Crítica: O Amigo Oculto (2005, de John Polson) – quando os amigos imaginários se tornam asssutadores!


Todo mundo já ouviu falar de alguém que tem ou teve um amigo imaginário ou até mesmo essa pode ter sido ou ainda ser sua própria realidade.

Presentes principalmente na infância, os amigos imaginários costumam ser uma válvula de escape para diferentes situações que ocorrem: solidão, traumas, dificuldade de se relacionar com outros, etc. Mas, e quando os amigos imaginários se tornam assustadoramente reais? Este é o caso do filme O Amigo Oculto, com Robert de Niro e Dakota Fanning.



Robert de Niro é David Callaway, um psicólogo que tenta a todo custo ajudar sua filha Emily (Dakota Fanning) a superar a recente morte de sua mãe, em uma casa afastada numa pequena cidade. Nesta tentativa, que se mostra um tanto quanto fracassada, David percebe que o relacionamento dos dois está longe de ser bom: Emily se afasta cada vez mais de seu pai e com o surgimento de um amigo imaginário chamado Charlie, ela percebe que essa amizade pode lhe oferecer mais do que o convívio tedioso que tem com David.

A príncipio, David acredita que Charlie é um amigo imaginário criado por Emily como uma forma de ajudá-la a lidar com o trauma de ter perdido sua mãe. Mas o que parece aparentemente inofensivo, começa a ser ligeiramente perturbador: quando algo estranho ocorre dentro da casa e David questiona Emily sobre o ocorrido, ela logo põe a culpa em seu amigo, Charlie, o que é bem estranho, visto que Charlie está apenas na imaginação de Emily. A partir desse ocorrido, coisas terrivelmente sérias e assustadoras passam a acontecer, sempre associadas a Charlie por Emily, que passa a ter comportamento duvidoso, colocando em questão se o tal amigo de Emily realmente não se apresenta como um perigo real.

Com excelentes atuações de De Niro e principalmente de Dakota Fanning, este filme é para aqueles que gostam de um suspense psicológico, pois reserva algo a mais do que somente sustos.

Apesar de, na época de seu lançamento, não ter obtido boas críticas, e a atuação de De Niro ter sido duramente rechaçada, acredito que este deva ser um filme para se assistir com olhos bem abertos, se atentando para os detalhes e mesmo se o plot parecer mais lógico, vale muito observar os simbolismos psicológicos existentes.

Em linhas gerais, é um filme que pode pecar em um ou dois pontos, seja no roteiro ou na direção, que poderiam ser mais bem elaborados e conduzidos, mas pode ser uma boa pedida para um noite em que o desejo seja por filmes de suspense e pode garantir alguns bons sustos e surpresas no final da película.

Fica ainda a dica para que você assista aos finais alternativos (versão do filme em DVD), pois são realmente intrigantes!


Título Original: Hide and Seek

Direção: John Polson

Elenco: Robert De Niro, Dakota Fanning, Famke Janssen.

Sinopse: David Callaway (Robert De Niro) é um homem que enviuvou recentemente, vivendo agora apenas com sua filha Emily (Dakota Fanning), de 9 anos. Emily cria um amigo imaginário chamado Charlie, com quem costuma brincar de esconde-esconde. Só que aos poucos Charlie se revela como alguém malvado e vingativo, o que ameaça a própria família Callaway.



Trailer:





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