3 DIAS para o dia dos namorados… FILME DESENCANTO (1945)

Há um bom tempo que eu queria assistir esse filme por X razões. As indicações que recebeu à prêmios importantes, por exemplo. Bom, escrever essa contagem regressiva para o dia dos namorados me deu a oportunidade de assistir por filme e descobri que o filme é muito bom como eu imaginava.
Curioso eu ter incluído esse filme na contagem antes mesmo de tê-lo assistido, certo? Isso dá porque nas melhores listas de filmes românticos de todos os tempos você certamente o verá. E estão absolutamente certos em o incluir.
Desencanto é muito bom por ser simples, ser um “muito pouco” que é quase nada e acredite… Essa é sua maior qualidade.
Em uma 1hora e 23 minutos roteirista e diretor consegue nos mostrar o “conto” da dona de casa casada que conhece um estranho em um Café em uma estação de trem e progressivamente se envolve com ele. É só o “flerte” com a traição, no entanto. O que mesmo assim na época de seu lançamento já foi motivo suficiente para narizes tortos. Uns alegando que o filme mostrava o adultério por um lado positivo. Enfim… Eu mesmo desejei que ela de fato traísse o marido com o interessante estranho, porque… Deus, que personagem patético é o marido. A pobre atuação do ator também pouco ajuda.
Eu me apaixonei pela atuação da atriz principal, com justiça indicada ao Oscar. Os momentos (e são muitos) em que ela apenas para olhando para o nada, seus grandes olhos de boneca estáticos, pensando com a narração acontecendo ao fundo, dizem infinitamente mais do que cenas com atrizes que fazem 50 gestos e 30 caretas.
Aquela que eu posso chamar de penúltima sequência me impressionou. O movimento com a câmera torta, o ritmo.
Bom, eu acabei fazendo mais uma crítica técnica aqui do que uma recomendação descompromissada quanto antes, mas é que não pude evitar de me entusiasmar com suas qualidades.
O filme é pequeno, é leve.
Um petit gateau para namorados.

O devastador desfecho. Um show de atuação.


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