Crítica: Risco Duplo (1999, de Bruce Beresford)


Nunca é tarde para relembrar um filme de 1999, afinal, qual seria o problema em desenterrar um ótimo filme de suspense policial? Se sua resposta é “nenhum”, continue lendo! Caso contrário, continue lendo também, pois vou lhe convencer de que esse filme merece ser visto! Risco Duplo, com direção de Bruce Beresford (Bonnie & Clyde, O Contrato, Mr. Church) e produção de Leonard Goldberg (As Panteras: Detonando, Blue Bloods) e Richard Luke Rothschild (O Show de Truman), pode relembrar o que é um bom e eletrizante filme policial; aquele que quase lhe faz roer as unhas de tanto nervoso! 


Libby Parsons, incrivelmente bem interpretada por Ashley Judd (Frida, Tempo de Matar, Assassinos Por Natureza), sai para velejar com o marido (Bruce Greenwood) e, depois de alguns drinks, adormece. Ao acordar, nota a ausência do marido e seu roupão branco manchado de sangue. Desesperada, corre por todo o seu barco à procura dele, mas nada encontra além de sangue por todos os lados e uma faca, a arma do suposto crime. É surpreendida pela polícia com a faca na mão e consequentemente, é acusada de ter assassinado o marido, cujo o corpo nunca fora encontrado. 

De luto pela morte do marido, inconformada por acharem que ela tenha o matado e desolada por se obrigar a dar a guarda de seu filho para sua melhor amiga (Annabeth Gish) para que a criança não fique sob tutela do Estado, Libby ainda passa por um julgamento massacrante que lhe condena, afinal, não existem provas favoráveis de que não tenha cometido tal absurdo. Sem saber e sem ter muito o que fazer, se obriga a aceitar toda aquela situação, até que descobre, por intermédio de um singelo telefonema, que seu marido além de não estar morto, está muitíssimo bem acompanhado.


É claro que ninguém acredita nela, até porque, o corpo do dito cujo nunca fora encontrado, mas conversando sobre a tal descoberta com uma detenta, ex-advogada, que parece ter sido a única a acreditar nessa história, ela orienta Libby para que cumpra toda a sua pena e, que quando ficar livre, que vá atrás do marido e, de fato, o mate. A mulher também explica que em certos casos é impossível ser condenada pelo mesmo crime duas vezes, afinal, é impossível matar a mesma pessoa mais que uma vez; e isso é denominado como “risco duplo”. Se no passado Libby não teve nada a seu favor, agora ela tem, mas será que saberá aproveitar a oportunidade? 


Quase 20 anos se passaram do lançamento desse suspense, por isso não espere se deleitar com efeitos especiais ou uma trilha sonora que ficará grudada na sua cabeça por dias, no entanto, temos, ainda assim, uma fotografia harmonizada com uma paleta de cores muito coerente e de bom grado, bem como excelentes atuações de todos que passaram pelo filme. Risco Duplo, em particular, nos ganha pelo roteiro e pelas incríveis atuações que deram vida à história, pois temos aqui algo que não está no barco do “mais do mesmo”. Você me pergunta se é previsível, e eu te respondo: sim, até não ser mais.  


Título Original: Double Jeopardy

Direção: Bruce Beresford

Elenco: Ashley Judd, Tommy Lee Jones, Bruce Greenwood, Annabeth Gish, Benjamin Weir, Jay Brazeau, Spencer Treat Clark e mais.

Sinopse: Libby Parsons é condenada pelo assassinato do marido, cujo corpo nunca fora encontrado. Já dentro da prisão, descobre acidentalmente que seu marido, Nick, está vivo. A partir de então, começa a treinar para poder se vingar quando sair em condicional, já que as leis americanas proíbem uma pessoa de ser condenada pelo mesmo crime por duas vezes.

Trailer:


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