Comando Assassino



 



Romero é mais conhecido pelos seus filmes de zumbis, ele
praticamente criou esse mundo e colocou suas regras lá. Sempre é bom começar
analisar sua carreira e ver evolução no gênero, desde A Noite dos Mortos
Vivos
de 1968 até agora. Mas Romero também fez ótimos filmes que fogem do
gênero zumbi, tal como Martin, Exercito do Extermínio e o 
próprio Comando Assassino.


É legal ver como ele muda de assunto quando analisamos cada filme em sua carreira. Visto por esse que foi lançado em 1988 que conta
com uma história até que simples de um atleta que fica 
paralítico 
e o seu amigo
lhe da um macaco treinado para auxiliá-lo no dia-a-dia, e também para fazer
companhia. Allan Mann (Jason Beghe) faz o atleta que sofre o acidente, o seu
papel não tem grande destaque, mas de certo modo é atraente dentro do filme. Já
o macaco que ele ganha, tem o nome de “Ella” e é quem faz a trama. O filme
começa com uma explicação falando que nenhum animal sofreu dentro das gravações
e eles foram treinados para atuar. Bom isso da uma tranqüilidade apesar do
filme ser mais suave do que podemos imaginar. Depois que acontece o acidente
vemos Allan tentando se adaptar essa vida de cadeirante, e ao mesmo tempo
tentando achar um motivo para continuar vivo. Já que a depressão toma conta
dele, quando o macaco chega, à vida de Allan muda e podemos ver a transformação
que Ella causa em sua vida.



O roteiro também é sensacional, primeiro porque Romero soube
montar uma história coerente, usando tanto reflexos condicionados que é um
experimento valido e deixou a imaginação correr solta com esse assunto. O filme
lembrou também histórias de terror antigas como a ciência e o misticismo
andavam juntos que era uma coisa muito legal esse misto de mundos. A partir
desse conceito vemos que Ella não é um macaco comum já que ela desenvolve um
apetite assassino fora do normal. Ella se vê como uma parceira afetiva de Allan,
então ela começa a matar as pessoas que prejudicou ele, e também o protege do mundo. Eles
desenvolvem um elo psíquico. As cenas que mostram esse elo são muito bem
feitas, principalmente pela fotografia que lembrou também a “steadicam” usada
no Evil Dead do Sam Raimi. Só que num grau com mais renda.


Quando o filme entra no terceiro ato é que vemos a importância
da equipe do filme, porque o macaco toma conta da história. É incrível como ele
domina todos os seres humanos na cena e ao poucos vai matando . O macaco é cruel de
verdade, ela deseja Allan só para si. E essa questão humaniza bastante o
macaco, a questão da posse, já que por natureza eles são bígamos.




Shakma que também é um filme legal pegou carona com a história
de Comando Assassino, que embarca ao deixar um conflito de homem versus
natureza mais evidente e mostrar novamente como em “Planeta dos Macacos” que
somos frágeis demais relacionados com outros elementos naturais. Um bom filme
que merece ser visto e revisto. Romero da um show de direção e roteiro e mostra
para nós que ele é mais do que filmes de zumbis, que são muito bons, mas Romero
é um gênio no terror e no suspense.



Direção: George Romero



Elenco: John Pankow,Christine Forrest,Stephen Root,Joyce Van Patten,Jason Beghe,Kate McNeil



Sinopse:Depois de sofrer um acidente que o deixa paraplégico, um jovem atleta passa a ter uma macaquinha de estimação. Mas aos poucos, ele a transforma em um instrumento de vingança.





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