Cinema & Vida Real com: Leonardo Costa, fundador do MVDC

É com muita honra que trago para a segunda edição deste quadro o Leonardo Costa, que é nada mais, nada menos, que o fundador desse império maravilhoso chamado Minha Visão do Cinema

Com certeza você deve estar muito curioso para saber qual a relação de Leonardo com o cinema, até porque, não são todos os que gostam tanto a ponto de criarem blogs por aí. Somos poucos, os blogs sérios sobre cinema.

Para começar, conheça-o um pouco melhor:

“Olá, é uma honra participar desta matéria. Me chamo Leonardo Costa, tenho 26 anos e sou gaúcho, moro em Pelotas, Rio Grande do Sul. Sou formado em Sistemas de Telecomunicações e trabalho com ênfase em suporte técnico de informática para algumas empresas. Mexer com tecnologia sempre foi algo que gostei e que procuro me aprofundar, ainda mais relacionando com o cinema e como ela pode ser uma aliada para a sétima arte. Eu me considero cinéfilo desde os 4 anos. Era 1996 e apesar de olhar desenhos na TV, não tinha muita noção do que era exatamente, até que minha mãe, grande fã de ficção científica, me levou ao cinema pela primeira vez para assistir ao primeiro ‘Independence Day’, com Will Smith. Era um belo cinema estilo teatro clássico aqui da região, que hoje está extinto. Lembro que de início, fiquei com medo das espaçonaves, explosões e som alto, mas logo compreendi o que era um filme, uma história contada. Sempre amei ouvir histórias, então foi amor à primeira vista. Saí da sessão apaixonado e a partir daí, comecei a ver muitos filmes na pequena TV que eu tinha no meu quarto. Assistia Sessão da Tarde e Cinema em Casa, programas semanais que bombavam nos anos 90 e como eram horários diferentes na época, assistia as duas sessões. Logo veio o VHS, no qual quase “derreti” as fitas cassetes de ‘O Rei Leão’, a trilogia de ‘Star Wars’, ‘Jurassic Park’ e outros filmes da época. Cresci com influência das animações da Disney e das fantasias de Steven Spielberg e George Lucas. Mas também lembro de ver ‘Rambo’, ‘A Hora do Pesadelo’, ‘Pânico’ e tantos outros filmes mais “adultos”. Daí surgiu uma paixão também por filmes de terror, um bônus dentro do meu amor pelo cinema. Naquela época não havia ainda tanta censura e classificação indicativa, então alguns filmes mais pesados passavam em horários em que crianças assistiam TV.” 

Diz a lenda que quem não ler a matéria até o fim, terá pesadelos…
“Depois veio o DVD nos anos 2000. Agora adolescente, lia tudo que podia sobre cinema, guardava matérias de jornais com críticas e entrevistas e o que mais queria era assistir tanto a lançamentos como a clássicos. Chegava a alugar 30 filmes em um mês, em teoria um filme para cada dia, mas via eles todos em 1 ou 2 semanas. Veio a internet e a era digital e lá por 2008 até mais ou menos 2012, era tendência cada um ter seu próprio blog, site, etc. Foi aí que eu decidi criar o Minha Visão do Cinema, uma necessidade de não apenas ler, mas escrever sobre minha paixão. Além de ser algo construtivo que eu compartilhava com o leitor, era uma terapia para mim, uma válvula de escape dos problemas do dia a dia. A coisa ficou grande, me abriu um desejo de fazer do blog um espaço para cinéfilos se refugiarem e, bem … estamos aqui hoje. A grande maioria dos blogs daquela época não existem mais, mas tenho orgulho do Minha Visão do Cinema permanecer até hoje. Embora mais afastado dos textos de cinema hoje em dia, devido as correrias da vida e compromissos, minha paixão por assistir a filmes e séries (que recentemente alcançaram o cinema em qualidade) continua forte, é como um fogo que arde, queima lentamente no peito, mas está sempre vivo, sabe?” 

Linda a relação de Leo com o cinema, não?! Ficaram curiosos para saber as indicações de uma pessoa que tem a 7ª arte correndo em suas veias? Continua aí, então, porque as indicações estão ma-ra-vi-lho-sas!!! 

“É difícil fazer listas, vejo tanta coisa, estimo ter visto uns 8 mil filmes já, talvez metade não esteja catalogada, apenas em algum lugar da memória e passado. Sempre fui entusiasta do cinema de fantasia na contramão da maioria cinéfila mais crítica. Dos filmes populares, creio que ‘Star Wars’, ‘Senhor dos Anéis’ e o cinema do Spielberg sejam fundamentais. ‘O Rei Leão’ tem uma importância muito forte para a geração 90’s. Ele ensinou o conceito de morte, responsabilidade e é emocionante até hoje, a cada segundo de filme. Mas posso citar alguns filmes menos óbvios.”

Depois de muito suspense, vamos as tão esperadas indicações “não obvias” do nosso convidado: 

Cinema Paradiso


“Me vejo muito no menino protagonista, pois é um cinéfilo que enxerga o mundo através dos filmes, ao mesmo tempo em que lida com as desilusões e mudanças da vida. É uma obra poderosa e uma carta de amor a sétima arte.”
Lua de Fel
“Um filme que começa doce e termina amargo. Não mostra um final feliz, mas a desconstrução de uma felicidade. É uma obra indigesta, mas gosto de longas que maltratam e este daqui vi numa época muito difícil. As coisas melhoraram, mas o fascínio pela tragédia desta obra me marcou para sempre.”

Drácula de Bram Stoker
“A maneira romântica e novelesca que Coppola trata este ser maligno, o visual exuberante, os elementos góticos. Um filme belíssimo, enche os olhos e ao mesmo tempo fala sobre um amor eterno.” 

Suspiria
“Meu terror favorito.  Esta obra de arte italiana é comparada a ter um pesadelo. Tudo é psicodélico, colorido, lúdico, torto, simétrico, aterrador. A trilha sonora é nervosa e o filme tem uma atmosfera obscura perfeita. Assustadoramente belo e inesquecível.”

Wall-e
“Um enferrujado robozinho cinéfilo, em busca de amor e mudando o rumo da sedentária humanidade. Tem como não amar?”

Questão de Tempo
“É leve, romântico e realista. Mesmo se fôssemos capazes de viajar no tempo, a vida passa, o próprio tempo se vai, e o que fica é o bem que fazemos hoje, saber viver todo dia. Um filme cheio de bons sentimentos.”

Psicose
“Um famoso para encerrar. Uma obra certeira em cada cena. Hitchcock sabia o que estava fazendo, pois, cada cena do filme é cirúrgica, dura o tempo certo, tem o ângulo certo, criando a tensão certa. É algo impecável.”

Moulin Rouge
“Amor em Vermelho’: amo musicais, talvez um dos poucos cinéfilos que realmente admitiria isso. ‘Moulin Rouge’ preenche a cartilha com romance, imaginação, músicas incríveis, visual exuberante, ótimo casal principal, um pouco de encanto ingênuo e um pouco de tragédia.”


Curtiu??? Deixe aí nos comentários sua opinião sobre este quadro, e, caso tenha interesse em ser um dos próximos convidados a participar, entre em contato pelo e-mail minhavisaodocinema@gmail.com
Até a próxima!!! 😉

Deixe uma resposta