John Ford e Sua Fascinante Trilogia da Cavalaria Americana.

O Tópico em crítica é referente a três trabalhos que o Mestre John Ford fez sobre a Cavalaria Americana, compondo uma brilhante trilogia sobre a instituição que o cineasta admirava, onde resolveu prestar uma singela homenagem. Falaremos sobre Sangue de Heróis (Fort Apache), Legião Invencível (She Wore a Yellow Ribbon), e Rio Grande (Rio Bravo) – três fascinantes obras que o diretor Ford nos brinda com seus característicos requintes, legando aos amantes do cinema momentos mágicos e inesquecíveis, afinal, como já foi dito, o Cinema é John Ford! A matéria foi publicada originalmente no Blog Filmes Antigos Club a 5 de janeiro de 2012.

Por Paulo Telles

Todos nós andamos à saber (e muito) que John Ford (1895-1973) foi um dos grandes mestres do Cinema, muito embora nos costumamos a associá-lo ao gênero Western, e de fato, também é a quintessência do estilo genuinamente norte-americano por excelência, e tanto quanto Cecil B. DeMille, sua história também se confunde com a origem da Sétima Arte.


Ford não se considerava um artista, mas a indústria, o público, e os colegas, sim. Por três vezes, foi eleito Melhor Diretor do Ano pelo Sindicato dos Diretores de Cinema da América. Recebeu quatro prêmios da Academia na categoria de melhor Diretor do Ano e outros dois por curtas-metragens de documentários que dirigiu. O American Film Institute lhe concedeu o seu Live Achievement Award, lhe honrando as realizações de toda uma vida dedicada ao cinema.

Ford tinha um estilo único, e tal como os cowboys que ele mesmo apresentou nas telas, ele era um homem de poucas palavras, ou podemos mesmo dizer, curto,prático e objetivo: Eu sou John Ford e eu faço westerns. Evidentemente que se vê o amor e a dedicação em que ele empenhava em conduzir grandes obras, mas era um diretor tão nobre que chegou a declarar, em 1968, numa entrevista, que seus filmes mais admirados e considerados não eram os westerns. Fosse como fosse, realizou tudo com maestria e nobreza.

O grande Orson Welles (1915-1985), outro gigante da cinematografia mundial, declarou quando questionado por um repórter qual era seu cineasta preferido: os velhos mestres, John Ford, John Ford, e John Ford. Sem dúvida, muitos diretores da geração de Ford quanto os que viriam mais tarde tiveram influências dele e de seus trabalhos.

Ford leu muito sobre a Cavalaria Americana, e partiu dele a ideia de contar o que sabia sobre a instituição, mas achou melhor contar numa forma de trilogia. A esta altura, John Wayne (1907-1979) já era seu grande astro, cujo impulso foi alavancado pelo próprio Ford na sua obra No Tempo das Diligências, em 1939. É verdade que Ford e Wayne tiveram altos e baixos ao longo de suas vidas (possivelmente, a única pessoa com quem pudesse “perder uma briga” para Ford era justamente o “Duke”), mas jamais deixaram de ser grandes amigos, apesar do grande cineasta tentar controlar a carreira de Wayne até o fim de sua vida, em 1973. Wayne estrelou a trilogia espetacular que faz parte da imensa filmografia do diretor, cuja lista de obras se inicia em 1914.


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