TRES METROS SOBRE EL CIELO

Falarei hoje sobre um assunto que dificilmente falo: romance! Primeiramente porque não sou tão fã de filmes de amor. Segundo porque não escrevo bem sobre assunto, talvez por não gostar de comentar à respeito. Mas recentemente conheci o filme Tres Metros Sobre El Cielo, e sua sequência intitulada Tengo Ganas de Ti. Considerando os mesmo romances americanos e adolescentes, acabei simpatizando com estes filmes espanhóis, baseados nos livros do escritor italiano Federico Moccia. Os livros tem feito sucesso ao redor do mundo. E aos poucos os filmes também tem se destacado. Não gosto de filmes que traz mais do mesmo. O que então me chamou a atenção nessa franquia romântica?





 Tres Metros Sobre el Cielo

Nome no Brasil: Paixão Sem Limites

Sinopse: 

História de dois jovens que pertencem a mundos diferentes. É a crônica de um amor improvável, quase impossível, mas que arrasta inevitavelmente eles a uma jornada frenética onde descobrem um grande amor. Babi (Maria Valverde) é uma garota de classe média-alta, educada, bondosa e inocente. H (Mario Casas) é um garoto rebelde, impulsivo, inconsciente, tem um apetite para o risco e perigo encarnado em brigas intermináveis ​​e corridas de moto ilegal, fora do limite do bom senso.

Direção: Fernando González Molina

Elenco: Mario Casas, Maria Valverde, Marina Salas, Álvaro Cervantes

Trailer:






Tengo Ganas de Ti

Nome no Brasil: Sou Louco Por Você

Sinopse:

H (Mario Casas), depois de ter ido a Londres por um tempo, decidiu voltar a Barcelona. Mas as coisas não estão exatamente como eram antes. Todos aqueles ao seu redor mudaram. Ele também. Mas uma coisa permanece exatamente a mesma: ainda não esqueceu Babi (María Valverde), o grande amor de sua vida. No entanto, Babi já reconstruiu sua vida e está noiva de outro homem. H tenta esquecer de qualquer jeito e decide também começar do zero, mudar de ambiente, sair com amigos, procurar outro emprego… Nesta nova rota, ele conhece Gin (Clara Lago), uma menina dura e intensa que tem os mesmos hobbies que ele. Eles começam um relacionamento, mas… H pode esquecer seus sentimentos por Babi?

Direção: Fernando González Molina

Elenco: Mario Casas, Clara Lago Grau, Maria Valverde, Marina Salas, Álvaro Cervantes

Trailer:


Filmes de romance tem apresentado histórias parecidas e repetitivas. E na maioria são aqueles amores impossíveis que em nada tem de real. Por isso assisti o primeiro filme com baixa expectativa. Acabei me surpreendendo. Porquê? A quantos filmes românticos você assistiu que tem uma história mais “realista”? 

Vivemos na era de Crepúsculo e alguns genéricos, que são quase vazios de conteúdo. Numa época negra para romances, surge algo quase desconhecido, lá na pequena Espanha. Cinema Europeu sempre me surpreendendo!



Falando do roteiro, ele é inicialmente básico. Bad Boy e mocinha de família se apaixonam. Mas é a condução da metade do primeiro filme e todo o segundo que se destacam para uma madureza incrível. Falarei mais a respeito depois. O elenco, bem, diria que é competente. Não que os jovens atores sejam magníficos. Mas deixa no chinelo os atores de Crepúsculo, por exemplo. Mario Casas começa com uma atuação ruim, mas com o passar do primeiro filme e o drama se aprofunda, se revela um bom ator e segura bem a banca de herói um tanto possessivo. Maria Valverde é maravilhosa! Muitíssimo bela e talentosa, é uma das musas da Espanha. Vi ela e me encantei no filme 100 Escovadas Antes de Dormir. Aqui ela interpreta bem. No segundo filme temos a também bela Clara Lago, que igual ao Mario Casas, começa mal mas ganha talento com o caminhar da obra. 

Os filmes apresentam trilha sonora boa, tanto músicas da Espanha como americanas também. O diretor Fernando González Molina se revela um talentoso manipulador de câmeras, principalmente no segundo filme, onde com maior orçamento fez um trabalho belíssimo de se ver. Ele filma cenas simples como uma festa ou uma escadaria, de maneira que seja mais importante ou bela do que é. Sem dúvida o bom diretor é uma das maiores qualidades dos dois filmes. Diz- se que os livros são mais completos (sempre são, lógico), mas os filmes seguem à linha os livros. Belas fotografias e paisagens estão presentes no filme, como cenas de cidade grande, praias e céu estrelado.



Mas até aí apresentei qualidades que outros filmes também tem. De novo pergunto o que tem de novo?

É a visão do amor que muda aqui. Estamos acostumados a ver filmes onde o casal fica junto e feliz para sempre. Aliás é tudo que geralmente queremos ver. Mas eu particularmente gosto de visões mais frias do assunto. E isso os dois filmes trazem. Talvez isso faça a maioria odiar os filmes, principalmente o público feminino. Mas defenderei fielmente a visão do autor dos livros e do diretor.

Nos filmes, o herói H tem várias complicações com a família, o que faz com que ele tenha uma atitude rebelde. Ao se apaixonar por Babi, as coisas começam a mudar. Porém nem tudo são flores, não é? E diante de problemas, as atitudes dos personagens trazem sérias e trágicas consequências. No filme é abordado  o assunto “corridas clandestinas”. Mas isso é a alavanca para a tragédia maior. Aquilo que bota um grande amor em jogo. As vidas das personagens muda, refletindo em uma grande diferença no segundo filme. O segundo filme vai direto ao ponto, mostrando H de volta à Espanha. Ele conhece Gin, com que poderá recomeçar. Mas logo se reencontra com Babi. Obviamente há um triângulo amoroso. Mas não é clichê como nos demais filmes. Há um certo aprofundamento sobre sentimentos, certo ou errado e sobre saber qual o momento de parar. Cada filme tem 2 horas de duração, dando tempo para ter um certo grau de violência, gerando cenas intensas, pesadas e que acabam levando os mais sensíveis às lágrimas. 



Este segundo filme ainda apresenta cenas quentes, que irão fazer muitos se animar. As duas atrizes que H se envolve são lindas, de tirar o fôlego. Espanholas são demais (RSRS). Algumas cenas são espetaculares, como as que envolvem os casais andando de moto, com belíssimas paisagens de fundo. Ainda no primeiro filme, o fator que define o título “3 metros acima do céu” é genial e belo!

A forma madura de como é tratado o amor neste filme é invejável. Eu sempre tive a seguinte opinião: pessoas são finitas, envelhecem e morrem. Os sentimentos também! Problemas surgem, nós mudamos de opinião e até conhecemos outras pessoas. Isso não é errar, é ser humano. E os filmes exploram isso. Tudo é bom enquanto dura. Mas certas coisas são perdidas ou estragadas definitivamente, goste você ou não! É duro, é frio, mas é a realidade. Geralmente tudo que é intenso e realmente perfeito, é rápido. Porque é assim? Não parece justo não é? Bom, a resposta é simples. Quase tudo é finito, mas quase. As lembranças que nós temos e que deixamos nas outras pessoas é a única coisa que pode ecoar através das eras. Alguns literalmente, outros metaforicamente através de enquanto durar a vida da pessoa que tem ou em quem deixamos a lembrança. Coisas boas e ruins acontecem, e nós aprendemos e carregamos os resultados.



Acredito que a maioria não irá gostar dos filmes de cara, mas eu digo: dê uma chance a este ótimo entretenimento. Assista aos dois filmes, valem muito à pena. Apesar de acreditar que alguns irão chorar muito, outros se decepcionar, eu digo que receber uma boa dose de realidade, mesmo que na ficção como aqui é o caso; sempre é bom. Os finais viscerais fazem refletir bastante sobre o assunto. E de alguma forma ao acabar o segundo filme, sentimos muita pena tanto de H e Babi, como de Gin.

Dramas familiares, perdas trágicas, barreiras emocionais, sentimentos dilacerados, erros irreparáveis e amores perdidos! Mas acima de tudo, a mensagem de que a vida segue, mesmo com marcas e feridas. Você nunca esquece, mas se adapta e sobrevive. Há mais na vida do que amor, mas nada além dele. Confuso e complexo como a vida é. Quem nunca perdeu um grande amor? Mas sobrevivemos e aqui estamos se deliciando de obras que nos lembram estes doces e tristes momentos. Parece que agora sei escrever sobre romances.


NOTA:

 Tres Metros Sobre el Cielo: 8

Tengo Ganas de Ti: 9

O filme em uma frase: E só temos a sensação de estar três metros acima do céu uma vez, e essa sensação por mais que nos esforcemos ela não se repete, pois de algum jeito e de alguma forma isso acontece apenas uma vez e depois disso cada um segue de um modo , sem mesmo saber que muito antes de tudo isso , algo já havia ocorrido … 


Bônus:

Maria Valverde



Clara Lago:

Atendendo um pedido de uma fã do Minha Visão do Cinema:



Outras imagens:


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