ESPECIAL OSCAR 2013 – Crítica: INDOMÁVEL SONHADORA (2012)

    Um filme independente, feito com a mixaria de pouco menos de $2 milhões (tendo assim arrecadado bons $13 milhões nos EUA), estrelado por atores que não são atores, dirigido por um jovem diretor inciante e tendo como suporte toda uma equipe amadora, foi capaz de abocanhar 4 indicações no Oscar 2013: Filme, Roteiro Adaptado, Atriz e Diretor. Como? Qual foi o mistério afinal?


    Indomável Sonhadora (tradução péssima. “Beasts of the Southern Wild” no original) conta a estória da pequena menina Hushpuppy, que enfrenta a saúde cada vez mais instável do seu briguento pai e o derretimento das calotas polares que ameaçam inundar toda sua pequena comunidade e libertar antigas criaturas perigosas.
    A trilha sonora da produção é encantadora e envolvente, por isso é triste que não tenha recebido nenhum grande reconhecimento. Por ser inteiro carregado por um time sem experiência, é notável que todos os outros aspectos sejam igualmente eficientes. Boa fotografia e edição. Condução segura e sentimental do tão jovem diretor Benh Zeitlin. Todos que formam o elenco de apoio, assim como o ator que faz o papel do “Pai”, trabalham convincentemente bem, mas vamos de uma vez falar sobre quem brilha realmente aqui: a pequena protagonista Quvenzhané Wallis, que agora tem 9 anos, mas que tinha apenas 6 durante as filmagens e até mentiu sua idade para ser autorizada a fazer os testes!
    Quvenzhané é a responsável por tudo isso dar certo. Se sentimos o filme como esse apanhado de doçura original, competente trabalho independente, é tudo por conta dela. Posso contar nesse segundo em meus dedos, cinco ou seis cenas incríveis dessa pequena que me fizeram amá-la e amar o filme de imediato. Mas destaco em especial uma de suas últimas sequências, lá nos últimos dez minutos do filme, onde ela tem esse “meio sorriso” no rosto e um olhar tão adulto, maduro, que me fez exclamar sozinho “Mas de que planeta veio essa inacreditável menina?!”
(Essa cena aqui!!!)

    Indomável Sonhadora nos presenteia com bom roteiro, bom ritmo, honestas emoções e é o exemplo do que pode existir de melhor no cinema barato e independente. 
    Minha conclusão final? É o melhor filme de dimensões minúsculas (quando digo orçamento, equipe, divulgação) de todo o ano de 2012.
NOTA: 9

TRAILER: 

Hushpuppy: O tempo todo, em toda parte, os corações de todas as coisas estão batendo e falando uns com os outros de maneiras que eu não posso entender…”


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