O Franco-Atirador chegou nos cinemas brasileiros em maio de 2015, o longa é dirigido por Pierre Morel (diretor de Busca Implacável), cuja a história é baseada em um romance policial de Jean-Patrick Manchette o ‘The Prone Gunman’.
Na trama conhecemos Martin Terrier (Sean Penn), um matador de aluguel que recebe uma última missão, que é o de matar um importante ministro do Congo, entretanto, depois de completar o serviço Martin terá que desaparecer para sempre e deixar sua amada Annie (Jasmine Trinca) para trás. Oito anos se passam, desde a conclusão do serviço, porém o passado volta a assombrar Martin depois que alguns homens tentam mata-lo. Agora ele terá que usar suas habilidades para sobreviver e descobrir quem está tentando pôr um fim em sua vida.
A primeira parte do filme é bem interessante, mostrando os conflitos que ocorrem no Congo e uma equipe de mercenários que são contratados para eliminar um dos ministros do país. O desenvolvimento de ‘Terrier’ (Sean Penn em seu primeiro filme de ação) é bem conduzido e satisfatório, bem como seu relacionamento com ‘Annie’ (interpretada pela atriz italiana Jasmine Trinca). Porém, as coisas saem do rumo depois que o serviço é completado e se passam 08 anos, e o que estava interessante começa a ficar chato e totalmente genérico.’Terrier’ começa a ser perseguidos por assassinos que querem matá-lo e a partir daí começa as várias situações uma mais clichê que a outra.
Na minha opinião, a produção possui três principais problemas. O primeiro é em relação ao roteiro, que como já disse é até interessante no começo, mas se perde depois da passagem de tempo, a história não empolga, não inova e não se destaca das outras diversas produções mais ou menos parecida com essa. O roteiro até que tenta trazer algo de diferente, como por exemplo o fato de o protagonista estar sofrendo de uma doença grave, mas isso é esquecido com o desenrolar da história e deixado em segundo plano.
O segundo problema são as cenas de ação, pois, muita gente que viu o trailer achava que este seria um filme cheios de tiros, porradas e perseguições. O filme tem tudo isso, mas são poucas as cenas mais movimentadas, visto que, o foque do roteiro é no drama e no romance e não na ação, mas, o pior problema é que elas não empolgam e não se destacam, a única que vale a pena mencionar é uma cena que acontece em uma casa de campo.
O terceiro problema são os personagens. Os atores são todos talentosos, mas seus personagens são ruins e sem graças. Sean Penn é um excelente ator, mas não acho que ele tenha o perfil e o carisma necessário para um astro de filmes de ação. Jasmine Trinca até que atua bem, mas a relação dela com o personagem de ‘Penn’ não convence e o pior de tudo, não tem química. O roteiro também tem a capacidade de desperdiçar os atores Idris Elba e Javier Barden com personagens caricatos e que nada agregam a trama, principalmente o personagem de ‘Elba’.
O final é sem graça e anticlímax, trazendo um tiroteio (que ninguém escuta) em um estádio de touradas. O desfecho é totalmente sem noção e previsível. Resumindo, O Franco-Atirador, não empolga, não tem uma trama interessante e envolvente, não traz cenas de ação inesquecíveis e não apresenta personagens legais e bem desenvolvidos. É uma produção genérica que não traz nada de novo, totalmente esquecível.
Titulo Original: The Gunman
Direção: Pierre Morel
Elenco: Sean Penn, Jasmine Trinca, Javier Bardem, Ray Winstone, Mark Rylance, Idris Elba, Peter Franzén, Billy Billingham, Daniel Adegboyega, Ade Oyefeso.