Crítica: A Maldição da Casa Winchester (2018, dos Irmãos Spierig)

Em menos de quatro meses, temos o novo do trabalho dos irmãos Spierig (o último foi o horroroso Jogos Mortais: Jigsaw) em introduzir novamente a sua filosofia de terror. A história por si só já chama bastante atenção por pegar um tema real, mas montar algo e apresentar ao público pode ser uma missão bem complicada. Com todos os aspectos para termos uma boa trama, a dupla escolheu um dos casos mais misteriosos e assombrados dos Estados Unidos e apresentou seu modo de narrativa. A Maldição da Casa Winchester até teria tudo para ganhar holofotes, porém a perda de suas conexões desmoronam quaisquer chances de ser lembrado futuramente como uma boa trama.



O doutor Eric Price (Jason Clarke) é requisitado para avaliar o estado mental de Sarah Winchester (Helen Mirren) através de um membro da companhia Winchester, que fabrica rifles (e patins, como foi visto). Antes mesmo de chegarmos a conhecer tal história, o roteiro já nos apresenta os famosos jumpscares, um pecado que cometera antes mesmo de toda a trama. Quando somos imersos a fundo por dentro da casa, a preocupação com que o roteiro e a própria direção de salientar uma certa aproximação com o público é descabida de uma atenção fervorosa e uma ignorância tremenda. O filme caí nos marasmos clichês de outras produções, classificando-o com apenas mais uma história desgraçada para o terror. A trama não se dá ao trabalho de prender o público por toda ação gerada pelas complicações sobre o assunto abordado. Assim somos jogados para dentro da mansão, através da curiosidade do médico. É ele quem tem o trabalho de nos guiar pelos cômodos da intrigante casa em questão. 









Na medida que o médico vai se habituando dentro da mansão, o mesmo começa a se questionar sobra sua sanidade, visto os vícios que ele tem com o álcool e as drogas. Outra parte em que somos submetidos aos “sustos”. A conexão que existe dele com os espíritos que rondam a casa é bem superficial e mal trabalhada. Parece muito que a intensão aqui é apenas buscar o medo dentre os variados sustos bobos que são apresentados. Nessas idas e vindas, notamos até referências com outros filmes que não remetem nada ao gênero, como Star Wars e Pulp Fiction.





Helena Mirren, pobre Helena, tantos papéis memoráveis, incluído um Oscar de melhor atriz em A Rainha, não conseguiu dar um sustento ao filme. Não que sua atuação esteja de péssima qualidade, mas a montagem de seu personagem é no mínimo questionável. Isso é devidamente questionado pelo roteiro sugerido. Na verdade, quase nenhum personagem ganhar um bom desenvolvimento mesmo com a boa atuação de Sarah Snook, que interpreta Marion Winchester, sobrinha de Sarah, e nem o seu filho Henry (Finn Scicluna-O´Prey). A importância aqui é criar e gerar medo, coisa que é falho miseravelmente.


Ou seja, uma história rica com muitos detalhes para serem destacados foram deixados de lado. Aqui, poderíamos ter algum destaque sobre a companhia, os motivos que levaram ao contestamento da sanidade de Sarah inicialmente, formas de contar com mais detalhes toda arquitetura da casa, que são poucos explorados. O fato de contar algo espiritual é um bom enrendo, explorar as virtudes da crença é válido e é dão um bom conteúdo ao terror.

Mais:

A Maldição da Casa Winchester é um terror de filme, com suas desconexões e sem preocupações maiores em dar algo de relevante para a trama. Um bom desperdício de qualidade a uma história que poderia utilizar outras vertentes para narrar tal fato.



Título Original: Winchester

Direção: Irmãos Spierig

Elenco: Helen Mirren, Jason Clarke, Sarah Snook, 
Finn Scicluna-O´Prey e Eamon Farren

Sinopse: 
Herdeira de uma empresa de armas de fogo, Sarah Winchester (Helen Mirren) está convicta de que é assombrada pelas almas mortas através do rifle da família Winchester. Após as repentinas mortes do marido e do filho, ela decide construir uma mansão para afastar os espíritos e ao avaliá-la o psiquiatra Eric Price (Jason Clarke) percebe que talvez sua obsessão não seja tão insana quanto parece.

TRAILER





Curtiu nossa crítica? Comente e não deixe de navegar em nossas redes sociais!

















Deixe uma resposta