Crítica: All Cheerleaders Die (2014, de Chris Sivertson e Lucky McKee)






Desde meados do ano passado, este era um dos filmes de terror alternativo que mais queria ver. Junto com o bom Nurse 3D (crítica aqui), estes eram os 2 filmes de terror mais pequenos em que botava fé. E embora assim como o Nurse este filme não tenha sido grandioso, é inegável que certamente é um dos filmes mais divertidos de 2014. Nada de clássico ou especial, mas esta mistura de vários elementos de filmes de faculdade, sensualidade, terror e humor negro deu muito certo. Mas fica o aviso de que só irá curtir o filme de fato é quem aceitar a ideia que o filme vende, uma certa mistura de homenagem à alguns estilos e fantasia. É um filme juvenil, que pega um amontoado de ideias e faz uma salada mista bem engraçada. Poucas pessoas gostam de filmes que servem como homenagem a certos estilos e fazem uma grande brincadeira. Se você é uma destas pessoas, assim como eu; irá gostar.


O líder dos cães.


Esta trama louca envolve líderes de torcida, lésbicas, góticas, bruxas, zumbis (ou seriam vampiras?), jogadores de futebol americano valentões e machistas, estereótipos de faculdade e um certo feminismo. A partir da “guerra dos sexos” – relação de amor e ódio entre as cadelas (cheerleaders) e os cães (jogadores) – um acidente fatal e após isso um ritual elaborado pela “estranha” do colégio faz com que as animadoras voltem à vida mais gostosas e esfomeadas do que nunca. Fome de sangue e da vida das pessoas. Elas caçam os cães, mas o líder deles é esperto e um cara perigoso. Neste enredo todo, o filme guarda algumas surpresas. Com elementos de As Patricinhas de Beverly Hills, Carrie – A Estranha e de Garota Infernal, o filme acaba virando uma sátira a filmes de horror, sem deixar de ser sangrento. Funciona como um filme de humor negro; ágil e divertido.

Entre os defeitos mais graves, encontra-se um roteiro raso e de fracos diálogos. As atuações do jovem elenco nunca empolgam e há pequenos momentos em que a edição e montagem do filme faz alguns cortes meio brutos. Mas isso ocorre menos no que no já citado Nurse. Quem espera um filme sério pode se decepcionar, já que o humor e a fantasia reinam. Em certos momentos os poderes e efeitos especiais começam a rolar. Cada uma das meninas tem um tipo de pedra mística colorida e que brilha muito. Se por um lado isso tira a realidade do filme, por outro deve-se admitir que estas pedras coloridas é um artifício visual bacana que os diretores usaram. É uma maneria de feixes de luz de diferentes cores brilharem contra a câmera, e este elemento é bem executado. Mesmo que com baixíssimo orçamento no bolso, a dupla de diretores consegue fazer um filme bem finalizado. Os efeitos em CGI não são grande coisa, mas esta atmosfera assumidamente B da produção acaba ajudando na nostalgia. E a trilha sonora tipicamente de pop e rock adolescente ajuda a entrar no clima descontraído do filme.



All Cheerleaders Die é dirigido por Chris Sivertson e Lucky McKee, responsáveis por desconhecidos mas competentes filmes B lançados diretamente em DVD e na internet nos últimos anos. A ideia da trama surgiu nos anos 90, em um curta da dupla. Depois em 2001 foi lançado lá fora diretamente para ‘Home Video’ o filme original de mesmo título. Até onde pesquisei, o filme original nunca chegou no Brasil. Agora chega este remake, com um orçamento melhorado e lançado nos cinemas pelo menos nos Estados Unidos. Aqui no Brasil também não há previsão de estreia, talvez nem aconteça. Mas você já pode fazer download do filme nos principais sites. E apesar de bem difícil de encontrar, irei fazer o download do filme original para comparar com este.


All Cheerleaders Die é um filme que não agradará a maioria, devido à ideia louca e sua intenção de brincar com os clichês e estereótipos da faculdade. Mas além disso, é um filme que representa uma referência à outros filmes de terror. E vai mais longe por brincar com a “guerra dos sexos”. Garotas contra garotos nesta divertida fantasia gótica. Poderia ser melhor? Sim, é lógico. Mas basta não esperar um filme sério e desligar o cérebro por um pouco que você irá se divertir muito. Os “marmanjos” irão curtir as líderes de torcida e as garotas irão curtir a vingança da mulherada. E finalizando, além das várias mortes e algumas reviravoltas, fica uma grande surpresa indicando que esta é a parte 1. E que venha a parte 2!






Direção: Chris Sivertson e Lucky McKee

Elenco: Amanda Grace Cooper, Brianna Womick, Brooke Butler, Caitlin Stasey, Chris Petrovski, Cody Saintgnue, Emilie Germain, Felisha Cooper, J. T. Vancollie, Jesse Hlubik, Leigh Parker, Libertad Green, Reanin Johannink, Sam Ketcherside, Sianoa Smit-McPhee, Sidney Allison.

Sinopse: uma garota rebelde se úne a um grupo de líderes de torcida para derrubar o capitão do time de futebol, mas após uma estranha reviravolta nos eventos, as garotas são jogadas em uma batalha sobrenatural em uma noite que jamais esquecerão.





                                  Trailer:










       

  

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