Crítica: Sete Homens e Um Destino (2016, Antoine Fuqua)

Sete Homens e Um Destino, lançado em 2016 é um remake do clássico filme de faroeste Sete Homens e um Destino de 1960 que, por sua vez, é uma refilmagem de Os Sete Samurais de Akira Kurosawa em 1954. Apesar de trazer mais diversidade e deixar o filme mais atual, a película peca em vários sentidos e deixa a desejar na inovação e no roteiro. Vem conferir a crítica completa e tire suas próprias conclusões.


Vamos aos fatos que nos são apresentados logo nos primeiros minutos de filme. Moradores de uma cidadezinha são atormentados por um homem que quer a terra para ele poder seguir seu trabalho nas minas. Esse homem se chama Bogue (Peter Sarsgaard) e é tudo que a gente odeia em um vilão: é presunçoso, ladrão, acha que está acima de tudo e está pouco se importando com essas pessoas ou o que suas ações iram causar a vida delas. Se vendo em um beco sem saída Emma Cullen (Halley Bennett), que lembra muito a Jennifer Lawrence, só que ruiva, vai atrás de uma solução para ajudar a cidade. E encontra essa solução contratando sete homens, totalmente desconhecidos e ao acaso para essa missão impossível que é retomar a cidade para os moradores.

Aqui já temos uma quebra naquele paradigma de que as mulheres são as mocinhas recatadas e devem ser salvas. Errado. Emma só não vai sozinha atrás desses homens como também coloca a mão na massa para proteger a cidade. O que me lembra outro filme de faroeste, que ao meu ver, foi um dos melhores dessa última remessa que é Bravura Indômita (2010), que também tem como personagem principal uma mulher que vai atrás de vingança, mas isso é história para outra crítica, mas voltando ao assunto: comentei no parágrafo a cima que a história traz mais diversidade e veja porque. Os sete homens que ela encontra são um oriental (Byung-Hun Lee), um descendente de indígenas (Martin Sensmeier) e um latino (Manuel Garcia-Rulfo, no papel que seria de Wagner Moura), Josh Farraday (Chris Pratt), Jack Home (Vincent D’Onofrio), que matava índios na guerra e Goodnigth Robicheaux (Ethan Hawke), todos sob a tutela de um negro, Sam Chisolm (Denzel Washington).

A primeira metade do filme é só para mostrar a formação dessa ”gangue”, que até tem umas cenas bem divertidas. E por falar em humor, Chris Pratt mais uma vez com um personagem cômico que mesmo nos momentos mais tensos consegue soltar uma piada, como ele mesmo diria o filme estava indo “So far, so good” (até agora tudo bem). Mas sem dúvida o personagem de Denzel segura todos os outros personagens como uma liga. Acredito que sem ele o filme sofreria, até porque ele ajuda muito na carga dramática que a história pede. Entretanto, o filme é isso. Um vilão malvado, uma cidade que precisa ser salva e sete caras que não são santos mas também não são de todo ruins e que estão ali para ajudar. A história não desafia o expectador em nenhum momento. Tudo está muito claro sobre o que vai acontecer a partir de determinado ponto. Mas preciso dizer que a cena final do ‘bang-bang’ foi ótima, realmente ótima. Muito bem dirigida e apesar da bagunça de tiros, o expectador não se perde. E o final até que surpreende.




Antes de encerrar a crítica, tenho mais uma observação a fazer, que foi a cena final, muito bem sacada da direção entre o ‘confronto’ dos líderes Chisolm (Denzel) e Bogue (Peter). Vimos ali o personagem firme e cheio de sí de Bogue se quebrar em questão de minutos e seu lado covarde e fraco ser apresentado, enquanto Chisolm conta o real motivo dele estar naquela cidade. Tudo terminando na igreja que foi o estopim dessa guerra. O filme termina onde começa, como se quisesse dar uma satisfação ao expectador e aos próprios moradores. “Tudo termina onde começou”.




Título Original: Magnificent Seven


Direção: Antoine Fuqua


Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D’Onofrio, Byung-Hun Lee, Haley Bennett, Peter Sarsgaard, Matt Bomer.


Sinopse: Os habitantes de um pequeno vilarejo sofrem com os constantes ataques de um bando de pistoleiros. Revoltada com os saques, Emma Cullen (Haley Bennett) deseja justiça e pede auxílio ao pistoleiro Sam Chisolm (Denzel Washington), que reúne um grupo especialistas para contra-atacar os bandidos.


Trailer:



Imagens:


(1960)



(2016)





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