Crítica: Sin City 2 – A Dama Fatal (2014, de Robert Rodriguez e Frank Miller)



Sin City – A Cidade do Pecado surgiu em 2005 como um dos grandes filmes modernos. Para a época, um dos mais barulhentos, inventivos e visualmente impecáveis filmes dos últimos anos. Demorou 9 anos mas os fãs receberam a segunda parte. Os fracos 40% de aprovação dos críticos e as bilheterias fracas não condizem com o filme, não se enganem. Sin City – A Dama Fatal é uma das grandes continuações do ano. A violência, os elementos trash, o tom noir, as atuações incríveis e o visual impecável fazem deste um delírio lírico cinematográfico. A direção de arte caprichada e detalhada transformam o longa numa verdadeira obra de arte. Mesmo que não tão original e sem ter a novidade do primeiro, Sin City – A Dama Fatal é uma boa pedida para os fãs.


Assim como no primeiro, a produção é do mestre Quentin Tarantino (diretor dos geniais Pulp Fiction, Kill Bill, Bastardos Inglórios e Django Livre). Na direção temos novamente a dupla Robert Rodriguez e Frank Miller. Rodriguez tecnicamente é o aprendiz de Tarantino, pai de obras como Um Drink no Inferno, Planeta Terror e Machete. Já Miller é um dos mais famosos quadrinistas do planeta, responsável por seus trabalhos nos próprios Sin City e também em 300. Miller dirigiu também outra de suas obras – The Spirit – filme com um conceito visual igualmente incrível mas não reconhecido. Aqui estes três e brilhantes mestres constroem uma antologia de personagens mundanas, totalmente underground, punk e obscuras. As ruas sombrias e frias, as faces mafiosas ou prostituídas, tudo apresentado da maneira mais artística possível.



O ótimo elenco conta com nomes conhecidos: Bruce Willis, Mickey Rourke, Joseph Gordon-Levitt, Josh Brolin, Carla Gugino, Jessica Alba, Rosario Dawson e até mesmo uma interessante aparição de Lady Gaga. Mas quem rouba a cena e praticamente carrega o filme nas costas é ela: a dama fatal. Uma das musas do ano, Eva Green arrebenta de novo. Assim como em 300 – A Ascensão de um Império, Eva Green é a grande vilã e é ela quem mais brilha em ambos filmes. Com uma atuação acima da média, totalmente dedicada à um papel violento e extremamente sexy, ela é uma das grandes atrizes do ano! Mesmo que ela apareça mais pelo meio do enredo, a sensualidade e o mistério de sua dama fatal são o que surpreendem no filme. Ela é uma verdadeira femme fatale, mostrando o poder de manipulação de uma mulher.


Sin City – A Dama Fatal é um filme para poucos. É puramente artístico, para ser reverenciado visualmente. Suas cenas preto e branco contrastando com algum objetos e elementos coloridos (olhos verdes, gravata ou sangue vermelho) são cativantes. Ao assistir ao filme temos a impressão de estarmos folheando a chamativa HQ. A fotografia é espetacular, rica em detalhes. Una a tudo isso diálogos densos, irônicos e pesados. Tudo no filme é realmente muito noir. Uma obra para amantes do estilo. Um grande filme, levemente inferior ao original, mas que merece ser visto. Eva Green novamente brilha e o senso de direção da dupla Rodriguez e Miller foge do convencional. Pode não ser um filme perfeito, mas trata-se de uma obra esteticamente perfeita. Sin City 2 – A Dama Fatal é imperdível. Tão fatal e tão mortal quanto uma sádica mulher ambiciosa e sedutora.



Direção: Robert Rodriguez e Frank Miller

Elenco: Eva Green, Bruce Willis, Mickey Rourke, Joseph Gordon-Levitt, Josh Brolin, Carla Gugino, Jessica Alba, Jaime King, Michael Madsen, Rosario Dawson, Lady Gaga.

Sinopse: Dwight (Josh Brolin) tem seu confronto final com a mulher dos seus sonhos e pesadelos, Ava (Eva Green). Ela consegue ler mentes e transforma-se exatamente no que os homens desejam. Repleta de mulheres fortes, anti-heróis e vilões cruéis, seus caminhos se cruzam pelas ruas e bares da cidade do pecado.

                                 

                                    Trailer:



























































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