor William Eubank apresenta alguns clichês e teorias da conspiração de maneira diferente. A originalidade se encontra na maneira de apresentar um enredo que você já viu. Aliens, experiências, área 51, tudo feito de maneira bem autoral. Na parte dramática, o jovem casal consegue passar carisma. Sentimos a tristeza e depois o medo do herói da trama. Há algumas cenas líricas e bonitas. O uso de algumas paisagens e fotografias é bem interessante. O diretor usa algumas tomadas em câmera lenta de maneira satisfatória, resultando em um filme diferenciado. Mesmo que modesto e muito longe de um filme de Spielberg ou da Marvel, The Signal tem efeitos especiais muito bons. É ótimo ver um filme independente (daqueles que não vão para os grandes cinemas mundiais) ser tão bom quanto ou até melhor que grandes blockbusters.




Com uma direção muita segura, um roteiro redondo e que tende a ser complexo, algumas belas cenas e algumas mensagens e cenas inquietantes, a produção traz um final incrível. Creio que muitos não gostarão, mas eu me surpreendi com as caraterísticas técnicas, a ação e os efeitos de muito bom gosto, além das reviravoltas totalmente “mindfuck”. O final é elétrico, intrigante e deixa um gosto um pouco amargo. Um espetáculo pirotécnico e alucinante. Em tempos de “mais do mesmo”, The Signal surge como uma refrescante novidade. Um filme realmente bom e que merece ser visto. Por incrível que pareça, este é um dos melhores filmes do ano, uma grande surpresa. Não falarei mais para não estragar. Assista sem medo e confira. Bravo!






Direção: William Eubank

Elenco: Beau Knapp, Brenton Thwaites, Laurence Fishburne, Lin Shaye, Olivia Cooke.

Sinopse: Três amigos estão em uma viagem pelo sudoeste americano a procura de um gênio da computação, que conseguiu invadir os computadores do MIT e expôr uma série de falhas de segurança. Eles acabam indo parar em uma área isolada, onde, de repente, tudo fica escuro. Quando Nic (Brenton Thwaites) enfim desperta, logo percebe que está em meio a um pesadelo.




                                  Trailer:




















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