Crítica: Colega de Quarto (2011, de Christian E. Christiansen)

Algo que percebi foi que atualmente, o gênero de suspense com a temática de pessoas obsessivas estão sendo confundidos por parte do público com o gênero de terror. Pessoas, por favor, suspense é uma coisa, terror é outra completamente diferente. Em ‘Colega de Quarto’, o que se espera é tudo o que um thriller pode trazer: medo, violência e morte; mas aqui no caso, somente a segunda característica esteve mais presente no longa.



A história é centrada em Sara Matthews (Minka Kelly), caloura que acaba de chegar na Universidade e não vê a hora de conhecer sua nova colega de quarto. Afinal, lá nos EUA é assim: os estudantes convivem com uma pessoa dentro do Campus e se você não gostar deste alguém, sua vida será no mínimo, enfadonha. Quando conhece Rebecca (Leighton Meester), Sara se dá bem com ela, pois não parece ser estranha, de início. Só parece. Ela também começa um relacionamento com Stephen, rapaz que conheceu em uma festa da Fraternidade próxima dali. Após altos e baixos bebendo e se divertindo, ela perde a hora e na volta, ao chegar no corredor dos quartos, Rebecca começa a bancar a superprotetora, dizendo que ligou várias vezes mas que ela não retornou nenhuma das chamadas; só queria saber se ela estava bem. E aí? Será que não é nada demais? Com Rebecca querendo passear pela cidade e fique o tempo todo com ela, o enredo foca agora em tudo o que a assassina é capaz de fazer para que Sara tenha só ela como amiga. Como a primeira cena de susto, temos Rebecca perseguindo Tracy, amiga festeira de Sara quando está tomando banho (lembrou de ‘Psicose’?). Depois dela, temos outras pessoas em sua “lista negra” e tudo não passa pelo fato de querer ser amiga de Sara. Muito sinistro. Confesso que me coloquei no lugar de Sara nesse quesito: o que eu faria se meu colega de quarto fosse obcecado por mim? Fugiria Chamaria a polícia? Tentaria a sorte em dar um golpe com o psicopata? De qualquer forma, a obsessão só acabaria com o fim do próprio obcecado. E quem disse que é fácil matar psicopatas? Todos com certeza já vimos aquele filme em que no final, o psicopata leva um tiro ou facada e está caído no chão, até que quando a pessoa vai chegando perto, a trilha sonora some, a câmera foca no suposto ‘morto’ e ele agarra a mão da pessoa. Típico susto. Jesus amado.




Vamos ao elenco: temos aqui a linda Leighton Meester, eterna Blair, de ‘Gossip Girl’ e também conhecida por seu trabalho em ‘Onde o Amor Está’, ‘No Rastro da Bala’, ‘Este é o Meu Garoto’ e ‘A Filha do Meu Melhor Amigo’. Ela se entrega de corpo e alma na performance de Rebecca, tornando a assassina psicótica o mais realista possível. Já Minka Kelly foi quem também teve um desempenho aceitável. Não vi tanta falha em sua personagem, ela é decidida e sabe lidar com praticamente tudo o que lhe acontece na trama. Cam Gigandet fazendo caras e bocas foi mediano, seu personagem pelo menos tem relevância e não some de uma hora pra outra. O restante dos atores foi razoável, destaque para cena que Nina Dobrev, de ‘The Vampire Diaries’, aparece; são deixadas muitas dúvidas sobre o porquê ela e Rebecca só se cumprimentam e ficam trocando olhares, pois a sua maldade já era praticada há muito tempo, só não ficamos sabendo onde nem como; poucos detalhes nos são ditos. Mais uma vez, quando isso acontece, a dedução vai no automático.




Faltou mais suspense no decorrer, não é que não tenha nenhum, mas não o bastante. E também se a intenção do diretor era assustar, não conseguiu. Ficou meio vago em algumas partes e o máximo que ele nos proporcionou foram momentos de apreensão e sustos previsíveis. Diria também que a trama já foi vista em vários outros longas, mas como citei em minha última crítica, diversas películas podem ter o mesmo tema, mas cada uma delas se diferencia como sendo melhor ou pior. Este aqui eu curti! Tanto que na primeira vez que assisti fiquei com arrepios nas cenas que a assassina fazia seus joguinhos com os amigos de Sara. Além disso, ressalto que ele é visto como uma cópia barata do clássico ‘Mulher Solteira Procura’, cuja ideia é justamente igual. Portanto, recomendo somente aos fãs do gênero, é bom sim, tirando os chavões existentes, dá pra passar o tempo de 1 hora e meia conferindo em um domingo a tarde!




Nota: 7,5


Direção: Christian E. Christiansen


Elenco: Minka Kelly, Leighton Meester, Cam Gigandet, Aly Michalka, Danneel Ackles, Frances Fisher, Tomas Arana, Billy Zane, Nina Dobrev, Matt Lander, Kat Graham, Alex Meraz.


Sinopse: O thriller acompanha a garota Sara, uma estudante que acaba de chegar à Universidade e descobre que precisa dividir o quarto com Rebecca. Sara só não imagina que sua colega de quarto se tornará obcecada por ela, e pode acabar colocando sua vida em risco.


Trailer:


Mais algumas imagens do filme:











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