Crítica: Pedro Coelho (2018, de Will Gluck)


Pedro Coelho
é um filme que tem como proposta a vida de um coelho em meio a diversos obstáculos e situações, dando uma verdadeira aventura voltada ao público infantil e adolescente, mas será que o acerto ocorre? 

Pedro é um coelho que tem três irmãs e um primo, cujo o objetivo de vida é roubar alimentos da horta do Seu Sebastião, um idoso que mora em frente a toca dos mesmos. 


O filme já começa com uma sequência interessante, além da premissa do filme ser mostrada logo de cara, ou seja, não se perde tempo com desenvolvimentos fúteis para a trama e construções que já são inseridas de formas práticas no enredo. O roteiro realmente acerta aqui. 

Mas, há uma óbvia quebra de ritmo e tom na trama. Em diversos momentos nos deparamos com a ação sendo trocada para momentos de “reflexão” e argumentação dos personagens principais, principalmente da parte de Pedro. A edição, apesar de ser competente em momentos de ação, erra em cortar esses momentos rápidos de forma abrupta e seca para os momentos mais calmos sem a menor transição. 


A aventura é estabelecida logo de início, há o momento certo para ela entrar e sair, mas em uma troca e trama totalmente necessária para a mensagem central do filme, e realmente só para isso, o filme foge para o romance e drama de maneiras secas e pesadas, cada novo tom do filme é sentido, e não tem a menor composição em trama e ritmo para o filme realmente funcionar nesse sentido. 
Logo, não é um filme de uma grande aventura (o que funcionaria mais para o seu público alvo e o resto do público comum), mas também não é um filme de outra coisa, pois tem um público que não entenderia o que estaria se passando. Entrando diversas vezes em um limbo de gênero, e quando se decide, pode se atrapalhar ao escolher o errado. 


Apesar disso é um filme que sabe divertir em seus momentos de aventura e algumas piadas prontas, infelizmente tenta se levar a sério em diversos momentos tentando trazer uma mensagem que poderia ser bem mais eficiente com qualquer outra trama, e até mesmo com essa, mas infelizmente mal utilizada. 

Pedro Coelho é um filme que no geral é bem simples, mas que erra ao tentar ser inteligente de uma maneira solta, para um público que não deve ter isso, pelo menos não dessa maneira. É legal, mas poderia ser bem melhor.


Título Original: Peter Rabbit.

Direção: Will Gluck.

Elenco: James Corden, Rose Byrne, Domhnall Gleeson, Elizabeth Debicki, Margot Robbie, Daisy Ridley, Sia, David Wenham.


Sinopse: Pedro Coelho é um animal rebelde que apronta todas no quintal e até dentro da casa do Mr. McGregor (Domhnall Gleeson), com quem trava uma dura batalha pelo carinho da amante de animais Bea (Rose Byrne).

Trailer:




1 thoughts on “Crítica: Pedro Coelho (2018, de Will Gluck)”

  1. Acho que a história não foi tão esperada, mas achei boa e divertida. A animação que eu amava, a Sony fez um trabalho igualmente bom com Emoji o Filme. Adorei o filme, é muito divertido e adequado para toda a família. Na verdade não sou muito fã de ver desenho infantil animado, mas eu adorei este. A história é muito divertida e original, pelo mesmo, tanto crianças como adultos podem desfrutar dele. Sem dúvida, Emoji O Filme é um dos melhores filmes que estrearam o ano passado.

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