CRÍTICA (Oscar 2014!): Fruitvale Station (2013)

Agosto de 2013. Ainda muito cedo para falar sobre o Oscar que só acontece em março de 2014? Já estamos é atrasados!
Eu me sinto honrado de ter tido a chance de conferir esse filme incrível que indico (com muita educação praticamente ordeno) que todos assistam. Ele que é o primeiro filme que vi esse ano que tem Oscar escrito por todo ele. É extremamente nula a chance de que ele não apareça na premiação ano que vem. Bom, também vi recentemente O Grande Gatsby que já tem os prêmios de direção de arte, fotografia e figurino garantidos, mas enfim… É até uma interessante comparação que Gatsby seja aquele espetáculo visual perfeito sem um conteúdo e o ótimo Fruitvale Station não tenha nada, nada de admirável beleza visual e uma imensidão de conteúdo de transbordar o coração.
Falar sobre Oscar, Oscar, Oscar… A premiação revolta? Muitas já se cansaram dela? Opiniões a parte ainda é o prêmio máximo do cinema e isso é fato. Então prosseguimos…

Fruitvale Station conta a estória real do homem jovem do gueto americano que já fez muita m*rda, já foi preso e naquele momento de sua vida tenta se ajeitar na vida honesta, tenta ser um bom para sua filha e no momento crucial do filme simplesmente está se divertindo com amigos em um metrô na noite de ano novo quando é abordado por policiais e é vítima (covardemente e inacreditavelmente vítima) de uma absurda ação policial com um fim trágico. Não, eu não contei o final do filme. Porque é uma estória real muito famosa, todos já sabem o que aconteceu e inclusive o filme já começa com uma breve cena do desfecho. É um infortúnio que lembra muito o ocorrido com o brasileiro Jean Charles, por exemplo.
Eu chorei ao fim desse filme e não podia ser diferente. Antes havia lido críticas que diziam “se você não se emocionar no fim, procure um médico porque há algo de errado com você” e agora eu reverencio essa afirmação tão verdadeira. 
Um filme pequeno, sem nenhuma pretensão colossal. 1h30m, mas com 1h20m você já foi apresentado a tudo. 
Eu observava tudo como um espectador deslumbrado enquanto o protagonista tinha um encontro ordinário com uma estranha no mercado, via um Pit Bull ser atropelado, tinha uma briga sem importância na cadeia, imaginando de imediato que não passava de eventos para “encher a linguiça” do roteiro, até que o fim eletrizante foi se aproximando e todos esses episódios retornaram para ligar os pontos, mostrar seu significado… Quebrando tudo, emocionalmente falando e eu estava em êxtase.
O ator Michael B. Jordan que interpreta o protagonista real Oscar Grant faz tudo ser tão real, tão vivo. Suas cenas interagindo com a filha, o seu desfecho… (indicação ao Oscar de melhor ator. Checado [X]). Octavia Spencer que interpreta sua mãe tem o filme em suas mãos na cena em que visita o filho na cadeia e foi o fator chave das minhas lágrimas no final (indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Checado [X]).
O que falar do roteiro que inventivamente insere imagens do visor do celular de Oscar Grant enquanto ele se comunica com diferentes pessoas? O que falar desse filme em geral? É o mais poderoso emocionalmente e impactante do ano e tudo isso mesmo em dimensões tão pequenas.
Aguarde, pois você ainda irá ouvir falar muito sobre ele. Feliz e merecidamente.
NOTA: 9,5

… Aguarde trailer legendado e data de lançamento no Brasil em breve.

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