Crítica : Cirque du Soleil – Outros Mundos 3D




Direção: Andrew Adamson


Elenco: Erica Linz, Igor Zaripov, Matt Gillanders e Jason Berrent.


Sinopse: A história acompanha uma moça que se junta ao mágico mundo acrobático do Cirque du Soleil. O longa, escrito e dirigido por Andrew Adamson (Shrek 1 e 2,  As Crônicas de Nárnia 1 e 2), traz números de diversos espetáculos do grupo.


Produzido por James Cameron (diretor de Avatar).

Trailer:


Lançado oficialmente lá nos Estados Unidos no fim de 2012, chegou aos cinemas brasileiros agora no início de 2013. Eu estava ansioso para assistir este espetáculo em forma de filme. Trata-se de um romance mágico e poético, contado através das lindíssimas apresentações do grandioso Cirque du Soleil. Serve quase como que um documentário, mostrando um show visualmente arrebatador.


De início já aviso que não se trata de exatamente um filme. É o show de Soleil maquiado com uma história de amor, luta e esperança. Mas não se enquadra como filme. Mas sim de um esplêndido espetáculo. Logo já aviso que a maioria não gostará. Apenas apreciadores de arte e talvez teatro irá realmente admirar este trabalho lindo.

Aqui não precisamos nos preocupar com atuações, já que são apenas números de dança, trapézios e ilusionismo. Quase não há diálogos, exceto os 5 minutos iniciais. Depois disso são apenas apresentações, sempre balançadas com uma trilha sonora absurdamente impecável. Cada número tem sua música. Algumas são músicas de acordo com a nacionalidade da pessoa que está se apresentando; variando desde origens hispânicas até orientais. Mas há também espaço para muita música famosa e boa. Elvis, The Beatles e várias canções country embalam o filme. As belíssimas imagens e coreografias, aliadas às belas e calmas canções, aliviam o espírito e a alma de quem se aventurar à assistir.


Eu particularmente não gosto de circos. Odeio palhaços, por um motivo não muito bem claro! Mas Cirque du Soleil está mais para teatro de qualidade, aliado com truques de ilusionismo impecáveis. Tem certa cena onde há uma batalha de dois clãs de guerreiros, suspensos por cabos, em um tipo de telão no ar; e onde eles pisam ou caem, há um efeito de ondas e sombras, parecido até com cristal liquido. Não sei como fizeram isto ou como conseguiram treinar e apresentar com tamanha perfeição. É  um espetáculo incrível!

O diretor Andrew Adamson, que já tinha meus respeito com os primeiros Shrek e Nárnia, conseguiu me surpreender com um filme visualmente impecável. Ele executa tomadas incríveis e filma cada show com riqueza de detalhes.


Hoje em dia ainda há muita obra de arte, de diversas formas. Elas estão aí em forma de filmes, documentários, livros, teatro, canções, feiras e apresentações incríveis. Mas noto que cada vez mais as pessoas estão relapsas e afastadas de verdadeiras obras de arte. Falo de arte na sua forma mais pura. Até a nudez presente é artística e inspiradora. A arte em sua forma visualmente poética está aí; o que está faltando são apreciadores. Cada vez vejo que as pessoas estão precisando abrir sua mente, talvez para “outros mundos”, conforme o subtítulo do filme indica. Outros mundos podem estar mais perto do que imaginamos. Podem estar ao nosso redor, dentro de nós; até mesmo nas nossas capacidades de superação. Superação como as dos artistas de Cirque du Soleil. Aliás, talvez a única forma de enxergarmos outros mundos seja justamente por imaginar algo melhor, mais lúdico e extraordinário. Talvez a fantasia seja real, basta abrir nossos olhos, mentes e corações. Cirque du Soleil – Outros Mundos é inspirador, faz-nos desligar da nossa realidade e embarcar em um encantador mundo de sonhos e beleza artística. Mas talvez nossa chata e às vezes triste realidade não seja tão real. Basta sabermos enxergar tudo de uma maneira encantadora!

“Abra sua mente, aumente seus horizontes!”

NOTA: 10


  

  

  

  



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