Outubro – Mês do Terror – Franquia: Terror em Silent Hill





Aqui está a página com as críticas e considerações, além de várias imagens chocantes dos dois filmes da franquia Terror em Silent Hill, baseados nos jogos de mesmo nome.


Terror em Silent Hill (2006)


Direção: Christophe Gans.

Elenco: Radha Mitchell, Laurie Holden, Sean Bean, Deborah Kara Unger, Tanya Allen, Christopher Britton, Kim Coates, Jodelle Ferland, Alice Krige.

Sinopse: Rose não consegue aceitar a idéia de que a filha Sharon está morrendo por uma doença fatal. Sob os protestos do marido, ela foge com a filha, com a intenção de levá-la a um curandeiro. No caminho, ela acaba adentrando um portal que as conduz a assustadora e deserta cidade de Silent Hill. Sharon desaparece em Silent Hill, e Rose segue o que pensa ser a silhueta da filha por toda a cidade. Logo fica claro que a cidade é diferente de tudo o que ela já viu. O local é habitado por diversas criaturas e uma escuridão viva que desce e literalmente transforma tudo o que toca. Os habitantes humanos que restaram lutam uma batalha inútil contra a Escuridão. Ajudada por uma policial chamada Cybil, que foi enviada para resgatar ela e a filha, Rose procura pela menininha enquanto descobre a história de Silent Hill e que Sharon é apenas mais uma peça de um jogo bem maior.

Curiosidade:


* Baseado no jogo de sucesso da Konami Corporation.




Trailer:


Que sou apaixonado por filmes de terror já não é mais novidade para quem acompanha o blog. Mas  apesar de assistir 95% do que é lançado, fora os clássicos que fico resgatando; muito poucos me causam algum impacto. Principalmente filmes novos, nos quais estou enjoando já. Filmes de assombrações e fantasmas já não tem o mesmo impacto, talvez devido a uma enchente de produções parecidas e padrões, como Atividade Paranormal. Nos últimos anos, poucos filmes sobrenaturais realmente gostei, onde destaco apenas os dois primeiros Atividade Paranormal, Arraste-me Para o Inferno e este Terror em Silent Hill. E este é o único que igualo ao Arraste-me Para o Inferno, dando uma nota 10! Porque?


Tudo bem, o filme não é perfeito. Mas convenhamos que perfeição não existe. Em meio a tanta coisa parecida e sem vida em Hollywood ultimamente, Silent Hill se destaca por ter uma identidade, e o mais importante em um filme de terror: atmosfera. Seja um filme assombrado, de assassinato, monstros, por trás das câmeras, seja ele sério ou recheado de cenas trash e humor negro; o filme de terror deve ter atmosfera. Deve ter um visual, um ambiente e um roteiro que torne o mais “crível possível” toda sua fantasia.


Silent Hill já acerta com um bom diretor. Christophe Gans não é conhecido, mas foi sensação lá pela França, onde fez antes deste Silent Hill, outro filme que respeito: Pacto com Lobos. Ele tem um dom ao contar histórias de terror com um visual impressionante, eletrizantes e de atmosfera, mas sem perder o senso de “realidade”. Outro destaque é que ele não tem pressa ao contar suas histórias. Pacto com Lobos tem 2 horas e 30; este Silent Hill tem 2 horas e 10. Dá para contar nos dedos os filmes de terror que tenham mais de 1 hora e 40 de duração. Isto é uma pena, já que histórias mais longas entregam roteiro mais detalhado e personagens melhores desenvolvidas. E o diretor consegue isto em Silent Hill, fazendo você sentir carisma pela família em busca da menininha. 

O elenco é muito bom. Sean Bean (do seriado Game Of Thrones e é o assassino de A Morte Pede Carona) aparece pouco, mas entrega um marido preocupado com êxito. Laurie Holden (a Andrea de The Walking Dead) é uma policial durona de destaque, ótima personagem. Tanya Allen tem uma coadjuvante importante e de peso na trama principal. E atua muito bem.  Alice Krige é minha personagem favorita no filme, fazendo uma assustadora beata, que comete atrocidades tão horríveis quanto as assombrações do filme. Eu sempre gosto de fanáticos desequilibrados, uma assustadora realidade no nosso mundo hoje. Por fim temos nossa heroína, Radha Mitchell; que segura as pontas e leva a carga dramática materna e instinto de sobrevivência nas costas. Uma ótima atriz, principalmente para suspense e terror.


Os efeitos especiais são excelentes, de primeiro nível, dignos de superproduções. Os efeitos sonoros são melhores ainda. A musiquinha que é a mesma do jogo é assustadora e intrigante. Além de sussurros, gritos, rangidos, grunhidos de criaturas atormentadas e o terrível som da sirene da igreja. Absolutamente tudo é assustador. As cinzas que caem constantemente, dando a impressão de névoa ou nevasca, é eficaz para o clima intenso do filme. Entre os muitos seres nojentos e macabros do filme, as enfermeiras são destaque. Muito bem elaboradas e construídas, elas assustam e perturbam tanto na aparência como na maneira em que se movimentam, seguindo sempre a luz e o som, já que não possuem rosto. Mas o temível Pyramid Head também causa impacto, pois é um demônio que usa um capacete de metal em forma de pirâmide com uma longa ponta para a frente em formato de triângulo, e que segura sempre uma facão muito grande que carrega arrastando no chão fazendo um som de metal extremamente perturbador. 


O ótimo roteiro abusa de elementos como tempo-espaço, mundos paralelos e fanatismo, além de ter um ser agonizante e atormentado o tempo todo. Pistas para serem descobertas e um quebra-cabeça a ser montado nos prende na cadeira. E o final é um banho de sangue. Terror em Silent Hill custou altos  $50 milhões, valor elevado para um terror. E surpreendeu arrecadando mais de $97 milhões. Também foi considerado a melhor adaptação de um game para os cinemas, algo que vários não conseguiram, nem Resident Evil!  Sucesso absoluto, o filme é daqueles que não deveria ter continuações, tamanha qualidade do primeiro. Mas teve um segundo filme, que mesmo sendo melhor que os filmes de assombrações de ultimamente, é muito fraco comparado com o primeiro. Se você ainda não conferiu, corra e alugue já (ou faça download), deste que é uma das poucas ótimas obras de terror da atualidade. Um filme terrivelmente atmosférico, que vai gelar sua espinha levando você à uma viagem direto ao inferno.

NOTA: 10





Compare com o trailer do jogo:




Mais fotos e cartazes do filme:

  

    



  












  









  

















Terror em Silent Hill 2 – Revelação 3D




Direção: Michael J. Bassett

Elenco: Adelaide Clemens, Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Malcolm McDowell.

Sinopse: A jovem Heather Mason passou a vida fugindo, ao lado do pai, de forças que ambos nunca compreenderam muito bem. Mas quando seu pai desaparece misteriosamente, a jovem se depara com uma estranha e terrível realidade que guarda respostas sobre os pesadelos que a infernizam desde a sua infância. Não demora até que Heather descubra que não é a pessoa que imaginava ser, com a ameaça de ficar aprisionada em sofrimento eterno para sempre.


Curiosidade:


* Inicialmente, o roteirista seria Roger Avary, mesmo do primeiro longa. Porém, Avary foi acusado de homicídio culposo por dirigir sob efeito de álcool e causar acidentalmente a morte de sua esposa. Avary dirigia a 160 km/h quando bateu seu carro. Ele continua preso.


Trailer:




Primeiramente, estou de volta após um feriadão longe, viajando e descansando um pouco. Mas é bom estar aqui e escrever para meu amado público. Digo que em Abril teremos novidades: aguardem! Em segundo lugar digo que sim, já há uma crítica deste filme aqui no blog; feita pelo meu colaborador Mágico de Oz. Mas como eu sou apaixonado pelo primeiro filme e sentia necessidade de escrever sobre esta segunda parte desde que a assisti lá em Novembro, aqui estamos nós.

A esta “altura do campeonato”, a maioria já deve saber que Silent Hill 2 estreou nos Estados Unidos e outras partes do mundo em Outubro de 2012, porém aqui no Brasil houve um descaso com a distribuição do filme (filmes de terror em geral tem sofrido este crime). Ele foi massacrado pela crítica especializada e rendeu pouca bilheteria. Estamos então diante um fracasso. Mas vamos comentar sobre então.

Terror em Silent Hill é um de meus filmes prediletos. Realmente horrível e com situações sufocantes, absolutamente tudo no filme funciona: grande elenco, orçamento e tempo de duração (2 horas). Sucesso mundial e sendo considerado a melhor adaptação de um game para o cinema (coisa que Resident Evil não conseguiu); já era de se esperar que a continuação não alcançasse o sucesso pretendido. O diretor Michael J. Bassett não é dos mais inspirados, embora tenha feito Solomon Kane, um filme pipoca e divertido. Ele não é muito original e costuma trabalhar com pequeno orçamento. Aí já há mais motivos para não por fé no filme.


Sim amigo leitor, digo com firmeza que esta continuação deixa a desejar e decepciona! Ela decepciona justamente quem espera uma continuação onde deve haver tudo melhor que o primeiro, mas não acontece. Por outro lado, eu suavizo sempre que dá. E digo que apesar de decepcionar, o filme não é o monstro horrendo que disseram não. Por que afirmo isto?

Falando do elenco, a protagonista Adelaide Clemens é morna. Não se entrega ao papel como a do primeiro filme, mas não é das piores que já assisti. É bonitinha e lembra a mãe dela no filme anterior. Já o mocinho do filme, Kit Harington, entrega atuação fraca. Isto que sou fã dele lá no excelente seriado Game Of Thrones. Apesar de ser legal ver ele sem barba e em um papel diferente, não é nada de marcante na sua carreira. A excelente atriz Carrie-Anne Moss (de Matrix) está em um dos poucos papéis interessantes. Seu visual é gótico e assustador, pena que tem pouco destaque. Se ela fosse melhor usada e desenvolvida, seria uma vilã incrível. Malcolm McDowell já está virando figurinha carimbada em filmes de terror, sempre em participações especiais. Se você viu os dois novos Halloween sabe do que estou falando. E a participação do casal do primeiro filme (Sean Bean e Radha Mitchell) é interessante, apenas para ligar pontos deste filme ao anterior. Se ao menos o roteiro fosse melhor explorado, todos estes atores poderiam dar mais de si para a obra.


Os efeitos sonoros estão bons, de acordo. Os especiais não são ruins não. A computação gráfica utilizada em certas criaturas é boa. Mas fica o ar de que não foi tão elaborado como o primeiro. O tempo de duração padrão de menos de 2 horas também não ajuda muito. Enquanto que o primeiro filme vai criando sua tensão aos poucos, até ter um chocante final, aqui não há tensão alguma. Demora muito para o casal principal chegar na cidade. Algumas cenas quase criam tensão, como a do elevador, e as que acontecem em Silent Hill. 


Mas tem alguns poucos acertos. Criaturas atormentadas (como o próprio Malcolm McDowell), prisioneiros do inferno, o ambiente que é um parque de diversões e tem um carrossel. Aliás, como eu sempre digo: parques e circos sempre tem uma grande atmosfera para o terror. A volta das enfermeiras e do Pyramid Head sem dúvida, é a melhor coisa do filme. São elementos clássicos tanto do jogo como do primeiro filme. Eles assustam, perturbam e são bem construídos. Já fazem parte dos medos imaginativos de muita gente. A parte em que o jovem protagonista fica preso à uma mesa e as enfermeiras vem vindo é realmente boa, quase tensa o suficiente para salvar o filme. Há ainda um novo e muito bem executado monstro. Uma criatura aracnídea que pega corpos e transforma em manequins para seu próprio corpo. Pois é, difícil de entender e explicar este horrendo monstro, que é uma boa surpresa no filme.


Terror em Silent Hill 2 é sim uma decepção se comparado com o excelente primeiro filme. Não vale o ingresso do cinema, mas vale sim o download e o aluguel em DVD. Tire suas próprias conclusões. Talvez eu não tenha detonado tanto o filme porque amo o primeiro, gostei da atmosfera do segundo e ainda há o fato de minha mãe ter visto junto e gostado do filme. Enfim, dá pra passar um tempo assistindo numa boa. Não se tornará um clássico, mas garanto que tem mais atmosfera e ritmo, sendo bem melhor que estas várias obras padrão de assombração que tem sido lançadas (vide os chatos Atividade Paranormal 4, A Entidade, A Possessão, A Aparição, e assim por diante). Há longínquos rumores sobre um terceiro filme. Se houver, que seja bem elaborado e incrível, como o primeiro, afinal é sempre muito bom voltar para Silent Hill.

NOTA: 5








  

   



































  




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