Crítica: Em Ritmo de Fuga (2017, Edgar Wright)


Baby Driver, assim como outros
filmes dirigidos por Edgar Wright, lançados de forma meio despretensiosa,
acabaram se tornando queridinhos do público em geral, como: Todo Mundo Quase
Morto
(2004) e Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010). O diretor e roteirista
Wright tem o hábito de apresentar ao público protagonistas super carismáticos.
É o caso de Baby (Ansel Elgort), que ainda menino ele já encara uma infância
conturbada, com as constantes brigas dos pais e que mais a frente resulta em um
trauma: um acidente de carro em que Baby perde seus pais e fica com uma pequena
sequela na audição, uma espécie de zumbido que só melhora quando ele escuta
suas músicas com fones de ouvido.

A música é o que move Baby,
principalmente, quando ele acaba se envolvendo com Doc (Kevin Spacey), um chefe
do crime, especializado em grandes assaltos e a habilidade de Baby é ser um
ótimo piloto, o que para Doc é muito conveniente quando o assunto é fugir. Doc
lidera uma equipe, composta por: Bats (Jamie Foxx), Buddy (Jon Hamm), Darling
(Eiza González) e J.D. (Lanny Joon), que formam sua gangue de assaltantes. Nas
cenas em que os cinco estão juntos, a playtlist de Baby é bem eletrizante.

Aliás, o grande destaque do filme
é sem sombra de dúvidas a trilha sonora. Pois, ela dá forma e ritmo a todo o
longa. Por exemplo, momentos como as lembranças de Baby com sua mãe (Sky
Ferreira) ou quando conhece Deborah (Lily James), são sempre com uma pegada mais
leve a romântica, muito blues, por exemplo. Mas, o filme traz muitos clássicos
do rock, pop, entre outros dos anos 70 e 80, principalmente. 

Falando em Lily, ela tem papel
fundamental na história de Baby, afinal estamos falando da garota que vem arrebatar
o coração dele. Assim que a conhece, Baby automaticamente decide deixar de
trabalhar para Doc, mas ao ter seu relacionamento com Deborah ameaçado, ele
ainda continua trabalhando para o mafioso, com intuito de que em algum momento
vai deixar tudo àquilo para trás e pegar a estrada com a sua garota.

Não é à toa que em português o
título do filme é Em Ritmo de Fuga, o filme todo tem exatamente esse estilo e
pegada, ritmo de fuga, muita ação, muitas trocas de tiro, muita correria, uma
certa violência, que faz parte considerando o nível dos bandidos, e de certa
forma também é uma marca do diretor e roteirista Edgar.

Assim como outros filmes de
Wright, Baby Driver tem tudo para ser considerado clássico, pois é um bom
filme; interativo, tem ação e romance, tudo sob medida pra se tornar um filme
proporcionalmente agradável para todos que o assistir. Sem contar o carisma do
personagem e sua magnífica trilha sonora, repleta de clássicos. Mais nostálgico
que isso, impossível.     
Título Original: Baby Driver
Direção: Edgar Wright
Elenco: Ansel Elgort, Lily James, Jamie Foxx, Eiza González, Jon Hamm, Kevin Spacey, Lanny Joon, Jon Bernthal, Sky Ferreira, Brogan Hall.
Sinopse: O jovem Baby (Ansel Elgort) tem uma mania curiosa: precisa ouvir músicas
o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde
um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga
oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar o
cargo, principalmente depois que se vê apaixonado pela garçonete Debora
(Lily James). 
Trailler 

 

Se você já assistiu esse filme que tem tudo para se tornar um clássico nos diga o que você achou?

1 thoughts on “Crítica: Em Ritmo de Fuga (2017, Edgar Wright)”

  1. Quero dizer-lhe que adoro os filmes porque são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Em Ritmo de Fuga imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Ansel Elgort, um ator muito comprometido. O Filme Em Ritmo de Fuga é uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

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