Crítica: Tempestade – Planeta em Fúria (2017, Dean Devlin)


Em um futuro próximo, o planeta quase é dizimado com a
ocorrência de diversos desastres naturais. Com o intuito de salvar a terra e
com o auxilio da tecnologia avançada, os seres humanos decidem reagir. Diante
dessa situação e com o apoio de 17 países (entre eles o Brasil), o engenheiro
de satélites Jake (Gerard Butler) é o principal responsável pela criação e
manutenção de uma rede de satélites que fica em torno da terra e controla o
clima  mundo afora e é chamado de “Danny
Boy”. Mas, Jake é afastado de seu cargo por questões políticas e seu irmão Max
(Jim Sturgess) assume sua função. Algum tempo depois, perto do processo de
transferir “Danny Boy” dos Estados Unidos para a ONU, acontecem diversos
fenômenos naturais atípicos, o que coloca em questionamento a sua funcionalidade. Entre outras conspirações e em meio a isso, Jake é solicitado para averiguar o
que está acontecendo.

Um nome que quase literalmente gosta de acabar com o mundo:
Dean Devlin. Pois além de dirigir Tempestade,
Devlin já foi roteirista de outros filmes similares, como: Independence Day: O Ressurgimento (2016) e Godzilla (1998), este último não envolve catástrofe natural, mas
tem um monstro destruindo bastante coisa, o que acaba se aproximando. Para
aqueles que já assistiram Independence
Day
, seja o clássico ou esse último, no qual Dean foi roteirista, pode
notar a semelhança entre os filmes, tanto nas cenas que envolvem destruição por
fogo ou água, prédios caindo, chão se abrindo, mas o principal: o forte apelo
sentimental e o foco do filme na questão social do homem. 
    

O longa-metragem começa com diversas cenas de desastres
ambientais que já aconteceram, misturados com alguns fictícios, dando a ideia
de: até que ponto chegamos? E então, “Danny Boy” vem para estabilizar tudo isso, o que acaba sendo  uma ideia bem interessante, se tivesse sido mais aprofundada. Com roteiro de Dean
Devlin e Paul Guiyot o filme acabou deixando o gênero ficção cientifica de lado,
migrando para a ação com um toque de drama, uma vez que, as questões pessoais
de Jake são colocadas em primeiro plano como: a relação com a filha Hannah
(Talitha Bateman) e suas desavenças com o irmão Jim. Mas, não é só isso, o
intuito da trama é apontar que todo o problema do mundo estaria na ganância do homem.

Por ter todo um perfil mais humanizado Tempestade: Planeta em Fúria não trabalha muito com planos abertos,
mas sim, detalhes de pessoas em espaços específicos como: o menino e seu
cachorrinho, o rapaz e o gato no supermercado, o casal no que seria a praia de
Copacabana no Rio de Janeiro, aliás uma cena interessante a se destacar, para
aqueles que vão assistir perceberão a pequena e talvez tosca cena das terras
tupiniquins. Pode-se dizer que as cenas espaciais dão um show a parte, muito
bonitas e bem trabalhadas, lembrando um pouco Gravidade, no quesito estético. 
   

Todo ano temos um fim do mundo, parece até regra: vamos
lançar um filme do mundo acabando, vai que ele acabe mesmo. Mas, não adianta, por
mais que seja sempre “a mesma coisa”, é o tipo de filme que acaba levando muita gente
ao cinema. Principalmente esses com uma pegada sentimental tão forte, e também
a curiosidade do espectador em saber qual o tipo de abordagem que terá, e o
final, se tudo acaba bem ou literalmente tudo se acaba.   

Com um roteiro e um elenco que funciona harmoniosamente bem,
Tempestade: Planeta em Fúria é filme que vale o ingresso, apesar dos muitos
clichês, algumas coisas um pouco toscas e outras físico, científico,
estatisticamente impossíveis de acontecer, mas “ah, é um filme, né?” acaba
passando batido e tudo termina com muita emoção, provavelmente a palavra chave
do longa-metragem.   
Título Original: Geostorm

Direção: Dean Devlin

Elenco: Gerard Butler, Jim Sturgess, Abbie Cornish, Alexandra Maria Lara, Daniel Wu, Eugenio Derbez, Ed Harris, Andy Garcia

Sinopse: Diante de tantos desastres naturais, Jake (Gerard Butler) um criador de satélites, desenvolve um rede de satélites chamada “Danny Boy” que é capaz de controlar o clima no mundo. Porem, ele é afastado do seu cargo e acontecem diversos problemas. 
     

Trailler



O que você acha de mais um filme sobre o fim do mundo? Acha chato ou não se importa e vai assistir assim mesmo? Deixe seu comentário, se já assistiu ou se pretende ir!
     

       

1 thoughts on “Crítica: Tempestade – Planeta em Fúria (2017, Dean Devlin)”

  1. O filme foi dos melhores do 2017, isso já pode ser observado no trailer que basicamente apresenta as cenas catastróficas (e bem realizadas) do filme. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Tempestade: Planeta em Fúria superou minhas expectativas. Adorei está história, por que além das cenas cheias de extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.

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