Crítica: Floresta Maldita (2016, de Jason Zada)

Entrar em florestas não é uma das melhores decisões a serem feitas, principalmente se estivermos diante de um filme de terror. Nunca se sabe quais os segredos são guardados em seu interior, podemos dar de cara com uma cabana sinistra, algum serial killer maluco ou até mesmo animais sedentos por sangue. Seja como for, florestas já foram palcos de diversas produções de terror.


‘Floresta Maldita’ é mais uma dessas produções que colocam seus personagens dentro de uma floresta sinistra mas, diferente dos outros filmes esse se destaca por se passar em um cenário real de horror, na Floresta Aokigahara, mundialmente conhecida como floresta dos suicidas, ela é localizada em uma parte do Monte Fuji no Japão. O local ficou famoso pelo fato de várias pessoas irem lá para suicidarem, toda essa situação além de triste é delicado de se falar mas, ninguém pode negar que seria um cenário sinistro para se construir uma história de terror.



Muitos poderão achar que estou repetindo os mesmos argumentos de outras críticas mas, este filme segue a mesma linha e comete os mesmos erros de outras produções semelhantes e posso citar como exemplo os recentes ‘Do Outro Lado da Porta’ e ‘A Seita’ que desperdiçam seu grande potencial em um produto genérico, de qualidade mediana e que não inovam e muito menos empolgam.


Para se ter uma ideia além da condução da trama ser extremamente arrastada e sem personalidade, os personagens só entram de fato na tal floresta maldita depois que se passa mais da metade do filme. A partir desse momento um leque de possibilidades se abre e a história poderia ter explorado vários caminhos mas, de todos que o roteiro poderia ter seguido ele vai justamente no rumo mais ruim e tudo que vemos em tela é um amontoado de clichês que focam nos manjados sustos rápidos, em um trama ridícula cujo o final é ainda pior e numa tentativa falha de criar suspense.



Do elenco só vale a pena mencionar Natalie Dormer (‘Game Of Thrones’), mais uma atriz de série conhecida a protagonizar um filme de terror em 2016. Ela é uma das poucas coisas que se salvam no longa, nos entregando uma atuação acima da média, tanto na pele de Jess como no papel de Sara. Para não dizer que o filme foi uma perda de tempo total outra questão interessante retratada na produção é as histórias envolvendo a Floresta Aokigahara referente a seu passado e como surgiu o nome, além de explicar alguns detalhes curiosos sobre o processo de suicídio, como as fitas que são utilizadas pelos suicidas para ajudar na localização de seus corpos e a própria questão de levar uma barraca que mostra a indecisão da pessoa em suicidar.


Enfim, de todos os filmes de terror lançados em 2016 até agora, considero ‘Floresta Maldita’ o pior de todos pois, era o filme que precisaria de pouco para entregar um bom resultado, bastava apenas um bom roteiro e um diretor competente, visto que, todo o terror e tensão, em regra, já estaria no cenário real da floresta. Mas, apesar de todas as probabilidades o filme consegue ser ainda mais ruim do que esperava.

Nota: 4,0





Título Original: The Forest

Direção: Jason Zada

Elenco: Natalie Dormer, Eoin Macken, Stephanie Vogt, Ibuki Kaneda, Akiko Iwase, Noriko Sakura, Yuho Yamashita, Taylor Kinney, Gen Seto, Terry Diab, Nadja Mazalica, Lidija Antonic, Yukiyoshi Ozawa.





Trailer:





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