Especial: Os 20 Filmes que Valem a Pena de 2017 – Parte 2

Antes que comecem as premiações, decidi trazer os melhores filmes de 2017. Sempre lembrando que é segundo a minha análise, claro. Não esqueçam de acessar a PARTE 1 para ver se o seu filme preferido do ano está lá. E depois, comentar os filmes que ficaram faltando aqui, será que eles aparecerão entre os 5 melhores?




10ª Posição: O Rastro (BRA) – Dir: J.C. Feyer

Por que é bom? Os filmes de gênero no Brasil tem uma dificuldade específica em se dar bem. Todo ano são lançados dois ou três filmes de terror que geralmente esbarram em falhas técnicas e sofrem com o ínfimo espaço de divulgação que eles conseguem nas salas brasileiras. Só que, para mim, O Rastro traz uma inovação, tanto na fotografia quanto na trilha sonora, tem atuações excelentes e um ótimo roteiro que traz uma metáfora sobre o Rio de Janeiro e todo o seu clima em sua execução. É realmente um filme de terror brasileiro fora da curva e que merecia mais atenção por parte do público.
O que não é tão bom? O Rastro ainda esbarra em alguns probleminhas que são comuns enxergamos em nossas novelas, como personagens aparecendo e desaparecendo da trama quando é necessário. Alguns ambientes assustadores não funcionam muito, deixando o terror do filme, muitas vezes, em segundo plano para a crítica social.

9ª Posição: Buster’s Mal Heart (EUA) – Dir: Sarah Adina Smith

Por que é bom? É o primeiro grande trabalho da diretora Sarah Adina Smith, que entrega um filme extremamente inovador. Depositar toda a carga dramática do filme no magnífico Rami Malek (de Mr. Robot), foi uma grande escolha. Seus olhares vazios, psicóticos e ao mesmo tempo com um peso que apenas grandes atores conseguem passar, transforma toda a obra numa grande reflexão.
O que não é tão bom? Por ser uma narrativa inovadora, corre o risco do público desistir de acompanhar o filme em inúmeras caminhos non-sense que ele toma, não tem muita coisa que é explicada do começo ao fim da história e pra quem é amante de cinema clássico talvez se incomode pela falta habitual de um roteiro que recompensa o espectador ao fim da fita.

8ª Posição: Borg/McEnroe (SUE) – Dir: Janus Metz


Por que é bom? Temos aqui, mais um estreante na direção. O dinamarquês Janus Metz, com a ajuda do também estreante Svenir Gudnarson e de Shia LaBeouf como protagonistas do filme, nos colocam dentro do jogo de tênis com um esmero enorme. Percebe-se pela forma de filmar, que o diretor é fã do jogo e consegue recriar com maestria a intensidade de um dos jogos mais importantes da história do esporte. O segundo filme do ano sobre tênis que consta nessa lista, também é muito bom em explorar a psiqué de Borg durante a tensão dos dias que precedem a partida derradeira.

O que não é tão bom? Por caprichar nas cenas dentro de quadra, o filme parece extremamente nichado aos fãs do esporte, ao contrário de A Guerra dos Sexos, que independente do amor e conhecimento do esporte, tem outros enredos. Aqui, a história é toda em volta do jogo, por mais que desafogue um pouco em alguns flashbacks e histórias pessoais dos atletas, tudo sempre está atrelado a partida de 1980.

7ª Posição: Homem-Aranha: De Volta Ao Lar (EUA) – Dir: Jon Watts



Porque é bom? É bom porque traz um homem-aranha juvenil pela primeira vez ao cinema. É o primeiro filme do herói que realmente mostra suas dificuldades em conciliar a escola com os seus deveres de super-herói, nunca entrando no estereótipo nerd que é fácil de encaixar o Cabeça-De-Teia. Além disso, é claro, de trazer um ótimo vilão interpretado por Michael Keaton, coisa rara nos filmes de herói hoje em dia.

O que não é tão bom? Homem-Aranha: De Volta ao Lar, sofreu por ter saído em uma época do ano que saíram grandes filmes em sequência, e foi ofuscado principalmente pelo sucesso de Mulher-Maravilha, que não é uma obra melhor do que essa, em minha opinião, mas tem uma inegável representação que Homecoming não busca, e que por isso, acaba se tornando um filme menos aclamado.
6ª Posição: La Vigança (BRA/ARG) – Dir: Fernando Fraiha 


Por que é bom? Porque é a maior surpresa do ano, sem sombra de dúvidas. Uma obra que tem uma premissa tão banal e uma motivação babaca para justificar o road movie, consegue subverter todas as suas premissas em mais de uma camada, e ainda mantém um humor preciosíssimo com piadas que combinam demais com seus protagonistas. Felipe Rocha e Daniel Furlan, tem uma química inegável, e é uma pena que este filme não tenha se sobressaído sobre outros lançamentos nacionais do ano. Para o filme mais divertido do ano, fica aí minha sexta posição.

O que não é tão bom? O elogiado humor do filme, pode não agradar alguns expectadores que esperam uma comédia mais fácil e escrachada, além de ter muitas piadas específicas sobre nossa relação com os hermanos, principalmente no futebol. Mas o grande problema é uma pitada de comédia-romântica que serve para nortear o filme, e que acaba por destoar da sua genialidade de execução no quesito comédia.
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O que acharam dessa parte mais alternativa da lista? E o que vocês acham que virá nas cinco primeiras posições? Deixa seu palpite aí embaixo 😉

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