Comentários do final da terceira temporada de The Walking Dead



Tudo bem que o tema central do blog é cinema. Mas é bom variar e trazer outras possibilidades, não acha? Atualmente o blog cobre a série The Walking Dead. Já fiz uma grande matéria com as 2 primeiras temporadas e a primeira metade da terceira. Clique aqui para conferir: http://minhavisaodocine4.hospedagemdesites.ws/2012/12/the-walking-dead.html.


Com a volta e o término da terceira temporada, estava na hora de comentar sobre. Terá SPOILERS, então se não assistiu NÃO leia. O final desta ousada e esperada terceira temporada foi polêmico e divisor de opiniões. Porque? Ora, a primeira temporada foi experimental, teve apenas 6 capítulos e mesclou terror, ação e drama psicológico. Como deu certo, tivemos a segunda temporada com 13 capítulos, onde a primeira metade foi parada e mais calma,
mas com dramas e  aprofundamento de personagens. Lá pela metade a coisa pega, esquentando a cada novo episódio e terminando com os 2 últimos episódios de maneira chocante e perfeita. E como já havia comentado, a primeira metade da terceira temporada é fantástica, eletrizante; entregando 8 episódios insanos e surreais. O que aconteceu foi que sua volta, esta metade final de temporada, foi calma e dramática, fazendo o caminho inverso da temporada anterior. Tanta coisa rolou na metade inicial (onde destaco os 4 primeiros e o 8° episódios), que não restou muito o que surpreender na sua volta. A qualidade visual continuou ótima. Boa maquiagem e computação gráfica. Cenas de zumbis, cortes e sangue com realismo. Destaque para uma cena onde mortos vivos são queimados, recebendo um efeito de carne podre carbonizada surreal.


Tivemos questões de família, de namorados, dramas psicológicos, um Rick desequilibrado, um Governador tramando todas, capangas e coadjuvantes mudando de lado, Andrea sem saber o que fazer, zumbis morrendo facilmente e toda uma tensão pré-guerra entre o grupo de Rick e do Governador. Guerra essa que não ocorreu! A grande maioria odiou o episódio final, onde a tal guerra “não ocorre”. Realmente eu estava esperando a guerra, mas de certa maneira fui surpreendido pela originalidade do episódio. The Walking Dead é assim mesmo, cheio de trapaças. Nada ocorre como esperamos. Todo mundo estava louco pra ver Rick matando o desgraçado do Governador, e seus capangas serem mortos. Todo mundo esperava a Andrea finalmente fazer algo e quem sabe ela mesma dar cabo do Governador. Aliás, perceberam que tudo que o público esperava envolvia ele? Sem dúvidas esta temporada foi sobre ele, e é por isso que o Governador não morreu.


A tal guerra até aconteceu, mas não da maneira que esperávamos. Foi uma guerra psicológica, onde devido ao desequilíbrio do vilão, ele mesmo deu cabo da vida de seu povo. Pode não ter tido a ação que a maioria esperava, mas mostrou o quanto esta personagem do Governador é insana e imprevisível. O ataque que deu nele levou a balear os seus próprios, numa sequência que mostrou claramente que ele é um desequilibrado. Quanto a Andrea, é difícil falar dela. Era chata e melodramática na primeira temporada. Mesmo que com alguns erros, ela se tornou uma importante guerreira na segunda temporada, onde acabamos criando carisma por ela. Nesta terceira temporada, ela oscilou entre chata e dividida. Em momentos estava sendo política, tomando o lado do Governador, no qual chegou a ter um caso. Em outros momentos, sua consciência dizia que este homem era perigoso e que ela devia tomar o lado do grupo do Rick. No final das contas, ela não teve tempo de tomar um lado. Fica a lição de nós nunca demorarmos a tomar uma atitude. 




O final da temporada não foi tudo que podia ser, mas mesmo assim gostei, por tomar rumos inesperados. Como li em certo comentário na internet, The Walking Dead não é novela, então não espere uma guerra onde os mocinhos matem todos os vilões. E isso ficou claro no episódio final, que foi diferente, mas mesmo assim forte e bom. Foi uma temporada forte e violenta. 16 capítulos sangrentos, onde perdemos 4 dos nossos protagonistas principais. No episódio 4 foram T-Dog e Lori. No penúltimo capítulo foi o Merle, que conseguiu sua redenção fazendo o certo e cumpriu um papel fundamental para enfraquecer o grupo do Governador. E no último capítulo perdemos Andrea, de uma maneira que ninguém imaginaria. Vários coadjuvantes que foram surgindo nesta terceira temporada também morreram. Cada vez que um se destacava, com a promessa de ser um novo herói, morria. O de maior destaque sem dúvida foi Milton, que era do lado do Governador, mas assim com Andrea, era bom. Mas ambos demoraram a tomar uma atitude de matar o Governador, e acabou que o Governador matou os dois de uma vez só, neste último episódio. O vilão Governador foi sem dúvidas o grande ponto forte do ano. Mas Michone e Rick também se destacaram, além do insano retorno de Merle.


Quem lê sempre vai preferir a HQ. É compreensível, já que em literatura sempre é melhor e mais completo. The Walkind Dead ainda tem um grande potencial de arrebentar na quarta temporada, desde que comece a surpreender de novo. Não sei bem o que teremos na quarta temporada, mas espero que a série não tenha muitas sequências. Séries boas são séries curtas, pensadas e executadas no momento certo. Podem começar a encerrar a série numa quinta ou sexta temporada, de maneira chocante e perfeita; cacife pra isso tem. É esperar pela nova temporada, só lá pra Outubro deste ano. Estaremos no aguardo, mesmo que com um gostinho amargo na boca. Mas talvez este gostinho seja bom e todos nós sejamos masoquistas.




Top 5 cenas marcantes da terceira temporada:

5°- Final do episódio 10, onde o Governador ataca com seus capangas e um carro lotado de zumbis, dando um tiro na cara e matando o pobre Axel. Quando tudo parece perdido, com zumbis e tiros por todo lado, Daryl e Merle (que haviam partido), retornam salvando a todos, numa cena incrível. Michone e sua espada samurai ceifam zumbis, esparramando sangue pelo campo. Grande sequência de batalha.



4°- No episódio 2, alguns criminosos na prisão davam trabalho para Rick. Pensei que os caras iriam incomodar por alguns episódios. Que nada! Rick mostra ser um líder que faz o que tem que fazer, dando fim na vida dos caras. Destaque para o mais insano deles, que sentia prazer com sangue e em matar zumbis. Sem ter qualquer chance, Rick pega um facão e crava no crânio do cara. Cena sangrenta e impressionante, top demais.


3°- Um momento épico da TV americana foi este 8° episódio, onde o Governador e a Michone  tem uma luta chocante. Michone entra “no covil do lobo” e mata a filhinha zumbi do cara. Ele fica possuído por um ódio, que a espanca violentamente. Ele tem vários vidros e aquários com cabeças de zumbis e pessoas mortas. Destaque na cena que ele mergulha a Michone em um destes aquários macabros. Mas ela dá o troco, arrancando o olho do cara! Uma das mais perfeitas lutas em uma série de TV.


2°- O final do 15° episódio, o penúltimo. Merle, aquele cara que todos amamos odiar. Crápula, violento, cruel; mas necessário. Após tantos erros cometidos, ele caminha para mais um, levando Michone para o Governador. Mas chega o momento em que ele faz o certo, em sua atitude de redenção épica. Ele solta Michone, vai até o Governador e manda vários zumbis atacar o grupo do vilão. Então ele começa a atirar, dizimando vários capangas. O Governador dá um fim no nosso querido BadBoy, com um tiro na fuça. Em seguida, Daryl, o irmão de Merle, o encontra como zumbi. Cena de rachar o coração, Daryl chorando e se recusando a “matar” seu irmão, até que cria coragem e dá vários golpes. Daryl é o predileto da maioria (me incluo nestes), e fez o que tinha que fazer. Pelo menos Merle cumpriu seu papel, deixando fraco o grupo do inimigo. 


1°- O final do episódio 4. Em um terrível ataque de zumbis esparramados pela prisão, T-Dog morre salvando Carol de maneira heroica. Mas não foi só isso, Lori (odiada por muitos), também morre. Em pleno ataque zumbi, ela entra em trabalho de parto. Mas devido a tanta coisa e estresse, ela perde muito sangue. Sua menininha nasce viva e sadia, mas ela logo começa a morrer. Carl, seu filho, assiste à tudo. Então o menino faz o que deve fazer e atira em sua mãe, para esta não ser mais um zumbi. Chocante, melancólico, triste e frio. Cru como deve ser. Rick, que fica atrapalhado matando os zumbis, é pego de surpresa quando fica sabendo que: a filha de seu melhor amigo com sua mulher acaba de nascer, mas esta morre, o único filho legítimo deles, é obrigado a matar sua mãe. Um frio e desesperançoso choro do nosso herói é como termina o episódio, sendo o mais marcante de toda a série. Não há redenções para nossos heróis. 

A divisão de águas:

O contraditório episódio final, número 16, onde não ocorre a guerra, o grupo de Rick se salva e aumenta, o Governador surta e mata quase todos de seu próprio grupo, deixando apenas seus 2 braços direito. Andrea e Milton morrem, sem conseguirem se redimir e escolher o lado certo. “Eu tentei”, diz Andrea. Tentou mas não conseguiu. O pessoal de Rick está grande e forte, esperançoso de ser uma grande família feliz. Mas isto com certeza está com seus dias contados. 

O que eu espero da quarta temporada: mais tragédias inesperadas, menos drama e romance nos episódios finais (nos iniciais pode). Um Rick mais equilibrado, um Daryl mais insano. Michone bradando sua espada samurai, Carl se tornando um jovem violento. Algumas tristes mortes de personagens queridos. E acima de tudo, que o Governador não faça nenhum tipo de aliança com Rick. É comum em várias séries vilões de uma temporada fazer uma aliança e virar do bem para combater um outro inimigo em comum. Mas isso sempre é forçado e espero que não aconteça. Será que na próxima temporada teremos o outro vilão, mil vezes pior que o Governador? Na HQ ele anda incomodando. Bem, é esperar para ver, no retorno de The Walking Dead, somente em Outubro.


Trailer da terceira temporada:

Imagens e cartazes da terceira temporada:

   

   


  

  

  


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