Crítica: Terremoto – A Falha de San Andreas (2015, de Brad Peyton)


Tempos atrás filmes de catástrofes eram sinônimos de sucesso e bilheterias. Impacto Profundo, Twister, O Inferno de Dante e O Dia Depois do Amanhã, são bons exemplos desse subgênero porém, com o passar dos anos esses tipos de produções perderam as forças. Com os avanços tecnológicos e a popularização dos efeitos de computação gráficas e óbvio com a falta de criatividade de ‘Hollywood’, esses filmes voltaram com tudo. Ano passado por exemplo, que me lembre foram lançados Pompéia e No Olho do Tornado e este ano tivemos esse Terremoto – A Falha de San Andreas, lançado em 28 de Maio de 2015 nos cinemas brasileiros.


Na trama, uma série de terremotos atingem a ‘Califórnia’ ameaçando todo o estado. Ray (Johnson) é um piloto de helicóptero de salvamentos dos bombeiros terá que percorrer o estado para resgatar a sua filha e sua esposa antes de serem atingidos pela catástrofe final.

O longa foi duramente criticado pelos sites especializados e não é para menos pois, não há nada, absolutamente nada de inovador aqui, servindo apenas como um entretenimento passageiro. O que mais chama a atenção nessa produção são os efeitos especiais, que estão excelentes, podendo ser observados nas cenas que mostram os prédios caindo, bem como na tsunami, que é uma das melhores que já tive oportunidade de ver. Fica evidente que maior parte do orçamento foram aplicados nos efeitos especiais.

A cena de abertura também é muito interessante e bem feita, com muita adrenalina e suspense, conseguindo até quebrar alguns clichês. Nela podemos ver a cantora Kylie Minogue, que faz uma participação especial. Outro detalhe que vai agradar o público, é o fato de os personagens serem inteligentes, que é raro neste tipo de produção, destacando a personagem de Alexandra Daddario (Percy Jackson – O Ladrão de Raios), que foge do rótulo “mocinha em perigo”. O restante do elenco apesar de não entregarem grandes atuações, conseguem em sua grande maioria cair nas graças do público, principalmente Dwayne Johnson (Velozes e Furiosos 7) que esbanja carisma.

Acaba que o pior problema do filme é o roteiro, que como já disse é muito previsível e clichê, preferindo focar todo o drama na típica família em crise, além de trazer situações bem inverossímeis, como por exemplo, a cena que os personagens de Dwayne Johnson e Carla Gugino começam a desabafar sobre a morte de uma das filhas, enquanto a outra está correndo risco de vida (oi ???), simplesmente comecei a rir. Aliás, os dramas dos personagens são mal desenvolvidos e superficiais demais, o que acaba gerando uma insatisfação do público com as cenas mais dramáticas.

Outra ponto que senti falta no roteiro foi o suspense pois, geralmente existem vários personagens, que não temos certeza se permanecerão vivos até o fim do filme mas, isso não acontece aqui pois, o roteiro foca em pouquíssimos personagens e acaba ficando na cara quem vai ou não morrer, eliminado todo o clima de suspense e tensão que poderiam ter sido construído.


Enfim, filmes de catástrofes geralmente seguem dois caminhos, o primeiro é o desenvolvimento dos personagens em meio ao caos, como fez o ótimo O Impossível de 2012, ou focar na destruição em massa e efeitos especiais, conforme é o caso desse. Portanto, para aqueles que são mais exigentes, recomendo não assistirem pois, não vão gostar. Já para aqueles que procuram uma diversão passageira, cheio de cenas de ação, com muita adrenalina e recheado de efeitos especiais, podem assistir sem medo.

As a arrecadação nas bilheterias desse filme até que foram razoáveis, o que acaba abrindo portas para produções semelhantes para a infelicidade de alguns e alegria de outros.





Título Original:
San Andreas
Diretor: Brad Peyton

Elenco: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Alexandra Daddario, Ioan Gruffudd, Archie Panjabi, Paul Giamatti, Hugo Johnstone-Burt, Art Parkinson, Will Yun Lee, Kylie Minogue, Colton Haynes.

TRAILER:


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