Retrospectiva Cinema 2014

Chegamos então ao final de um ano cinematográfico, assim como o do ano literal. Chega a hora de falar do que foi visto neste ano, futuros lançamentos de 2015 e nossas listas de piores e melhores filmes do ano de 2014. Devido ao pouco tempo livre para postar e também para acompanhar todos lançamentos, iremos lançar matérias especiais durante este fim de ano e durante os três primeiros meses de 2015 – um período de férias, festas e onde o ano custa a engrenar, inclusive no cinema. Iremos acompanhar o Oscar, além de matérias especiais. Isto já é costumeiro no blog. Vale lembrar que esta extensa matéria visa apenas citar parte do que foi lançado. Cito apenas os filmes que foram lançados neste ano nos seus países oficiais, sem levar em conta a data de lançamento no Brasil. E não comentei quase nada do nosso cinema, já que costumo acompanhá-lo muito. Caso você ache que eu esqueci de algum importante, por favor cite ao final da postagem.

Uma breve opinião sobre o ano de 2014:

Perdemos Philip Seymour Hoffman,



Robin Williams

















e Roberto Bolaños.


A começar, neste ano perdemos alguns gênios do cinema, sejam atores, diretores ou de algum modo relacionados com a arte. Perdemos os incríveis Robin Williams e Philip Seymour Hoffman. Entre os veteranos perdemos James Avery (o eterno tio Phil do seriado Um Maluco no Pedaço), Shirley Temple, J.J. Murphy, Alicia Rhett, Saul Zaentz, Run Run Shaw (um dos percussores do cinema de artes marciais em Hollywood), Tom Sherak, Maximilian Schell, Harold Ramis, Mickey Rooney, Eli Wallach, Marilyn Burns (a protagonista do primeiro O Massacre da Serra Elétrica, um dos maiores clássicos do terror), perdemos o dublador brasileiro Julio Cezar Barreiros (dono das vozes de Homer Simpson e do Robocop), James Garner, Lauren Bacall, Richard Kiel, Mike Nichols, Bob Hoskins e Richard Attenborough (cineasta e ator, marcado como o senhor que criou o parque dos dinossauros no primeiro Jurassic Park). Aqui no Brasil Paulo Goulart, José Wilker e o cineasta Eduardo Coutinho farão falta no mundo artístico. E por fim não tem como não se emocionar com a perda de Roberto Bolaños, o eterno Chaves e Chapolin, que deixou uma lacuna no coração de inúmeras gerações.


Sem dúvidas, foi um ano marcante para alguns gêneros e tipos específicos de filmes. Diria que a maioria dos gêneros se deu bem, tendo alguns representantes incríveis. Foi um ano em que alguns atores se destacaram, e algumas atrizes mais ainda. O ano foi delas! Fazia um tempo em que não tínhamos uma safra de tantos sucessos no quesito blockbusters – filmes pipoca, filmes comerciais, estes filmes caros e com efeitos especiais e ação. Além dos sucessos de bilheterias, muitos filmes deste tipo conseguiram até mesmo obter uma boa aprovação da crítica. Claro que tivemos alguns fracassos de critica, de bilheteria ou de ambos: uns por merecimento, outros por serem medianos e outros injustiçados.


Foi um ano ótimo para superproduções, principalmente as de super heróis, ficções científicas, alguns dos épicos lançados e até mesmo alguns filmes um tanto filosóficos. Foi um ótimo ano para suspenses, de qualidade e intrigantes. Dramas profundos e impactantes também surgiram, principalmente nesta reta final do ano. As comédias, animações e filmes infantis se saíram intermediárias, com uma quantidade de filmes mais fracos, porém alguns poucos filmes espetaculares e interessantes salvaram estes gêneros. A ação (aquela mais bruta e oitentista estilo Bruce Willis) e o terror foram os gêneros mais fracos e prejudicados deste ano, com alguns títulos bem fracos.


Entre filmes infantis, tivemos o subestimado Os Muppets 2 – Amados e Procurados, além do bom Winter: O Golfinho – 2 e o bom As Aventuras de Paddington. Nas animações, tivemos duas que se destacaram e aparecem entre os melhores do ano: Como Treinar o Seu Dragão 2 por ser muito maduro e o inventivo Uma Aventura Lego por realmente ser como a música: “tudo é incrível!”. Mas As Aventuras de Peabody e Sherman, Festa no Céu, Os Boxtrolls e Operação Big Hero (da Marvel) também merecem destaque. Embora mais clichê e caricato, Rio 2 fez bonito nas bilheterias. Aviões 2 – Heróis do Fogo ao Resgate, A Mansão Mágica, Tarzan – A Evolução da Lenda, Caminhando com os Dinossauros, Justin e a Espada da Coragem e alguns outros figuram entre os que fracassaram ou decepcionaram.

O inventivo e divertido Uma Aventura Lego.



Como Treinar o Seu Dragão 2 – uma animação madura e ousada.

Nas comédias e comédias românticas, Anjos da Lei 2, Vizinhos e Mulheres ao Ataque foram os grandes sucessos do gênero. Vamos Ser Tiras foi a surpresa engraçada do ano, mas o seu lançamento foi pequeno e nem saiu no Brasil. Sobre Ontem à Noite, comédia romântica com elenco negro, foi uma agradável surpresa, remake de um filme dos anos 80 não tão conhecido. A Minha Casa Caiu foi outra interessante novidade. Inatividade Paranormal 2 foi a pior comédia do ano, sendo fraca, apelativa e colocando em risco a carreira dos Irmãos Wayans. Se Beber Não Entre no Jogo (mais uma sátira de outros filmes) também foi péssimo. Ride Along – Policiais em Apuros, Bem-Vindo à Selva, Sex Tape – Perdido na Nuvem, Quero Matar Meu Chefe 2, Tammy, Um Milhão de Maneira de Pegar na Pistola, Juntos e Misturados, Sete Dias Sem Fim, Débi e Loide 2 e outros não agradaram a maioria, embora alguns eu ache injustiçados. Inclusive, alguns destes foram bem em bilheteria. E não tem como deixar de comentar que A Entrevista não é apenas a comédia de virada de ano, como também é o filme mais polêmico do ano, devido ao ataque cracker supostamente da Coreia do Norte contra a SONY, devido às fortes críticas que o filme traz ao ditador do país. Uma comédia desmiolada como outras que você já viu, mas a polêmica se tornou maior que o próprio filme.

Sucesso de bilheteria e crítica, Anjos da Lei 2 foi a comédia do ano.
A Entrevista não é apenas a última comédia lançada neste ano. É o filme mais polêmico de 2014, devido às piadas com o ditador norte-coreano Kim Jong-Un. O filme ainda resultou em um ataque cracker ao estúdio da SONY e hostilidade entre Estados Unidos e Coreia do Norte.

Na ação, outro gênero detonado, tivemos Sabotagem com o Schwarzenegger, Fúria com Nicolas Cage, o remake americano do filme francês 13° Distrito com o Paul Walker, o remake americano do filme coreano Oldboy, o épico Outcast também com Nicolas Cage e a ação Kite: alguns exemplos dos fracassos. Defendendo o gênero, Sem Escalas e Caçada Mortal foram ótimos, ambos tendo Liam Neeson como o herói e ambos tem pitadas de suspense. O Protetor com Denzel Washington e Três Dias Para Matar com Kevin Costner trouxeram dois bons astros em papeis que estão acostumados a fazer e se saíram bem. John Wick – De Volta ao Jogo foi a ação mais elogiada do ano, trazendo de volta Keanu Reeves ao sucesso. Por fim, Os Mercenários 3 foi a ação blockbuster do ano, com um elenco grandioso e em cenas hilárias; mas o filme sofreu duplamente. Primeiro, teve a polêmica de crackers invadirem o servidor do estúdio, roubarem o filme e disponibilizarem para download em qualidade 10, de DVD. Depois, a crítica também não se agradou do filme. Isto causou um enfraquecimento nas bilheterias, o que não deve impedir de vir um quarto filme.

 Elogiada ação John Wick – De Volta ao Jogo.
Grandioso elenco e ataque hacker marcaram Os Mercenários 3.

No drama, Caçadores de Obras-Primas dirigido por George Clooney teve uma ideia boa e o melhor elenco do ano, mas decepcionou por não escolher um lado para quê veio. Locke foi um fantástico e eletrizante filme, com um único personagem o tempo todo no carro, incrível! Mapa para as Estrelas foi uma chocante crítica à Hollywood e suas celebridades. O Grande Hotel Budapeste foi um extraordinário conto com toques de humor negro, que figura entre os melhores do ano. A Captura trouxe uma diferente visão de um sequestro. Boyhood – Da Infância à Juventude, Birdman, O Ano Mais Violento, O Jogo da Imitação, Acima das Nuvens, o emocionante A Teoria de Tudo (contando a vida de Stephen Hawking), Livre, Cake, Para Sempre Alice, The Honesman (dirigido por Tommy Lee Jones), Foxcatcher, Mr. Turner, Invencível (dirigido por Angelina Jolie), Corações de Ferro, Vício Inerente, Selma, Grandes Olhos (de Tim Burton), American Sniper, Whiplash – Em Busca da Perfeição, O Juiz, Magia ao Luar (de Woody Allen), A Entrega, Era Uma Vez em Nova York, Mommy e Mesmo se Nada Der Certo são os principais dentre os filmes que disputam a atenção da crítica, emocionar ou provocar o público e chegar ao Oscar 2015. Ainda tivemos a boa adaptação do best-seller Se Eu Ficar e a excelente adaptação de A Culpa é das Estrelas, um dos 10 filmes mais badalados do ano e alavancando a carreira de Shailene Woodley.

O Grande Hotel Budapeste foi hilário, brilhante e extremamente bem realizado em cada chamativo detalhe.
Boyhood – Da Infância à Juventude é considerado pela crítica como o melhor e mais importante filme do ano. Um projeto original, pois levou mais de uma década para ser finalizado, acompanhando o amadurecimento real de um garoto.
A Culpa é das Estrelas levou milhões aos cinemas, milhares às lágrimas e foi um dos mais belos e comentados filmes do ano.


No suspense, foi um ano em que Garota Exemplar não irá sair da cabeça de muita gente tão cedo, uma crítica à um casamento doentio e na manipulação dos sexos, incrível e surreal! O Homem Duplicado (sobre complexo de vida copiada e outras filosofias, algumas teorias aracnídeas) e O Abutre (uma ácida crítica ao jornalismo sensacionalista) foram dois suspenses insanos com Jake Gyllenhaal, um dos astros do momento. Sob a Pele trouxe suspense, ficção, Scarlett Johansson nua, filosofia e uma viagem alucinógena. Dentre os filmes mais independentes, alguns que nem passaram aqui no Brasil, os que destaco são ‘Young Ones’, a fábula obscura russa ‘Viy’, o interessante The Philosophers, o violentíssimo e surreal filme indonésio The Raid 2 – Berandal (um dos melhores e mais bem dirigidos do ano), o inacreditável e surpreendente O Predestinado, o mediano filme de heróis japoneses Gatchaman, o bom Terra para Echo e a ficção Autómata (versão mais simples de Eu, Robô). Dentre outros filmes, agora lançados nos cinemas, O Apocalipse é um péssimo filme de cunho cristão, um dos piores do ano. De Olho no Tornado foi divertido e lembrou Twister.


   De longe, O Apocalipse é um dos piores filmes do ano.



Além de extremamente bem dirigido, o indonésio The Raid 2 – Berandal foi melhor que o primeiro e apresentou um balé violento, onde o chocante e a arte se encontram.
Sob a Pele com Scarlett Johansson trouxe uma viajem alucinógena e filosófica, questionando qual é a real beleza do ser.


No complexo O Homem Duplicado, Jake Gyllenhaal encontra ele mesmo. Um suspense que caminha entre teorias filosóficas e mentais.
Só deu Jake Gyllenhaal nos suspenses, cada vez melhor ator. Neste insano O Abutre, é questionado até onde você iria para ter a reportagem “perfeita”. Uma ácida crítica ao jornalismo sensacionalista.
Garota Exemplar precisa ser visto. Por muito tempo terei uma mistura de pena e muito medo deste rosto.

No terror, pode-se resumir que foi um tanto decepcionante e fraco, com a maior parte dos filmes sendo clichês e não assustando em nada. Mesmo sem serem exatamente ruins e se vistos separadamente cada um teve sua característica, tivemos diversos filmes sobrenaturais muito parecidos uns com os outros e sem surpreender. Destes, Annabelle e Atividade Paranormal – Marcados pelo Mal tiveram seus momentos, mas ficaram abaixo do esperado. Já os filmes Livrai-nos do Mal, O Espelho, A Face do Mal, A Marca do Medo, O Herdeiro do Diabo, Ouija – O Jogo dos Espíritos, 7500 e Mercy (de Stephen King) não conseguiram emplacar. Dentre filmes “fundo de quintal” ou produções do explorado estilo found footage (por trás das câmeras), tivemos os péssimos Scorned, Deadly Weekend, Espantalho Assassino, The Possession of Michael King, Seed 2, Perseguição 3, Abdução, Sharknado 2 – A Segunda Onda e Death do us Part. Sem falar em O Duende – Origins, que terminou de afundar a saga! Já A Good Marriage (de Stephen King), Antes de Dormir, Mockingbird, Pânico na Floresta 6, Perseguição Virtual, Pesadelos do Passado 2, The Houses October Built, The Last Showing, The Piramid, o espanhol REC 4 – Apocalipse e os nacionais Quando Eu Era Vivo e Isolados tentaram ser boas alternativas, mas que de algum modo não foram totalmente bons. Uma Noite de Crimes 2 – Anarquia veio dividindo, assim como o primeiro. Se de um lado temos um eficiente thriller urbano, com excelente efeitos sonoros e mixagem de som, além de uma ácida crítica política e social; em contraste percebemos que o filme poderia ir muito mais longe, mas se conteve assim como no anterior.

Annabelle tem um bom início, mas perde-se em clichês e um final um tanto fraco.

Mas nem tudo foi péssimo para o terror. O australiano The Babadook foi o terror do ano e vem aparecendo nas listas de melhores filmes de 2014. A trama esconde na verdade um drama psicológico assustadoramente profundo. A espécie de remake/continuação de Assassino Invisível foi um grande representante slasher, um filme sério, muito bem dirigido e uma das surpresas do ano. Daniel Radcliffe e seus chifres estrelaram Horns (o nome brasileiro foi o clichê O Pacto), filme de humor negro e fantasia que não tem tanto terror, mas é inteligente e obscuro; baseado no livro de Joe Hill (filho de Stephen King). Estes foram os três grandes defensores do gênero. Mas tivemos algumas surpresas, como o hilário As Bruxas de Zugarramurdi (uma sátira espanhola ao feminismo), o interessante Housebound da Nova Zelândia, o agitado Wolf Creek 2, a fantasia épica obscura russa Viy, o trash Zombeavers (um dos mais divertidos filmes do ano), o assumidamente classe B Wolves (com maquiagem de lobisomens à moda antiga), tivemos Wer e Pregos que Mordem (que abordaram os lobisomens de maneira diferente), Willow Creek e Exists trataram da lenda do Pé Grande, o eficiente VHS 3 – Viral (inferior aos outros, mas bom), o polêmico Tusk do diretor Kevin Smith, o assustador Where the Devil Hides, o surpreendente The Cannal, o suspense épico Stonehearst Asylum, o crítico Sacramento, tivemos Regressão, o sexy Nurse 3D, o slasher Noite do Terror 2, o bom Jessabelle, o forte Evil Feed, o ótimo e eletrizante Extraterrestrial, o arqueológico Assim na Terra Como no Inferno, o bom Big Driver (também de Stephen King), o divertido All Cheerleaders Die, os tensos Toque de Mestre, In Fear e Kristy. Estes são os principais dentre os filmes que merecem uma olhada.
Nada de coisas sobrenaturais ou assassinatos. The Babadook é um terror profundamente psicológico, sendo assim o melhor do ano no gênero e com uma marcante atuação da protagonista.
O novo O Assassino Invisível é um slasher muito bem feito, lembrando um pouco os melhores Sexta-Feria 13. Um terror muito bem dirigido e de bela fotografia.

Daniel Radcliffe deixa sua imagem de bruxo para trás e encara este filme ácido, onde ele e seus chifres se envolvem em uma fábula de humor negro.
Jessabelle foi uma interessate surpresa. E guardem este rosto e seu nome: Sarah Snook é a atriz revelação do ano.
Nurse 3D trouxe uma enfermeira assassina, em um filme que lembra os velhos exploitations.
Zombeavers foi um dos mais divertidos filmes do ano. O que pode ser pior do que um castor zumbi? Somente um urso castor zumbi. É ver para crer…
O cinema nacional tentou seu terror com Isolados.

E chegamos então às superproduções. Tivemos dois épicos bíblicos e polêmicos: o ambíguo Noé, proibido em alguns países como Egito e Vaticano; e o recente e também proibido no Egito Êxodo: Deuses e Reis, que trouxe de maneira controversa e forte a jornada de Moisés. Pompeia foi um imenso fracasso, um filme injustiçado, pois foi divertidíssimo e um dos melhores 3D do ano. Os épicos Drácula – A História Nunca Contada e Hércules (com o The Rock) trouxeram os dois personagens da mitologia de maneira um tanto real e desmistificada. 300 – A Ascensão do Império não teve o impacto do primeiro, mas trouxe uma incrível vilã na pele de Eva Green. Malévola recontou a clássica trama de maneira feminista e com Angelina Jolie brilhando com asas negras. A Bela e a Fera foi recontado por uma bela produção francesa. Um Conto do Destino trouxe uma fábula original.

Robocop (do nosso brasileiro José Padilha, de Tropa de Elite 1 e 2) e Godzilla foram competentes remakes que valeram o ingresso do cinema. As Tartarugas Ninja foi um remake mais fraco, mas divertiu e foi um imenso sucesso. Divergente e Maze Runner – Correr ou Morrer foram as duas sagas adolescentes que se deram bem e terão continuação. Já O Doador de Memórias não teve a mesma sorte. Muito menos ainda foi Academia de Vampiros – O Beijo das Sombras, que foi um dos piores e mais cafonas filmes do ano. Frankenstein – Entre Anjos e Demônios teve um bom visual, mas foi extremamente clichê e chato, enquanto que Hércules 3D com Kellan Lutz foi muito mal feito, com cenas de rir, como a do leão feito com CGI precário. Sin City 2 – A Dama Fatal ficou abaixo do primeiro, mas continua com um visual único, diálogos intensos e cenas cruéis. E de novo neste filme Eva Green rouba a cena como a vilã fatal. Transcendence – A Revolução foi considerado um fracasso, mas é um filme que deve ser revisto, pois apresenta teorias e questões muito interessantes. Need For Speed agradou a poucos, mas também trouxe alguns diferenciais, como por exemplo todos que se envolvem na trama tem consequências, sem exceções.



Noé dividiu opiniões e foi proibido no Vaticano.



Este Hércules nunca será…























este Hércules.























Frankenstein – Entre Anjos e Demônios teve um bom visual, mas um roteiro muito clichê, fracassando.



Academia de Vampiros – O Beijo das Sombras foi um dos piores filmes e o mais cafona filme de 2014.
Divergente e



















Maze Runer – Correr ou Morrer são as duas novas sagas que acabam de nascer.

































O Doador de Memórias não teve a mesma sorte.


No Limite do Amanhã fracassou em bilheteria, mas agradou a crítica e foi um dos filmes mais nervosos do ano. O Predestinado não chega a ser uma superprodução, mas sua temática de viagem no tempo foi explorada de uma maneira nunca vista antes, em um filme de deixar a “boca aberta” e de se questionar “porquê?”. Lucy trouxe adrenalina e filosofia, em outro sucesso da loira mais amada de Hollywood: Scarlett Johansson. Planetas dos Macacos – O Confronto foi um filme emocionante, maduro, com críticas políticas e nunca antes vimos animais atuarem tão bem como aqui neste filme impecável. Transformers 4 – A Era da Extinção foi detonado pela crítica, mas foi o filme mais visto do ano até agora, o único que arrecadou mais de 1 bilhão até agora e sinceramente: ver um caminhão robô alienígena gigante com uma espada samurai, montado em um tiranossauro rex robô alienígena gigante e que cospe fogo; sério isto foi a cena mais insana e irada de todo ano. Nesta reta final de ano, recebemos o musical Caminhos da Floresta, o último trabalho de Robin Williams em Uma Noite no Museu 3 – O Segredo da Tumba, e a animação Os Pinguins de Madagascar – todos inéditos no Brasil, mas que já estouraram nos Estados Unidos. Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 é um enorme sucesso e prepara o público para o capítulo final que sai ano que vem. O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos põe fim à incrível saga da Terra Média. Interestelar foi o novo e audacioso projeto do gênio Christopher Nolan, um filme emocionante e que merece o segundo lugar dentre os melhores do ano. O Expresso do Amanhã foi tão pouco divulgado, mas para mim continua invicto como o melhor filme do ano e o mais bem dirigido!


De novo Scarlett Johansson, agora em Lucy, uma mistura de ação e filosofia.



Em Malévola, Angelina Jolie não carrega apenas as asas, mas o filme todo nas costas.
As Tartarugas Ninja foi um remake básico e clichê, mas diverte e tem um bom visual.

Robocop do nosso diretor José Padilha (de Tropa de Elite 1 e 2) impôs respeito com críticas político-sociais.
O novo Godzilla trouxe o monstro como na história original japonesa. Um herói, uma força da natureza que põe equilíbrio quando o mundo é ameaçado.

Mas definitivamente o ano foi da Marvel. Além da já citada animação Operação Big Hero, tivemos quatro grandes filmes. Mesmo que O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça Electro não tenha agradado a crítica, o filme não foi ruim. Pelo contrário, trouxe fidelidade com a HQ e um final chocante, destruindo o universo e o mundo do nosso herói. X-Men – Dias de um Futuro Esquecido surpreendeu com uma trama pós-apocalíptica e de viagem no tempo, reunindo um grandioso elenco que incluem os velhos atores da trilogia e os novos astros dos filmes recentes. Um verdadeiro desfile de estrelas, em um filme envolvente e que concerta alguns pequenos erros da saga. Capitão América 2 – O Soldado Invernal é um thriller político incrível, cheio de elogios aos clássicos filmes de espionagem, guerra fria e ação dos anos 70 aos 90. Até Pulp Fiction de Tarantino é citado. E o filme ainda tem diversos personagens do universo Marvel, além de destruir a S.H.I.E.L.D. que conhecemos. E finalizando, Guardiões da Galáxia foi a novidade do ano, um filme perfeito no quesito diversão: cheio de referências ao universo Marvel, ação, emoção, muito humor e sacadas inteligentes, uma trilha sonora espetacular e nostálgica, além de ter dois personagens inesquecíveis: o guaxinim Rocket e a árvore humanoide Groot. Um filme para se divertir e se rever.

O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça Electro teve um final triste, sendo mais fiel à HQ.
Capitão América 2 – O Soldado Invernal destrói a S.H.I.E.L.D. em um thriller político.

X-Men – Dias de um Futuro Esquecido traz os velhos e os novos atores em uma produção emocionante.
Diversão, ação, emoção, nostalgia e uma trilha sonora única compõe Guardiões da Galáxia, um dos filmes mais incríveis do ano.

Estas foram minhas considerações gerais do ano. Um ano que começou fraco e com diversos fracassos no seus dois primeiros meses (Pompeia, Hércules, Frankenstein, Academia de Vampiros), mas que de Março em diante esquentou e apresentou muitas produções divertidas, algumas inesquecíveis. É isso, se você acha que eu esqueci de algum importante comente aí em baixo. E que venha 2015, que tenhamos um ano cinéfilo! Viva o cinema, bravo!


Eva Green rouba a cena como a sexy e mortal vilã de 300 – A Ascensão do Império.
Novamente Eva Green rouba a cena com uma vilã sexy em Sin City 2 – A Dama Fatal.
Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1 é o penúltimo filme da saga, que nos prepara para o final, que sai em 2015.
O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos põe fim não somente à trilogia de O Hobbit, como também à grandiosa jornada pela Terra Média, iniciada com a trilogia de O Senhor dos Anéis.
O Predestinado … uma das surpresas do ano e também com a atriz revelação do ano, Sara Snook, não digo nada mais além de duas coisas: primeira, possivelmente você não viu este filme. Segunda: você precisa assistir este filme!

Transformers 4 – A Era da Extinção foi detonado pela crítica, mas apresenta as cenas mais exageradas, iradas e insanas do cinema de 2014.
Planeta dos Macacos – O Confronto é uma ficção reflexiva e envolvente. Seres da fantasia nunca foram tão humanos e emocionantes como os macacos deste filme. E César é um grande líder.
Esta imagem reflete bem o objetivo de Interestelar: contrastar a grandiosidade com o mínimo, um filme que vai tão longe no espaço para o mostrar algo tão simples (mas poderoso) que é o amor. Segundo melhor filme do ano até então.
O melhor filme do ano para mim, O Expresso do Amanhã é crítico, eletrizante e extremamente bem dirigido. Um filme provocante e surpreendente.

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