Crítica: Sharknado (2013)





Em 2010 um remake surgiu ressuscitando o subgênero do terror sobre animais aquáticos matando pessoas. Se em ‘Piranha’, o original de 1978 trazia um filme sério e interessante, dirigido pelo mestre Joe Dante; o tal remake de 2010 foi um eficiente filme trash, que de tanta podridão acaba sendo uma bela pérola de humor negro, regado a cenas excessivas de gore e muitas ‘pornstars’. No ano passado tivemos a fraca sequência, no qual talvez só eu tenha rido e gostado um pouquinho (podem me detonar, eu mereço, rsrs). Acontece que esta ressurreição por assim dizer acabou gerando um revival dos filmes de tubarões, no qual tivemos os fracos ‘Maré Negra’ e ‘Terror na Água 3D’; e tivemos o bom e independente ‘Bait – A Isca’. Mas parece que agora chegamos ao fundo do poço. O canal de televisão americano Syfy lança este filme, que tem como enredo um tornado que traz tubarões. Não é piada não! E o mais impressionante é que o filme vem fazendo sucesso de audiência na TV paga, tanto que já está encomendada a continuação. O projeto é produzido pela The Asylum, e virou febre na American Film Market, convenção onde distribuidoras e produtores negociam a distribuição de seus próximos filmes. A continuação terá o bizarro e irônico nome de ‘Sharknado 2: O Segundo Filme’! Acreditam???



É difícil falar deste filme sem rir. Sinceramente, sou um amante do terror e do suspense, desde os mais sérios até os mais escrachados. Gosto muito dos filmes trash, que de tão ruins são ótimas pérolas. Destaco o recente ‘Planeta Terror’, e os clássicos ‘Fome Animal’ e ‘Bad Teste’. Mas este aqui não deu, definitivamente. Parece que o pessoal está aderindo a palhaçada e curtindo o filme, e eu normalmente aceitaria a proposta. Mas desta vez não aprovei. O roteiro é inexistente, praticamente chulo de tão sem graça. As atuações são vergonhosas, nem a presença das belas Tara Reid (eternizada em ‘American Pie’) e Cassie Scerbo salvam a obra. Situações terrivelmente sem noção. Os efeitos especiais são medianos, um pouco ruins mas bons para os padrões de uma produção Syfy. Mas não há o humor negro que faça desta uma produção estupidamente divertida.



Quando a palhaçada é grande, deve-se descontrair e entrar na onda. ‘Sharknado’ falha justamente por tentar ser sério. Se houvessem mais piadas e menos “compromisso” com o terror e a calamidade, certamente seria mais divertido. Tomara que o segundo acerte nisso. Até lá, esta primeira parte é um engano em forma de filme, uma falha que deu certo, estranhamente certo com a grande maioria. E o que foram aquelas cenas finais? Personagens resgatados de maneira muito inusitada! Eu já esperava pelo cara sair, mas a moça? Aí também foi demais. Respeito quem gostou, mas para mim este é um dos piores e mais fracos filmes de 2013. Esperava mais diversão, mas a única coisa que eu vi foi um tornado de CGI jogando para todos os lados tubarões em CGI. Até a roda gigante que se desprende foi mais legal, diante tantas “ideias” loucas, acho que fazer um filme só sobre uma roda gigante assassina seria mais interessante. 



Nota: 1 (escala 0 a 10, dei 1 pela cena da roda gigante).






Direção: Anthony C. Ferrante


Elenco: Aubrey
Peeples, Cassie Scerbo, Connor Weil, Ian Ziering, Jaason
Simmons, John Heard, Marcus Choi, Tara Reid.


  • Sinopse: quando um furacão bizarro assola e alaga Los Angeles, milhares de tubarões começam a aterrorizar a população. E quando os ventos de alta velocidade formar tornados no deserto, o mais mortal assassino da natureza vai matar em água, terra e ar.

Trailer:













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