CRÍTICA: West Side Story – Amor Sublime Amor (Musical – 1961)

Ok. Tecnicamente eu estou de “férias do blog” e só voltaria a postar no próximo dia 29. Mas algo muito grande aconteceu para mim no quesito “cinema” e as férias precisaram ser quebradas porque… Como não correr para compartilhar com outros fãs de cinema quando você acaba de assistir aquele que considera o melhor filme que você já viu na sua vida? 
Ok. Sei que essa é uma classificação que deve ser usada com muito cuidado (se é que pode ser usada). Melhor filme da vida. Nem posso dizer isso agora porque ainda tenho muito vida por vir (assim espero) e muitos filmes ainda para assistir. Ou seja, só no meu leito de morte que poderei sussurrar “O melhor filme que vi na vida foi…”.
Fui atraído para assistir West Side Story por ter conhecimento que foi o vencedor do prêmio de melhor filme na edição de 1962 do Oscar, além de levar mais nove estatuetas douradas além dessa. 
Eu comecei a assistir e a partir do primeiros cinco minutos eu estava rendido. “Que explosão de originalidade artística e cheio de vigor é essa?”, eu me perguntava em pensamento.

A tal abertura em questão mostra com clareza para o espectador do que a estória trata. A trama é sobre duas gangues de jovens de Nova York (os Jets – brancos – e os Sharks – porto-riquenhos) que estão em rixa constante. O fator que se soma é quando um jovem dos Jets se apaixona por uma jovem dos Sharks e eles terão que superar as barreiras de serem de “mundos tão diferentes” para concretizar tal amor. Sentiu a sensação de algo familiar? Você está certo! Não passa da clássica estória de Romeu & Julieta adaptada para o mundo das gangues de Nova York dos anos 60… E é o mais incrivelmente genial que poderia ser! Nessa abertura o que temos são os jovens das duas gangues se enfrentando e fisicamente brigando ao mesmo tempo que performam um hipnotizador balé! Honestamente não recordo de ter antes visto em um filme combinação tão perfeita de entretenimento e arte pura.
Os Miseráveis (meu último musical “queridinho”) que nada! Este é o musical definitivo que viverá para sempre. Mais de cinquenta anos desde o seu lançamento e não envelheceu nada. Eu posso voltar com o meu medo de dizer “O melhor filme da vida” (mesmo que ele definitivamente tenha conseguido uma vaga no meu seleto TOP 5), mas é com segurança que eu ao menos digo “O melhor musical da vida”. 
São 2h30m que voam e sentimos como 1h apenas. É sempre colorido. É sempre vibrante. A batida das músicas provocam a vontade de dançar junto. O suor está visível na cara dos atores. Tudo pulsa em energia. 
Pode pesar na mão no “açúcar” uma vez ou outra e eu não morri de amores pela atuação da mocinha Natalie Wood ou achei assim tão necessário o Oscar dado ao ator coadjuvante George Chakiris, mas a atuação de outra atriz vencedora da estatueta, a “quente” Rita Moreno, me fez rir e quase, quase me fez chorar. 
West Side Story é isso. É um misto tão eficaz de todos os sentimentos – você canta junto, quer dançar, ri de verdade, quer chorar – e é o que muuuuuuito raramente encontramos em um filme. Tudo junto e tudo funcionando tão bem.
Há músicas já tão inseridas em nossa cultura POP que eu até mesmo conhecia sem ter assistido ao filme. Aposto que o mesmo acontecerá com você quando assistir. Ah, é falando de “quando você assistir”, fica a minha dica para que não assista dublado (talvez nem seja possível mesmo por conta da cantoria), porque o Inglês dos atores com o sotaque porto-riquenho é gostoso demais. 
O filme chega ao fim e com os créditos finais sendo apresentando de uma forma tão original como eu nunca poderia imaginar, eu só estava em catarse. Genial! Genial! Lá fui eu gritar outra vez em pensamento.
Bom, assista e tenha a mesma experiência inesquecível que eu tive. E agora me dê licença porque eu vou assistir pela segunda vez.
NOTA: 10 de 10

BÔNUS: TODAS AS MÚSICAS DO FILME!!! (Sugiro em especial as ótimas “Something’s coming”, “America” e “Somewhere”)





*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*

Deixe uma resposta