Especial: 1944 a 1949 OSCAR DE MELHOR ATRIZ

INGRID BERGMAN por À MEIA LUZ de 1944

A vitória da talentosa Ingrid pontua o velho tópico das “características que contribuem para uma vitória no Oscar”. Aqui ela interpreta uma pobre vítima do seu marido que tenta a enlouquecer aos poucos em uma mansão. O filme é um ótimo suspense e a atriz está estupenda ao crescer e crescer pelos estágios da loucura. Convincente e intensa.

JOAN CRAWFORD por ALMA EM SUPLÍCIO de 1945

Tentando realmente deixar o meu pessoal “pessoal” ponto de vista de lado, porque não considero Crawford uma boa atriz de todo, a atriz está bem aqui. Tem lágrimas, ela leva tapa na cara da própria filha, sofre, passa por uma grande estória de superação. Se quiseram coroá-la logo por esse papel… Tudo bem. Um trabalho “certinho” sem nada espetacular demais. Deixando minha preferência de lado. Deixando de lado… O fato é que ela armou a maior mentirada dizendo que estava doente para assim não ir à cerimônia do Oscar, quando na verdade só estava com medo de perder. Como em casa acompanhava pelo rádio, assim que descobriu que foi a vencedora, tratou de abrir sua casa para a imprensa e recebeu a estatueta enquanto deitada na cama. O maior circo. 

OLIVIA DE HAVILLAND por SÓ RESTA UMA LÁGRIMA de 1946
Muito, muito infelizmente mais uma das poucas atuações de atrizes vencedoras do Oscar que eu ainda não consegui assistir. Ainda assim por trailer, clips, fica aquela vontade de declarar de uma vez que se trata de outra atuação vencedora que é toda certinha, toda cheia de elementos “sofridos”, mas sem aquele momento em especial que faz tudo em nosso interior tremer.

LORETTA YOUNG por AMBICIOSA de 1947
Atuação que não conferi… Ao menos não  na íntegra. Aí que está. Muitos podem pensar “Ele se atreve a falar de certas atuações que nem ao menos viu”, mas esse é o mesmo caso de cinéfilos que conhecem qualquer filme que você questionar, mesmo sem ter assistido. Eu não tive ainda o privilégio de VER TODAS as atuações premiadas com o Oscar, mas CONHEÇO TODAS. O fato nesse caso em especial é… Loretta nessa comédia sem grandes pretensões de longe teve a atuação mais inferior dentre todas as indicadas do ano e nomes como Rosalind Russell (que inexplicavelmente nunca levou um Oscar para casa) em Mourning becomes Electra e Susan Hayward em Smash-up mereciam infinitamente mais o prêmio. Aquelas curiosidades que amamos? A genial Rosalind Russell estava tão convencida de que finalmente seria vencedora por tal incrível trabalho que na hora que anunciaram o nome ela se levantou apenas para constatar que… Não. Para ela ainda não havia acontecido. Ai.

JANE WYMAN por BELINDA de 1948

Conferi igualmente por clips a atuação de Jane aqui. A atriz ganhou por interpretar uma mulher surda/muda que é vítima de estupro e engravida consequentemente. Sim. Parece incabível que uma sinopse assim tenha ganhado vida nos puritanos anos 40, mas com todo aquele esquema subentendido eles conseguiram e é bem óbvio que a Academia iria premiar a atriz que teve a coragem de entrar em tal projeto denso. Claro que Jane está ótima aqui e mesmo sem ter “a cena que fica marcada na história do cinema”, ela brilha. Curioso mesmo é o discurso dela ao receber a estatueta, um dos mais curtos da história do prêmio: “Eu ganhei esse prêmio por manter minha boca fechada e eu acho que farei isso de novo”. Adorável.

OLIVIA DE HAVILLAND por TARDE DEMAIS de 1949
E assim Olivia se tornou apenas a terceira atriz a ganhar dois Oscars. Esse seu segundo trabalho premiado sim eu conferi! E de novo e de novo. Como a herdeira que é destratada pelo próprio pai, desertada pelo homem que ama e que no fim executa a merecida vingança, Olivia está perfeitamente fria quando preciso. Há cenas memoráveis dela aqui e ela fica no meu grupo de “quase entrou no TOP 10 das atuações memoráveis”.

Continua no próximo post >>>>

Deixe uma resposta