Crítica 2 : Terror em Silent Hill 2 – Revelação 3D




Direção: Michael J. Bassett


Elenco: Adelaide Clemens, Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Malcolm McDowell.

Sinopse: A jovem Heather Mason passou a vida fugindo, ao lado do pai, de forças que ambos nunca compreenderam muito bem. Mas quando seu pai desaparece misteriosamente, a jovem se depara com uma estranha e terrível realidade que guarda respostas sobre os pesadelos que a infernizam desde a sua infância. Não demora até que Heather descubra que não é a pessoa que imaginava ser, com a ameaça de ficar aprisionada em sofrimento eterno para sempre.


Curiosidade:


* Inicialmente, o roteirista seria Roger Avary, mesmo do primeiro longa. Porém, Avary foi acusado de homicídio culposo por dirigir sob efeito de álcool e causar acidentalmente a morte de sua esposa. Avary dirigia a 160 km/h quando bateu seu carro. Ele continua preso.



Trailer:



Primeiramente, estou de volta após um feriadão longe, viajando e descansando um pouco. Mas é bom estar aqui e escrever para meu amado público. Digo que em Abril teremos novidades: aguardem! Em segundo lugar digo que sim, já há uma crítica deste filme aqui no blog; feita pelo meu colaborador Mágico de Oz. Mas como eu sou apaixonado pelo primeiro filme e sentia necessidade de escrever sobre esta segunda parte desde que a assisti lá em Novembro, aqui estamos nós.

A esta “altura do campeonato”, a maioria já deve saber que Silent Hill 2 estreou nos Estados Unidos e outras partes do mundo em Outubro de 2012, porém aqui no Brasil houve um descaso com a distribuição do filme (filmes de terror em geral tem sofrido este crime). Ele foi massacrado pela crítica especializada e rendeu pouca bilheteria. Estamos então diante um fracasso. Mas vamos comentar sobre então.

Terror em Silent Hill é um de meus filmes prediletos. Realmente horrível e com situações sufocantes, absolutamente tudo no filme funciona: grande elenco, orçamento e tempo de duração (2 horas). Sucesso mundial e sendo considerado a melhor adaptação de um game para o cinema (coisa que Resident Evil não conseguiu); já era de se esperar que a continuação não alcançasse o sucesso pretendido. O diretor Michael J. Bassett não é dos mais inspirados, embora tenha feito Solomon Kane, um filme pipoca e divertido. Ele não é muito original e costuma trabalhar com pequeno orçamento. Aí já há mais motivos para não por fé no filme.


Sim amigo leitor, digo com firmeza que esta continuação deixa a desejar e decepciona! Ela decepciona justamente quem espera uma continuação onde deve haver tudo melhor que o primeiro, mas não acontece. Por outro lado, eu suavizo sempre que dá. E digo que apesar de decepcionar, o filme não é o monstro horrendo que disseram não. Por que afirmo isto?

Falando do elenco, a protagonista Adelaide Clemens é morna. Não se entrega ao papel como a do primeiro filme, mas não é das piores que já assisti. É bonitinha e lembra a mãe dela no filme anterior. Já o mocinho do filme, Kit Harington, entrega atuação fraca. Isto que sou fã dele lá no excelente seriado Game Of Thrones. Apesar de ser legal ver ele sem barba e em um papel diferente, não é nada de marcante na sua carreira. A excelente atriz Carrie-Anne Moss (de Matrix) está em um dos poucos papéis interessantes. Seu visual é gótico e assustador, pena que tem pouco destaque. Se ela fosse melhor usada e desenvolvida, seria uma vilã incrível. Malcolm McDowell já está virando figurinha carimbada em filmes de terror, sempre em participações especiais. Se você viu os dois novos Halloween sabe do que estou falando. E a participação do casal do primeiro filme (Sean Bean e Radha Mitchell) é interessante, apenas para ligar pontos deste filme ao anterior. Se ao menos o roteiro fosse melhor explorado, todos estes atores poderiam dar mais de si para a obra.


Os efeitos sonoros estão bons, de acordo. Os especiais não são ruins não. A computação gráfica utilizada em certas criaturas é boa. Mas fica o ar de que não foi tão elaborado como o primeiro. O tempo de duração padrão de menos de 2 horas também não ajuda muito. Enquanto que o primeiro filme vai criando sua tensão aos poucos, até ter um chocante final, aqui não há tensão alguma. Demora muito para o casal principal chegar na cidade. Algumas cenas quase criam tensão, como a do elevador, e as que acontecem em Silent Hill. 


Mas tem alguns poucos acertos. Criaturas atormentadas (como o próprio Malcolm McDowell), prisioneiros do inferno, o ambiente que é um parque de diversões e tem um carrossel. Aliás, como eu sempre digo: parques e circos sempre tem uma grande atmosfera para o terror. A volta das enfermeiras e do Pyramid Head sem dúvida, é a melhor coisa do filme. São elementos clássicos tanto do jogo como do primeiro filme. Eles assustam, perturbam e são bem construídos. Já fazem parte dos medos imaginativos de muita gente. A parte em que o jovem protagonista fica preso à uma mesa e as enfermeiras vem vindo é realmente boa, quase tensa o suficiente para salvar o filme. Há ainda um novo e muito bem executado monstro. Uma criatura aracnídea que pega corpos e transforma em manequins para seu próprio corpo. Pois é, difícil de entender e explicar este horrendo monstro, que é uma boa surpresa no filme.


Terror em Silent Hill 2 é sim uma decepção se comparado com o excelente primeiro filme. Não vale o ingresso do cinema, mas vale sim o download e o aluguel em DVD. Tire suas próprias conclusões. Talvez eu não tenha detonado tanto o filme porque amo o primeiro, gostei da atmosfera do segundo e ainda há o fato de minha mãe ter visto junto e gostado do filme. Enfim, dá pra passar um tempo assistindo numa boa. Não se tornará um clássico, mas garanto que tem mais atmosfera e ritmo, sendo bem melhor que estas várias obras padrão de assombração que tem sido lançadas (vide os chatos Atividade Paranormal 4, A Entidade, A Possessão, A Aparição, e assim por diante). Há longínquos rumores sobre um terceiro filme. Se houver, que seja bem elaborado e incrível, como o primeiro, afinal é sempre muito bom voltar para Silent Hill.

NOTA: 5






  

   

  





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