Crítica: Criminosos de Novembro (2017, Sacha Gervasi)

O filme tem tudo para dar certo, o diretor Sacha Gervasi, dirigiu em 2010 o filme Hitchcock com Anthony Hopkins e foi um dos roteiristas de O Terminal, de Spielberg. E ainda conta com os atores Ansel Elgort e Chloe Grace Moretz, na adaptação do livro homônimo de San Mulson, porém a produção errou e errou feio.




O filme é simples, Addison (Ansel Elgor) perdeu a mãe repentinamente há pouco tempo e tenta levar uma vida normal após o incidente. Sua melhor amiga, Phoebe (Chloe), aparentemente é a única que ele tem, mas em determinado momento eles resolvem ter uma amizade colorida, tudo bem, o problema é, no meio desse drama adolescente um amigo de Addison é assassinado, e o mesmo se sente na obrigação de descobrir quem fez isso, e, diga-se de passagem, nem parecia que os personagens tinham uma ligação tão grande. 

O grande erro do roteiro é a patinação no mesmo assunto. Parece um ciclo vicioso para o espectador que hora está preso no drama adolescente e hora preso na tentativa frustrada de descobrir sobre o caso, que, inclusive, foi muito mal elaborado. Mas o roteiro perde principalmente no mau uso dos atores, que com tamanho potencial, ficam opacos na tela. Assim como os demais atores, que parecem perdidos. Pontas soltas, assuntos mal explicados e sem necessidade de serem inseridos, já que não modificam em nada a narrativa, apenas “enchem linguiça”. 

O roteiro é raso e não cria vínculo, as atuações são sem emoção em comparação a tantas tragédias apresentadas e não emociona, não instiga a nossa curiosidade sobre o assassinato e o sentimento que fica é: podia ter assistido outra coisa. O único acerto de tudo isso é a trilha sonora. Podia ter sido muito bom, mas não foi. Uma pena.

Título Original: November Criminals


Direção: Sacha Gervasi
Elenco: Ansel Ergot, Chloe Grate Moretz, Catherine Keener, David Strathairn
Sinopse: Addison Schacht (Ansel Elgort) é um estudante de 18 anos em Washington que vende drogas para seus colegas de turma, conta piadas ofensivas e insulta professores, colegas. Quando um outro garoto do colégio é morto, Addison deixa tudo isso de lado e começa a investigar o assassinato.
Trailer:



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2 thoughts on “Crítica: Criminosos de Novembro (2017, Sacha Gervasi)”

  1. Revisei a trajetória de Sacha Hervasi e me impressiona que os seus trabalhos tenham tanto êxito, um dos meus preferidos é Meu Jantar com Hervé. Eu recomendo Meu Jantar Com Hervé, é um filme bom de drama, acho que o ator principal fez um trabalho excepcional e demonstrou suas capacidades, adoro assistir filmes de drama é um filme que vale muito a pena ver. Adorei a participação de Jamie Dornan. Espero poder seguir de pertos seus próximos projetos para a evolução do seu trabalho. Realmente recomendo!

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