ESPECIAL ANACONDA – DO SUCESSO AO FRACASSO


Tendo em vista o fato de Outubro ser o mês do terror (não se tratando apenas de serial killers e monstros), é que lhes apresento este especial de Anaconda, filme sobre a famosa cobra que ganhou sua franquia no cinema, porém decaiu conforme suas sequências eram lançadas. Quem nunca ouviu falar ou já assistiu pelo menos um deles, né? Inclusive, o primeiro marcou a geração passada e meteu medo em muita gente. Seu legado teve início em 1997 e a sua bilheteria fez bastante sucesso tanto aqui no Brasil quanto nos EUA. Interessante notar que naquele tempo haviam mais fitas VHS do que DVDs propriamente ditos. Me recordo de quando assisti o primeiro DVD há 10 anos atrás e a emoção foi tão grande que infelizmente hoje os tempos já estão mudando de novo, com DVDs dando lugar aos serviços de streaming (Netflix, Looke, HBO GO, entre outros).


ANACONDA


O primeiro filme foi quase que uma revolução para o gênero de suspense/ terror, visto que até então não haviam sido lançadas tantas obras que impressionaram tanto o público. Com um alto orçamento, o longa pode não assustar as pessoas da mesma forma que fez com as de 1997 e isso é devido aos efeitos visuais que, para a época, eram sensacionais e capazes de chocar quem fosse ver no cinema. Palmas ao diretor Luis Llosa, pois além de ter a brilhante ideia de filmar no Amazonas, ele foi capaz de em minha opinião fazer uma fita convincente, sem abusar dos clichês.


A história é a seguinte: um grupo de documentaristas entra na floresta equatorial da Amazônia para filmar um documentário sobre a tribo Shirishama, que vivem perto de Manaus, Amazonas, quando conhecem Paul Sarone (Jon Voight), que mais tarde se revela um insano caçador que deseja capturar viva uma sucuri (no filme chamada de “anaconda”), uma serpente gigantesca e muito rara, que pode atingir 12 metros de comprimento. Não demora muito pra que a primeira vitima surja e tenha seu pescoço quebrado, sendo depois devorada viva pela anaconda próximo a um barco. Pouco tempo depois, Paul fica no comando do barco e força todos a ajudarem ele a capturar a terrível Anaconda. Os sobreviventes que restaram tentam então capturar a cobra a qualquer custo, sem saber que ela pode os estar vigiando 24 horas.



Confesso que quando era criança, logo que o conferi em DVD (só havia legendado), fiquei umas 2 noites sem dormir, visto que icônica criatura me deixou perplexo. Tais momentos de aventura e perseguição a meu ver eram tão intensas que conseguiam meter medo não apenas em mim, como também nos meus tios e em minha avó (sim, meus pais sempre odiaram esse filme e minha irmã queria passar longe dele). No geral, carrega um cenário com atmosfera tensa do início ao fim, rendendo assim bons jump scares. É o meu 2º preferido da franquia.




Trailer:



ANACONDA 2 –



A CAÇADA PELA ORQUÍDEA SANGRENTA

O segundo filme, para a alegria de muitos, vinha com a premissa de ser tão bom quanto seu antecessor, com efeitos visuais entre aspas “aprimorados”. Lançado 7 anos após o 1, houve certa discussão em torno dele. Alguns afirmam que os efeitos especiais foram fracos e não deram todo aquele “gás” capaz de temê-lo. Recordo-me que quando o revi há alguns anos atrás, minha mãe e uma amiga estavam junto e por incrível que pareça nas horas tensas as duas levaram vários sustos, mas também deram muitas risadas! Eu particularmente não entendi direito, até porque quando a criança inocente aqui viu pela primeira vez em 2005 ficou com medo imenso.



A trama se inicia na selva de Borneo, onde existe uma rara orquídea vermelha, que desabrocha apenas uma vez a cada 7 anos. Considerada a chave para a produção de um soro da juventude, um grupo de cientistas decide embarcar numa viagem para encontrá-la. Eles acreditam que o soro irá render muito prestígio e dinheiro para suas carreiras, valendo a pena correr os riscos da expedição. Porém logo eles percebem que, além do mau tempo e a densa vegetação, algo mais pretende impedi-los de alcançar a orquídea: um predador mortal que a protege.



O diretor Dwight Little revelou em making of como funcionou todo o processo de desenvolvimento e principalmente do CGI, que dominou várias cenas. É importante ressaltar também que ele foi o primeiro filme de Hollywood a ter a sua première em Fiji, Oceania naquela época. Em minha visão, é sem dúvidas o melhor da saga, pois apesar dos efeitos especiais não terem sido aquela maravilha, a equipe foi capaz de realizar uma obra envolvente, que prende o público na tela e o mantém apreensivo até o final.


Trailer:






ANACONDA 3

Quanto ao terceiro: o que esperar dele, né? Que fosse tão com quanto os dois primeiros? A esperança era que sim. No entanto, ele nem sequer saiu nos cinemas e teve de gente frustrada naquela época; chegou ao ponto de haver casos onde pessoas indignadas alugaram o DVD e na hora de devolver reclamaram um monte, pedindo o dinheiro de volta. O diretor Don E. Fauntleroy infelizmente dirigiu uma película cujos elementos contribuíram para o imenso fracasso que o longa causou tanto por parte da imprensa quanto do público.


A sinopse se passa na Wexell Hall (mesma laboratório de pesquisas secretas do 2), local que abriga duas cobras gigantescas. Elas estão prestes a ser submetidas a testes por uma brilhante cientista, que passa seus dias cuidando do animal. Até que Murdoch, um gerente de finanças, abusa da experiência e as cobras escapam. Desencadeando uma caçada implacável, elas estão famintas e vão direto para onde está a civilização. Porém, o que nem todos sabem é que uma das cobras está prenha e logo vai ter a sua ninhada. Começa então a corrida contra o terrível avanço das cobras antes que elas cheguem à cidade. À primeira vista, o enredo pode até parecer interessante, mas não se engane; os efeitos especiais desse filme já se mostravam burlescos desde o trailer e a único aspecto que ele poderia trazer seria a atuação de David Hasselhoff (Piranha 2), como Hammett, um implacável mercenário matador de cobras e Crystal Allen (Prison Break – 4ª Temporada) , como Amanda Hayes, a protagonista feminina. Entretanto, a meu ver esta película foi um desperdício e só, pois o resultado entregue foi bem regular; ele prometeu algo que sabia que não poderia cumprir e isso acarretou revolta nas pessoas mais rígidas, ainda que risadas nas mais serenas. Realço que embora ele esteja na 3ª posição do ranking, não o assistiria novamente tão cedo.


Trailer:






ANACONDA 4



Já o quarto (e último) filme da saga começa exatamente após os eventos do terceiro, com o retorno da cientista Amanda Hayes (Crystal Allen), assim como outros personagens do 3. Dessa vez, a serpente está em um centro de controle no meio da floresta, supervisionado por Peter, braço direito do Murdoch. Ele pretende criar um soro para o chefe através do veneno da cobra, pois o mesmo foi diagnosticado com uma doença rara. No entanto, descobre que agora ela pode se regenerar. Enquanto isso, Amanda conhece Jackson e seu grupo de amigos que, viajando por aquela área, nem imaginam o que os espera na mata. Cientes de que estão à mercê da predadora geneticamente modificada, eles tentam a todo custo sobreviver.


Como se não bastasse, ele também possui uma história atraente, mas que pecou por não ter tanto sentido no decorrer da história. Tudo vai acontecendo de maneira tão vaga que alguns espectadores podem não se interessar tanto pelo enredo. Não obstante, visto que os efeitos especiais são praticamente os mesmos, o aspecto físico da anaconda continua grotesco. Por mais que aqui a ideia é de que o bicho se regenere, quando ele assim o faz, surge com características bem diferentes da fita anterior e isso acaba com a lógica num todo, sabe? Sem contar com alguns personagens, diria, forçados, tais como: Roland (Alexandru Potocean) e Eugene (Emil Hostina).



Por outro lado, quem salvou o filme foi bela atriz Crystal Allen, retornando em boa forma e determinada a fazer de tudo para capturar a criatura. Ela, que até então pretende esquecer tudo o que enfrentou no passado, prefere não considerar o fato de o incidente passado ter ocorrido por culpa sua. Outra atuação que do meu ponto de vista não foi das piores é a de Linden Ashby, da série de sucesso Teen Wolf, como Jackson e do mediano John Rhys-Davies, de Através da Máscara, como Sr. Murdoch. Inclusive, a orquídea sangrenta aqui também é a flor mencionada na trama (referência do 2º), por incrível que pareça. Ocupando então o último lugar do ranking, Anaconda 4 pra mim foi de longe o longa que teve os efeitos visuais mais pitorescos dos últimos tempos e sem dúvidas deve ter gerado um prejuízo danado para a Sony Pictures Entertainment e Stage 6 Films, ambas suas distribuidoras.


Trailer:

Ressalto que embora muitos usuários achem a quadrilogia uma total perda de tempo, tremenda porcaria, podre, dispensável e constrangedor de tão ruim, penso na seguinte filosofia: gosto é gosto e não se discute. Sendo assim, se eu fosse você, daria pelo menos uma chance aos 2 primeiros filmes, que apesar de terem uma computação gráfica razoável, conseguem divertir o telespectador e garantir um bom entretenimento pipoca!


E você, caro leitor do blog, curte algum filme da franquia em particular? Odeia todos? Deixe seu comentário abaixo!

1 thoughts on “ESPECIAL ANACONDA – DO SUCESSO AO FRACASSO”

  1. O primeiro foi o meu favorito e mesmo com os efeitos ou gráficos sendo bons ou ruins não tem como eu não gostar principalmente por causa da paisagem e do ambiente e no final mesmo sobrando apenas três pessoas vivas eles até que conseguiram fazer o documentário sobre a tribo shirishama que apareceu logo no finzinho do filme

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